29
Out21
A crônica não mata
Talis Andrade
Quando as pessoas começam a parecer desinteressantes para um cronista, ele sabe que tem um problema. Comigo, atualmente, tem sido assim. Nas ruas, as pessoas se dividem em duas categorias básicas, reducionistas: as que usam e as que não usam máscara. Diante isso, concluo eu, uma única pergunta continua, e continuará, por muito tempo, a me assombrar: depois de 605 mil mortos, o que nos custa esconder metade da cara? Pergunta Luís Henrique Pellanda in A crônica não mata. Leia aqui. Ilustração de Frede Tizzot.