Capitania Hereditária do Rio de Janeiro
Ilustração Vladimir Khakhanov
Rodrigo, o Maia, promete cortar as aposentadorias do pobre povo pobre brasileiro. Coisa que Temer já faz pagando o mínimo do mínimo.
Rodrigo devia cortar a aposentadoria do pai o ex-governador César Maia, podre de rico e pobre de nascença.
Devia cortar a aposentadoria do sogro ex-governador Moreira Franco, podre de rico e pobre de nascença.
A coroa passa de pai para o filho. Um direito de sangue no violento e sangrento Rio de Janeiro. Ilustração de Alfredo Martirena
Dos dois, Maia herdou os votos para se eleger legislador, e preside hoje a Câmara dos Deputados. É o atual vice de Temer, e ambiciona a presidência do Brasil sem nenhum merecimento.
Dos dois, Maia vai herdar ricas botijas de ouro e prata de origens desconhecidas. Vai herdar como filho e genro. Também a sogra de Maia herdou uma grande fortuna de origem que só o diabo sabe.
Ilustração de Oleg Dergachov
Outro vivaldino o filho do ex-governador Sérgio Cabral, tão ladrão quanto Eduardo Cunha.
Outra herdeira, a filha do ex-governador Garotinho.
Essa mania do carioca vem dos tempos que no Rio de Janeiro reinava a rainha Maria I, "a piedosa", "a louca", sucedida pela ninfomaníaca Dona Carlota Joaquina, esposa do rei D. João VI. Carlota para arranjar um reino para governar com o amante, libertou o Uruguai, história que a vergonha esconde. Mas o carioca nem aí. Passou a nomear os bicheiros rei. E teve encantados reis encobertos chefes de milícias. Ou aventureiros como Eike Batista. Ilustração de Ricardo Bermdez
O Rio de Janeiro uma monarquia que, pela violência das milícias, lembra o mais atrasado país da África, tanto que governado hoje por dois bandidos: Pezão e Dornelles.
Tanto faz ser governado por um Pezão ou pela botina de um ditador.
Ilustração Yaser Abo Hamed
O Rio um estado de analfabetos políticos. Elege o militar Bolsonaro e filhos. Esse nepotismo eleitoral chegou ao extremo do golpista Bolsonaro eleger a primeira ou segunda esposa. Trocou por outra e, como vingança, tirou o mandato eletivo da mulher abandonada por ele.
Garotinho elegeu a esposa Rosinha governadora.
Edir Macedo elegeu o sobrinho Marcelo Crivella, também bispo, senador e prefeito do Rio, para fazer escada para ser presidente do Brasil.
Edir Macedo pretende trocar seu salomânico palácio templo da Igreja Universal, de onde entra e sai de helicóptero, pelo palácio do Planalto ou Jaburu, por onde o pequeno ditador Michel Temer penetra pela garagem. Ilustração de Rafat Alkhateeb
O caixão do defunto Tancredo elegeu o sobrinho Francisco Neves Dornelles para fazer dobradinha zumbi com Pezão. Temos um morto-carregando-o-vivo. Ou o vivo-carregando-o-morto.
Para a nobreza do Rio, nos palácios das cortes da Justiça com suas varas para o povo, no luxuoso e majestoso Clube Militar, tanto faz.
Salão nobre do Palácio da Guanabara
Salão nobre do Clube Militar que o general Mourão ambiciona presidir e arquitetar uma intervenção militar para entregar a Amazônia
O que importa para os cotersãos: que os muros do prefeito Eduardo Paes separem as mil e cem favelas, colocando o negro no seu lugar, amarrado no Mourão. E que tudo continue como dantes no quartel de Abrantes.
Nestes pudorosos patrióticos tempos da cura gay dos pastores evangélicos, da volta da fanática TFP católica, do falso puritanismo do MBL do pornô Alexandre Frota, preferível um rei nu que um fardado.