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O CORRESPONDENTE

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07
Jul19

Brincando de deuses, enquanto cometiam crimes

Talis Andrade

(sobre o post no GGN, “Moro instruiu Lava Jato a expor dados sigilosos sobre a Venezuela”)

moro agente LuizGE.jpg

 

por Eduardo Ramos

___

Das revelações do The Intercept até agora, essa foi a que mais me deixou perplexo pela dimensão da arrogância doentia de Moro e Dallagnol e pela gravidade do CRIME contra o Estado brasileiro, no sentido de atropelarem todas as normas, leis, Constituição, que regem o que deve ser a política externa de um país.

Decidindo que países seriam afetados ou não pela delação da Odebrecht….. Decidindo SOBRE um sigilo mantido pelo STF e SOBRE competências óbvias, EXCLUSIVAS, do Governo brasileiro. Uma ação eminentemente política que afetaria o destino de um país vizinho.

 

É de uma arrogância insana, é CRIME, fosse nos EUA que eles admiram e bajulam tanto, hoje mesmo já estariam todos presos.

Aqui, provavelmente nada acontecerá e boa parte dos ignaros fanáticos que os apoiam ainda aplaudirão, porque se trata do governo Maduro, que detestam. Jamais entenderão que não importa quem é o presidente, que uma intromissão desse porte na vida de um país vizinho é uma violência injustificável, e quem trata dessas questões são os governos e seus Ministérios de Justiça, de modo claro e republicano, não através de artimanhas VISANDO ATINGIR “A” ou “B”.

Fica claro o quanto faziam tudo com viés ideológico e o quanto o poder lhes subiu à cabeça de modo doentio.

Não à toa, Moro se sentiu totalmente à vontade para interferir diretamente na manutenção de Lula na cadeia e em vazamentos durante a eleição para apoiar seu candidato, Jair Bolsonaro.

A naturalidade com que sugere a seu “estagiário” no MPF que vaze as informações, reforçam um traço de personalidade perigoso, coisa de gente sem limite algum, de gente com transtornos graves, mentais e de caráter. Moro brincando de interferir na Venezuela, como o fez livremente no Brasil com o apoio da Globo e a omissão do nosso acovardado STF – hoje, estão aí as consequências, a vergonha, o vexame…

Gostaria de, um dia, ter acesso às conversas dos procuradores americanos, com o apoio total de seu Departamento de Justiça, falando de nós brasileiros, como Moro falou com Dallagnol: “Olha, o Moro e o Janot estão vindo aqui, vamos entregar a eles mais documentos que conseguimos por espionagem eletrônica sobre a Petrobras, a Odebrecht, etc… Quem sabe não damos uma boa porrada nos concorrentes de nossa indústria de Petróleo e de nossas Empreiteiras, e do jeito que eles odeiam o tal do Lula, de quebra ainda podemos conseguir interferir na política dos brasileiros a favor dos nossos interesses…?”

 

Moro e Dallagnol fizeram o que aprenderam com o imperialismo sórdido dos americanos.

 

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