Cabuji, o pico avistado pelos conquistadores portugueses em 1500
Os portugueses avistaram primeiro o Pico do Cabugi, no Rio Grande do Norte, e não o Monte Pascoal, na Bahia.
O Pico do Cabuji (em tupi-guarani, 'peito de moça'), segundo fontes cientificas, o único vulcão que não teve forças para explodir no Brasil que, até hoje, apresenta sua forma original.
Cabugi, possui 590 metros de altitude, está localizado no município de Angicos, no estado do Rio Grande do Norte
Paschoal, um pequeno monte (536 metros de altura) localizado próximo ao município de Itamaraju, no estado da Bahia
O primeiro a levantar essa hipótese foi o pesquisador Lenine Barros Pinto, professor da Universidade Federal de Rio Grande do Norte, que publicou o livro "Reinvenção do Descobrimento", no qual afirma que Cabuji é o Monte Pascoal e que o município vizinho de Touros corresponde à cidade de Porto Seguro.
"Não, a caravela de Pedro Álvares Cabral não aportou primeiramente na Bahia, em 22 de abril de 1500, conforme ensinam os livros de história. O descobrimento do Brasil se deu pelo Rio Grande do Norte, precisamente na Praia do Marco, município de Touros", afirma a professora-doutora Rosana Mazaro, do Departamento de Turismo da UFRN, também velejadora, que une conhecimentos científicos e práticos para embasar cinco evidências para provar que o Brasil começou pelo RN.
“A primeira é pelas correntes marítimas que direcionariam as caravelas naturalmente ao RN. Há uma dificuldade imensa para se chegar da Europa à Bahia e, em contraponto, facilidade para o RN. Há navegadores, sem exagero, que vão até Dakar (na África) para se aproximar do Brasil tamanho a força das correntes”.
A segunda evidência apontada pela professora é o monte avistado pelos portugueses ser o Pico do Cabugi, na região central do RN. Pescadores nativos até hoje tomam o Pico como referência para voltar à terra. Enquanto o Monte Pascal, na Bahia, sequer é um “monte”, mas uma torre, cortada e sem “pico”.
A terceira seria a presença de “aguada” no litoral, conforme consta na carta do descobrimento. Aguada seria água doce, presente nas proximidades do Marco de Touros e inexistente em Porto Seguro, na Bahia.
A penúltima evidência seria o Marco de Touros, diferente do fincado na Bahia. O daqui é esculpido com símbolos e brasões semelhantes ao marco chantado no município de Cananéia, em São Paulo, que seria o segundo marco português no Brasil.
Na Praia do Marco, no Rio Grande do Norte, uma réplica
Foto do Marco original que se encontra no Forte dos Três Reis Magos, em Natal
Marco de Cananéia, em São Paulo
Este Padrão da conquista portuguesa conforme o previsto no Tratado de Tordesilhas não se encontra ...
... no marco de Porto Seguro
Por último, o argumento mais evidente apontado pelos estudiosos: consta no mapa português que eles navegaram duas mil léguas ao Sul do país para fincar o segundo marco. Essa distância corresponde exatamente o percurso do Estado potiguar a São Paulo. Caso partisse da Bahia, o segundo marco estaria fincado na Argentina.