Cidade no Pará entra em colapso e 6 pessoas da mesma família morrem por falta de oxigênio
Morreram nas últimas 24 horas por asfixia
O Liberal - A realidade no município é de colapso com a falta de oxigênio para os pacientes em tratamento da covid-19. O município fica na divisa com o estado do Amazonas. A situação também atinge as cidades vizinhas de Terra Santa, também no Pará e Nhamundá, no Amazonas.
O prefeito Paulo Carvalho conseguiu comprar 20 balas de oxigênio na cidade de Santarém, além suprimentos em Manaus. "Ambas as cidades estão em crise. A demanda é maior que a quantidade, porque a produção está comprometida", diz Carvalho, referindo-se à crise na empresa White Martins, fornecedora de oxigênio hospitalar na região oeste do Pará.
Segundo o médico da Unidade Básica de Saúde de Faro Yordanes Peres, o oxigênio recebido hoje garante apenas dois dias de tratamento dos pacientes internados. "Nós estamos vivendo uma crise, na contramão para tentar salvar vidas. Estamos trabalhando 24 horas para isso", explicou.
O Governo do Pará proibiu a circulação de embarcações vindas do estado do Amazonas em território paraense. O fechamento da fronteira segundo o governador Helder Barbalho foi uma medida preventiva para evitar o contágio pela covid-19.
Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) informou que no Pará duas empresas são responsáveis pelo fornecimento de oxigênio, White Martins e Air Liquide. Somente a empresa White Martins produz atualmente 58 mil m3 por dia, quantidade suficiente para o abastecimento de todo o estado. A Sespa esclarece, ainda, que é responsabilidade das secretarias municipais de Saúde a manutenção de contratos e a aquisição do produto para abastecimento local.