Bolsonaro, o idiota, faz piadas sexuais para evangélicos
por Fernando Brito
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Jair Bolsonaro é um idiota mas, é claro, precisa de idiotas que achem que o mundo deve ser gerido por idiotas para fazer algum sucesso.
Lamentável ter de fazer este juízo de muitos das centenas de pastores evangélicas que assistiram-no no Simpósio de Cidadania Cristã, na Igreja Batista Central de Brasília.
O sujeito transformou o lugar, de novo, em porta de botequim.
Ao falar, pobre menina, de sua filha de 10 anos, jactou-se de “estar na ativa”, e “sem aditivos”, além de fazer insinuações sobre alguém que andava “na garupa de minha moto”, “ainda mais no dia dos namorados”.
E ainda se referiu aos “3 I” – imorrível, imbrochável e incomível”.
É deprimente – e deveria ser ainda mais para evangélicos, em geral pessoas austeras – que um presidente da República desça ao papel de promotor de sua própria suposta potência sexual.
Num país, porém, onde o decano da crônica politica da maior emissora de televisão fixa sua atenção nas coxas (e não só) do principal adversário é de lembrar dos concursos infantis que Chico Buarque e Moreira da Silva consagraram no malandríssimo samba de breque “Doze Anos”.
Parece mesmo ser a idade mental de Bolsonaro, que me perdoem os garotos de 12 anos, que ao menos não falariam isso na sala de aula, quanto mais numa cerimônia de natureza religiosa.