Além da PF, procuradores da Lava Jato também devem ser investigados pela blindagem de Flávio Bolsonaro
por Jeferson Miola
O Ministério Público Federal [MPF] instaurou investigação criminal para apurar a denúncia de Paulo Marinho acerca do delegado da PF que alertou Flávio Bolsonaro sobre a Operação Furna da Onça.
A investigação será fundamental para apurar os fatos, mas deixará lacunas importantes se não investigar o eventual envolvimento ilícito também de procuradores da Lava Jato que atuaram na Furna da Onça com agentes da PF [aqui].
A Furna da Onça é um desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro. Relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras [Coaf] entregue à PF e ao MPF em janeiro de 2018
sobre a movimentação financeira atípica de deputados estaduais e assessores parlamentares, deu origem à Operação.
Fabrício Queiroz, lotado no gabinete do Flávio Bolsonaro na ALERJ, constava neste relatório do COAF devido à movimentação sem origem comprovada de R$ 1,2 milhão [posteriormente chegou-se à estimativa de mais de R$ 6 milhões], inclusive com depósitos na conta de Michelle Bolsonaro. (Continua)