“Caso que envolve Aras é um escândalo sem precedentes”, diz Eduardo Guimarães
“O que é que um PGR está fazendo com empresários bolsonaristas intimamente? Ele não sabe das restrições do cargo dele?”, questiona o jornalista. Quem mais do governo está envolvido na conspiração golpista para barrar a posse de Lula se eleito e proclamar Bolsonaro ditador?
247 - “Nunca um procurador-geral da República foi pego em uma situação dessas. Ele vai se complicar com a lei”, disse o jornalista Eduardo Guimarães, em entrevista à TV 247, sobre a relação do PGR, Augusto Aras, com empresários golpistas investigados pela Polícia Federal por terem defendido um golpe de Estado se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganhar a eleição.
Guimarães falou da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de ordenar a operação. “O que é que um procurador-geral da República está fazendo com esses empresários bolsonaristas intimamente? O que é que ele está fazendo lá? Ele não sabe das restrições do cargo dele? É um escândalo sem precedentes”.
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O jornalista discorda que a decisão de Moraes tenha sido arbitrária. “Foi o grupo de WhatsApp e não o ministro Alexandre de Moraes que decretou essas medidas contra os empresários”.
“Aquilo ali parece conspiração contra a República, tem cheiro de conspiração contra a República e, por isso, eu suponho que seja uma prova. Isso vai ficar muito evidente na operação surpresa que apreendeu os celulares dessa turma. Infelizmente o PGR [Aras] não teve o celular apreendido, mas pode ter mensagens do PGR naquele grupo”, concluiu.
O procurador-geral da República, Augusto Aras, teria demonstrado irritação com a operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta terça-feira (23).
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Aras também teria demonstrado irritação pelo fato de a Procuradoria-Geral da República (PGR) só ter sido intimada sobre a operação na véspera da sua deflagração.