Atentado do Cairo que matou 235 pessoas e o Brasil
Ensina a História: Nada mais explosivo do que misturar política com religião.
Na Europa, as sangrentas guerras religiosas cristãs da Reforma e Contra-Reforma, que ainda perduram nos conflitos entre ingleses e irlandeses.
No Brasil há um atiçamento de protestantes com a destruição de imagens de igrejas católicas e outras religiões.
Dessa evangelização do ódio, sempre misturado a um falso puritanismo que convive com meio milhão de prostitutas infantis, a eleição em 2016 de prefeitos evangélicos.
A tomada do poder pelo voto começou em 2014, com a eleição das bancadas da Bíblia nas assembléia legislativas estaduais, Câmara dos Deputados e Senado Federal, que solertemente construíram a base do golpe contra Dilma Rousseff, e hoje perpretam as principais maldades contra a felicidade do povo em geral: o fim dos direitos das mulheres e dos trabalhadores com a reforma escravocrata de Temer, o abençoado pelos pastores evangélicos.
Tudo faz parte de uma trama. Todas as crises facilitam a pregação do Apocalipse Final e a anunciação do herói que salva o povo eleito.
O projeto eleitoral de 2018, vai além das candidaturas de governador ou vice em todos os Estados. Visa a tomada do poder total, com a indicação do bispo Edir Macedo ou o sobrinho bispo Marcelo Crivella, atual prefeito do Rio de Janeiro, para presidente já ou em 2022.
Nada mais perigoso que um povo armado com a Bíblia, o Alcorão, o Torá, anunciando o fim do mundo pela Besta do Apocalipse, ou por um país que possui armas de destruição em massa. E a restauração da Idade de Ouro por um Messias, um Profeta ou um Anjo montado nas nuvens.
Terroristas atacaram, nesta sexta-feira, dia consagrado à oração no Islã, uma mesquita lotada de fiéis em Bir al Abed, a oeste da cidade de El Arish, epicentro do ramo egípcio do Estado Islâmico no norte do Sinai.
Pelo menos 235 pessoas morreram e outras 120 ficaram feridas no atentado contra o templo muçulmano de Al Rawda.
Trata-se de uma das ações terroristas mais sangrentas já registradas no país.
Há dois anos, um avião russo com 224 ocupantes a bordo caiu no Sinai devido a uma explosão logo após decolar da cidade turística de Sharm el Sheij, às margens do mar Vermelho. Não houve sobreviventes.
Os turistas no Cairo e no Vale do Nilo e a comunidade cristã copta foram alvo de ataques terroristas.