Brasil mostra o dedo do meio ao mundo, diz jornal alemão
247 - O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, ironizou no Twitter a contaminação do ministro da Saúde brasileiro, Marcelo Queiroga, infectado pela Covid-19.
Na rede social, o prefeito norte-americano publicou uma notícia que anunciava a doença do ministro e escreveu: "Se pelo menos houvesse uma forma de limitar seu risco".
Após discurso na ONU, Bolsonaro é retratado como Pinóquio no metrô de Nova York
Foi noticiado que Jair Bolsonaro recebeu uma "homenagem" em uma estação de metrô da cidade de Nova Iorque nesta quarta-feira (22).
Que Bolsonaro foi retratado em um desenho como o Pinóquio, personagem popularizada pela Disney, conhecida por apresentar um alongamento no nariz após mentir, e a imagem foi acompanhada das palavras “mentiroso”, “péssimo” e “perdedor”.
A notícia é fake.
Bolsonaro publica foto em que aparece com 6 dedos
Do Metrópoles - Uma publicação no perfil oficial do presidente no Twitter mostra Jair Bolsonaro (sem partido) com 6 dedos. No post, Bolsonaro aparece junto a um resumo de pontos proferidos no discurso feito na 76ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, com a mão direita sobre o peito. Aparentemente, o 6º dedo surgiu por uma falha na edição da fotografia: há uma sobreposição de imagens, para dar uma impressão de sombreamento.


Seis dedos numa mão e nenhuma ideia útil na cabeça
por Carlos Carvalho

Dias antes da ida do governante brasileiro e sua comitiva aos Estados Unidos, a maior já enviada em missão à ONU, certo editorialista de um poderoso jornal disse que a fala do senhor presidente na Organização das Nações Unidas seria a chance que ele teria de reparar a imagem do Brasil perante o mundo. O estapafúrdio editorial é, entre inúmeras possíveis definições, uma piada de mau gosto dita por alguém completamente insensível à realidade nacional. Aqui, uma pergunta se faz necessária: a mando de quem se escreve esse tipo de idiotice?
Certamente que o referido editorial, irmão gêmeo do famoso “uma escolha difícil”, tem endereço certo; uma vez que matérias assim objetivam respaldar a manutenção no poder daqueles que foram eleitos graças ao árduo trabalho de desinformação empreendido pela imprensa comercial brasileira e seu “jornalismo” rasteiro. E não interessa quantos adoeçam e morram. Também não se nota preocupação com a imensa massa de desempregados, com os “humilhados do parque”, os abandonados pelo sistema, ou as florestas que ardem em chamas. Quem se importa, quando o bom mesmo é passear na cidade que nunca dorme, às custas do cidadão que mal consegue comprar comida? Para situações assim, a cara do jornalismo comercial está, como sempre esteve, voltada para o lado.
E de Nova York, do plenário da ONU, ouviu-se um mais do mesmo piorado. Uma espécie de copia e cola de tudo que o mesmo senhor já dissera em discursos outros. Não poderia ser diferente, tendo em vista que só se elenca projetos, ações e propostas quando elas existem. Quando não, é a mentira que toma palco. Assim, o que se viu e ouviu foram doze minutos de nada misturado com coisa nenhuma, e o barulhinho do dinheiro do contribuinte indo para o ralo. Mas como ele não é o “Nine” não há problema, tudo pode.
Além da live, digo, do discurso presidencial, o combo de bizarrices se completou com o convescote regado à pizza na calçada, a deselegância do Ministro da Saúde e seu dedo do meio em riste, bem como a “arminha” do chanceler. Como se tem visto, lidar com o contraditório não é talento daqueles que compõem o governo brasileiro. Na volta, foi hora de elencar os “feitos”. Feitos tais que deixariam o personagem de Carlo Collodi corado de vergonha. Ao relacionarem os “pontos positivos” do discurso, digo, da live presidencial na ONU, preocuparam-se tanto com o tamanho do nariz presidencial na imagem do post, que esqueceram o restante. Como resultado, acabaram acrescentando um dedo a mais à sua mão direita, que se mistura à imagem parcialmente duplicada do seu rosto. Na imagem, “Eleven” está sério, com a mão no peito, simulando cantar o hino. Quanto ao resumo em si, para a surpresa de zero pessoas, nada além de mera desinformação. E assim segue a caravana do circo de horrores no qual transformaram esse país.
Brasil mostra o dedo do meio ao mundo
O jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung (FAZ) criticou nesta quarta-feira (22) o pronunciamento de Jair Bolsonaro na abertura da 76ª Assembleia-Geral das Nações Unidas.
O FAZ, um dos mais respeitados veículos da mídia alemã, destacou que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, testou positivo para a Covid-19 e mencionou o gesto obsceno do ministro para manifestantes em Nova York.
"Fora isso, o Brasil não chamou atenção por sua sofisticação diplomática. Já havia começado com o encontro entre o presidente Jair Bolsonaro e o primeiro-ministro britânico Boris Johnson na segunda-feira. Quando os jornalistas foram instruídos a sair da sala, Johnson agradeceu e os encorajou a obter a vacina britânica da AstraZeneca. Ele disse a Bolsonaro que já havia recebido as duas doses. Bolsonaro apontou o dedo para si mesmo, depois acenou negativamente e disse: 'Ainda não.' Então ele desatou a rir. Seu ministro da saúde, que provavelmente já estava infectado a essa altura, ria ao fundo, relata o jornal.
Sobre o discurso de Jair Bolsonaro, o Frankfurter Allgemeine citou que analistas falaram de uma "realidade paralela" citada por ele, com referência a várias representações comprovadamente falsas, exageradas ou contraditórias.
"O discurso de Bolsonaro durou doze minutos e ele não falou ao mundo, mas a seus seguidores em seu próprio país. Eles o celebram como um herói por isso. Para todos os outros, o desempenho do Brasil foi insignificante, senão ridículo. Alguns dos presentes aplaudiram. Entre eles estava o ministro da Saúde, Queiroga, que acompanhou Bolsonaro ao plenário e agora espera a viagem de volta. A vigilância sanitária de Brasília, por sua vez, também recomendou quarentena a Bolsonaro e sua delegação", afirmou o veículo.