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O CORRESPONDENTE

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12
Jun18

A favor da luta pela defesa da terra, da água e da floresta

Talis Andrade

Uma sociedade justa e solidária

ao serviço da vida e da esperança

 

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Não só «a missão evangelizadora da Igreja, dos discípulos do bom pastor, que consiste em cuidar e formar o povo de Deus», mas também «a construção de uma sociedade justa e solidária, ao serviço da vida e da esperança, na direção do reino definitivo». São os dois caminhos paralelos que a Comissão pastoral da terra (Cpt), organismo no seio da CNBB, pretende percorrer com convicção ainda maior. Há dias o organismo elegeu a sua nova coordenação nacional: para os próximos três anos o presidente é o bispo de Ruy Barbosa, André De Witte; vice-presidente é o bispo-prelado de Itacoatiara, José Ionilton Lisboa de Oliveira, que serão auxiliados por quatro coordenadores executivos para um papel de primeiro plano que a Cpt sempre teve, desde 1975 (ano de fundação) até hoje.

 

«A Igreja é chamada a caminhar em equilíbrio com duas pernas», declara à agência Fides D. De Witte. A primeira é a missão evangelizadora, que «se refere à nossa identidade e abrange todo o trabalho interno da Igreja: a liturgia, a Bíblia, a catequese». Juntamente com esta dimensão, dado que «por opção e missão estamos ao lado das pessoas e categorias vulneráveis e ameaçadas, somos chamados a percorrer uma estrada que é igualmente essencial e apesar de dizer respeito ao social, é tão eclesial quanto a primeira dimensão: participar na construção de uma sociedade justa e solidária».

 

Por sua vez, D. Lisboa de Oliveira explicou que teve que aceitar a nomeação «para ajudar no serviço que esta pastoral desempenha a favor da luta pela defesa da terra, da água e da floresta». A missão que a Igreja católica brasileira leva a cabo sobretudo na Amazónia «é importante, necessária e exigente». O vice-presidente não esconde que muitos agentes da Comissão pastoral da terra são perseguidos e até assassinados por causa da sua dedicação aos mais débeis, mas «quando alguém prejudica e abaixa as condições de vida que os filhos e as filhas de Deus merecem é claro que a Igreja deve denunciar, com firmeza e clareza».

 

A importância do papel da Cpt é testemunhada pela sua história. Quando foi instituída, há quase quarenta e três anos, o Brasil estava imerso na ditadura militar (que durou de 1964 a 1984) e naquele contexto, durante uma reunião de bispos da Amazónia realizada em Goiânia, capital do Estado de Goiás, ganhou forma este instrumento de luta que deseja ser uma voz capaz de denunciar a grave situação vivida pelos trabalhadores rurais, especialmente na região amazónica, explorados no trabalho (com frequência escravo) depois de ter sido precedentemente expulsos das suas terras. L'Osservatore Romano

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