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O CORRESPONDENTE

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20
Nov20

Assassinada candidata do PT a prefeita de Curralinho

Talis Andrade

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Quatro dias depois de concorrer às eleições municipais de Curralinho (PA), a candidata a prefeita Leila Arruda (PT), 49 anos, foi assassinada em um conjunto residencial no bairro do Tenoné, na grande Belém.

Leila ficou em terceiro lugar na disputa pelo cargo de chefe do Executivo da cidade localizada no arquipélago do Marajó, recebendo pouco mais de 3 mil votos. Cleber Edson dos Santos Rodrigues (PSD), 67, foi eleito.

A morte de Leila Arruda chocou militantes, colegas de partido e políticos. Vítima de feminicídio, ela foi morta em Belém, pelo ex-marido.

Boaventura Dias, conhecido como "Boa", assassinou a ex-esposa a facadas. Ele foi detido ainda na noite do crime e apresentado na Delegacia de Homicídios, em Belém, onde prestou depoimento. A vítima, que tinha 49 anos, deixa dois filhos, um de 24 e outro de 26 anos.

Segundo testemunhas ouvidas pela reportagem do UOL, o ex-marido teria viajado do interior em direção à capital para encontrar a ex-mulher pois não aceitava o fim do relacionamento.

Ele teria cometido o feminicídio desferindo várias facadas contra Leila.

O ex-prefeito de Curralinho Léo Arruda, foi quem encontrou o corpo da irmã dentro da residência onde ela morava.

PT lamenta crime

Nas redes sociais, o Partido dos Trabalhadores (PT) lamentou o crime.

“O PT Pará ressalta sua indignação por este crime brutal que tirou a vida de mais uma mulher no estado e reitera que é inadmissível que as mulheres sejam reféns da violência provocada pelo machismo enraizado na sociedade”, diz a nota.

“A morte de Leila Arruda é uma grande perda para o município de Curralinho, para o PT e para todas e todos que lutam por uma sociedade mais justa e fraterna”, acrescenta a sigla.

Leila Arruda tinha 49 anos e era formada em pedagogia, tendo um papel importante na região com o Movimento de Mulheres Empreendedoras da Amazônia (MOEMA). Ela era filiada ao PT desde os 20 anos.

O corpo já está no IML (Instituto Médico Legal) e logo em seguida partirá para Curralinho para velório e sepultamento.

Nota do PT Pará

O Partido dos Trabalhadores do Pará lamenta profundamente a morte da companheira Leila Maria Santos de Arruda, militante e, recentemente, candidata a prefeita no município de Curralinho, na Ilha do Marajó.

Leila foi vítima de feminicídio nesta quinta-feira (19), em Belém, ao ser assassinada pelo ex-marido.

Leila Arruda tinha 49 anos e foi fundadora e militante do movimento de mulheres empreendedoras da Amazônia (MOEMA).

Filiou-se ao partido dos trabalhadores em Curralinho aos 20 anos e era formada em pedagogia.

O PT Pará ressalta sua indignação por este crime brutal que tirou a vida de mais uma mulher no estado e reitera que é inadmissível que as mulheres sejam reféns da violência provocada pelo machismo enraizado na sociedade.

O feminicídio é uma chaga que tem dizimado milhares de mulheres e destruído famílias, consequência da posição de discriminação estrutural e da desigualdade de poder, que inferioriza e subordina as mulheres aos homens.

Até quando vamos ter que conviver com todo tipo de violência contra a mulher?!

Até quando o machismo vai continuar matando?

Pedimos justiça para Leila e todas as outras mulheres assassinadas diariamente no Brasil.

Que sua morte não seja esquecida e que mais medidas sejam tomadas para acabar com essa violência.

A morte de Leila Arruda é uma grande perda para o município de Curralinho, para o PT e para todas e todos que lutam por uma sociedade mais justa e fraterna.

Neste momento de profunda dor e luto, expressamos nossa gratidão e prestamos nossas homenagens à companheiro Leila e à sua memória, assim como estendemos nossa solidariedade aos familiares, amigos e companheiros de partido que, como todos nós, estão sofrendo a dor e a revolta dessa perda.

Leila, presente!

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Nota do Psol

As Mulheres do PSOL vem a público manifestar sua indignação frente ao brutal assassinato de Leila Arruda, candidata do PT à prefeitura de Curralinho / Marajó no Pará.

Este feminicídio, que tem como suspeito seu ex-marido, se soma aos inúmeros casos que ocorreram no estado neste ano, e demonstra que a violência machista continua negando a nós mulheres o direito de viver nossas próprias vidas. Violência essa que é naturalizada por governantes e instituições que deveriam promover políticas para combatê-la.

As mulheres convivem diariamente com este medo: quem será a próxima? Mas o medo não será maior que nossa luta.

Manifestamos também nossa solidariedade com familiares e amigos de Leila.

Nossas vidas importam!

Setorial Nacional de Mulheres do PSOL


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