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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

06
Abr22

Coronel que comandou dezenas de assassinatos ameaçou Lula de morte

Talis Andrade

Tenente-coronel Washington Lee Abe, comandante do 5º Comando Regional da PM, em Cascavel. Foto: Cabo Valdemir da Luz/AEN-PR

Que tem cara de assassino tem 

 

A bancada da bala, eleita na onda bolsonarista, no golpe eleitoral que prendeu e impediu que Lula fosse candidato em 2018, tem sede de sangue. Na campanha eleitoral que elegeu o sucessor do golpista Michel Temer, Bolsonaro anunciou - com o apoio de Sergio Moro e procuradores e delegados da polícia política, a famigerada autodenominada Liga da Justiça - que Lula iria apodrecer na cadeia. 

Foi publicar um texto sobre a sanha assassina de militares, que aparece o deputado estadual pelo Paraná Coronel Lee (DC) a ameaçar de morte o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O discurso de ódio, a apologia da violência, a apologia do assassinato, as declarações do deputado covarde, do deputado violento, do deputado raivoso, foram publicadas pelo jornalista Eduardo Matysiak. 

"O que nos traz hoje aqui é um desaforo, uma ameaça de um indivíduo, um elemento que é chamado de Lula", disse o parlamentar ao plenário da Assembleia Legislativa (Alep). 

"Esse camarada quer visitar nossas residências, nossas casas, quer juntar um grupo de desocupados, vagabundos, para conversar com nossa família, para conversa com a gente. Coronel Telhada, ex-comandante da Rota, hoje deputado em São Paulo, aqui é o Coronel Lee, ex-comandante do Bope do Paraná", complementou.

O deputado também disse que mandou integrantes do MST "para o inferno".

"O nosso modus operandi, Coronel Telhada, é o mesmo. A última vez que esse bando do MST e da esquerda veio nos visitar, queriam conversar com a gente no meio do mato, foram parar no inferno. Então, Lula. Mande a sua turma toda falar com a gente de novo. Vocês vão visitar seus amigos que estão lá. É esse nosso recado", ameaçou.

Trata-se da confissão de uma chacina. Da matança de pequenos agricultores, de camponeses, dos sem terra tão perseguidos pelos governadores golpistas do Paraná, e por Sergio Moro.

Pela confissão, trata-se de um assassino vil, que só mata pobres, pés no chão, o coronel de "morte e vida severina".  

Esses deputados comandaram o pior das polícias militares: as polícias das chacinas, dos massacres, do genocídio de jovens negros e mulatos. 

Escrevi um alerta sobre o crime de lesa-majestade, dos covardes a bravata, dos assassinos confessos a advertência, a audácia, a cominação, a morte anunciada de Lula da Silva. 

O sujeito macabro, desvairado, enlouquecido, que faz terrorismo político, intimidação, assédio policial, coação assassina, não merece ser candidato a cargo nenhum.

Se existe Lei no Brasil, se existe Justiça no Brasil, lugar de pistoleiro, de serial killer é na cadeia. O psicopata não pode ser eleito para nenhum cargo, não pode praticar o crime de manchar de sangue o legislativo. 

Até quando os brasileiros vão ouvir, impassíveis e coniventes e cúmplices, das tribunas das Câmaras de Vereadores, das Assembléias Legislativas, do Congresso Nacional: - Eu matei um, eu matei dois, eu matei três, eu matei um bando, eu matei uma legião, e vou matar Lula da Silva! Até quando será repetida esta insanidade? Esta insânia? Esta piloura? Este tresvario? Esta psicopatia? 

Coronel Lee é simplesmente mais um demente a jurar Lula de morte. Isso deu votos em 2018, mas os loucos de farda, ou pijama melado de sangue, vão perder a mamata nas eleições deste ano.

Os eleitores não vão votar em matadores, homicidas sanguinários, sicários malvados. Veja aqui uma lista de pistoleiros que prometem matar Lula.

Publica Brasil 247:

Não foi a primeira ameaça ao ex-petista em 2022, ano eleitoral. O deputado federal Junio Amaral (PL-MG) divulgou um vídeo no qual ele manuseava uma arma de fogo enquanto fazia provocações ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

No dia 24 de março, circulou nas redes sociais um vídeo em que um homem na cidade de Gravatal, no Sul de Santa Catarina, praticou tiros ao alvo e fez ameaças a membros do PT.

Antes o vereador de Porto Alegre Leonel Radde (PT-RS) foi ameaçado de morte por neonazistas, assim como Lula, a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) e o ativista do movimento negro Antonio Isupério.

 
 
06
Abr22

Destino de Eduardo Bolsonaro será termômetro para democracia real no país

Talis Andrade

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O deboche de Eduardo Bolsonaro contra Míriam Leitão, torturada na ditadura, tornou-se um termômetro da democracia

 

 

por Paulo Moreira Leite

- - -

A origem do ataque de Eduardo Bolsonaro à jornalista constitui, em si, uma barbaridade com a qual ninguém pode se habituar. 

Explicando. Em artigo publicado neste domingo, Míriam Leitão esclareceu um ponto essencial na comparação entre as candidaturas Lula e Bolsonaro, que polarizam a campanha de 2022.

"Na disputa entre Lula e Bolsonaro não há dois extremistas. Há um: Bolsonaro. O centro deve procurar seu espaço, seu programa, seu candidato, ou seus candidatos, porque o país precisa de alternativa e renovação. Mas não se deve equiparar o que jamais teve medida de comparação. O ex-presidente Lula governou o Brasil por oito anos e influenciou o governo por outros cinco. Não faz sentido apresentá-lo como se fosse a imagem, na outra ponta, de uma pessoa como o presidente Jair Bolsonaro", escreve a jornalista.

"O PT jogou o jogo democrático, Bolsonaro faz a apologia da ditadura", lembrou Míriam comparando candidaturas que dividem em fatias desiguais a preferencia de 69% do eleitorado do país, conforme o último Data Folha ( 43% para Lula, 26% para Bolsonaro). 

Nesta situação,  Eduardo Bolsonaro disse no  tuite que "sentia pena" da cobra. Trata-se de uma manifestação criminosa e cruel,  incompatível com a Constituição, que diz, em seu artigo 5, inciso III, que "ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante". 

Nada mais adequado, portanto, que Eduardo Bolsonaro seja levado ao Conselho de Ética, primeiro passo para um debate necessário -- num país que há quatro décadas enfrenta assombrações e venenos da ditadura. 

Elemento essencial da luta contra o regime de 64, o episódio pode alimentar parte indispensável da campanha presidencial de 2022 -- definindo compromissos e valores entre candidaturas que mobilizam a atenção da maioria de brasileiros e brasileiras. 

Vamos entender o que está em debate aqui. Ao estabelecer a fronteira da democracia como uma distinção e obrigatória entre Lula e Bolsonaro, fato visível como a silhueta  do Pão de Açúcar nas praias do Rio de Janeiro, Míriam Leitão nada mais fez do que apontar um fato jornalístico relevante do debate eleitoral de 2022, quando ameaças de retrocesso político tem sido proferidas a todo momento por Jair Bolsonaro e aliados. 

A reação de Eduardo Bolsonaro apenas confirma que, do ponto de vista do bolsonarismo, a tortura permanece como um instrumento aceitável de luta política -- inclusive com o uso de cobras, como ocorreu com Míriam Leitão em 1972, numa cela onde também foi atacada por um cão feroz. 

"A publicação é repugnante. Se isso não é quebra de decoro, o que será?", questiona o deputado Orlando Silva (PC do B-SP). 

Lula prestou  solidariedade Míriam Leitão, "vítima de ataques daqueles que defendem o indefensável: as torturas e os assassinatos praticados pela ditadura." 

Numa lição pertinente num país onde a democracia frequentemente é colocada à beira do abismo, Lula também afirmou: "seres humanos não precisam concordar entre si, mas comemorar o sofrimento alheio é perder de vez a humanidade".

Este é o debate, urgente.   

Alguma dúvida?

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06
Abr22

Deputado psicopata cabo Junio Amaral ameaça Lula de morte com pistola na mão (vídeo)

Talis Andrade

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O deputado federal bolsonarista Junio Amaral (PL-MG) fez um react de um vídeo distorcido da fala do ex-presidente Lula na Central Única dos Trabalhadores, em que o parlamentar saca uma pistola em uma incitação à violência contra o líder nas pesquisas.

No vídeo, postado no Twitter, cabo Amaral reage a uma fala de Lula sobre a necessidade de conversar com representantes nacionais. O parlamentar cita buracos na rua onde mora, em Contagem, e diz que o ex-presidente seria "muito bem-vindo", enquanto carrega a arma com munições. 

O lesa=majestade é acostumado a praticar outros crimes: de apologia ao golpe e de apologia à ditadura, e de apologia à tortura, sendo como Jair Bolsonaro admirador do torturador e assassino coronel Ustra, sendo como Eduardo Bolsonaro admirador do torturador e assassino coronel Paulo Malhões. 

O cabo Junio admira o estilo de Daniel Silveira: de agredir ministros do STF, Supremo Tribunal Federal. Idem o estilo canino, de cachorro doido do coronel André Azevedo, do PL-RN. Do Rio Grande do Norte que tinha deputados da grandeza de Djalma Aranha Marinho. De Djalma Maranhão. O vocabulário do coronel Azevedo lembra a gritaria sangrenta do coronel Ustra e do coronel Manhães nas sessões de tortura na ditadura militar. Dos delegados Fleury e Pedro Seelig. 
 
O cabo Junio insinua que vai deixar o corpo de Lula cheio de buracos de bala. Até quando esses militares da bancada da bala vão continuar com os discursos de ódio? As ameaças pregam a violência, o golpe, a guerra civil. Que não se faz ditadura sem prisões políticas, sem tortura, sem assassinatos, sem exílio, sem cemitérios clandestinos. 

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Escreva Lola Escreva: AS BALAS ACERTAM O ALVO

05
Abr22

Fenaj pede cassação de Eduardo Bolsonaro e Abraji repudia ataque a Miriam Leitão

Talis Andrade

Sobre cobras e tortura

 

 Por Hora do Povo  

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), representação máxima da categoria no País, lançou nota na segunda-feira (4) defendendo a cassação do mandato do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por apologia à tortura.

A entidade defendeu a abertura “imediata” de um processo contra o parlamentar no Conselho de Ética da Câmara, “para que não haja relativização em favor dos criminosos”.

O filho de Jair Bolsonaro publicou domingo (3) uma mensagem no Twitter debochando da jornalista Miriam Leitão, que foi perseguida e vítima de tortura durante o regime militar.

Miriam fez uma postagem no Twitter compartilhando o texto de sua coluna no jornal “O Globo”. Na publicação, ela escreveu que o erro da terceira via “é tratar Lula e Bolsonaro como iguais. Bolsonaro é inimigo confesso da democracia”.

Logo após, Eduardo Bolsonaro usou o post para atacar a jornalista: “ainda com pena da cobra”, escreveu o filho do presidente, fazendo referência a um episódio em que a jornalista, que, durante o período em que esteve presa pela ditadura militar, foi trancada nua em um quarto escuro junto com uma jibóia, mesmo estando grávida.

“Não foi a primeira vez que Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, tratou a tortura como uma prática banal e defensável. Também não foi a primeira vez que a jornalista Miriam Leitão foi desrespeitada pela família Bolsonaro, em sua história de militante e presa política”, afirmou a Fenaj.

A Federação frisou ainda que Jair Bolsonaro e os filhos demonstram absoluta falta de empatia e compaixão, “sentimentos normalmente partilhados entre os seres humanos”.

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) também divulgou nota condenando a atitude do deputado. No texto, a entidade destacou que esse tipo de ataque é recorrente por parte de Eduardo Bolsonaro.

“Causa indignação que um parlamentar, detentor de cargo e salário públicos, use sua voz para ofender mais uma vez a jornalista, citando de forma desqualificada e jocosa o período em que ela foi presa e torturada sob o regime militar no Brasil”, diz a nota.

Segundo a Abraji, o ataque do parlamentar, “notadamente defensor desse período sombrio da história do País, causa indignação não só no meio jornalístico como no político e econômico”.

O comentário do deputado foi repudiado por pré-candidatos à Presidência, deputados e senadores, além de gerar repercussão negativa entre influenciadores, artistas e jornalistas.

Leia as notas na íntegra:

 

Deputado Eduardo Bolsonaro deve perder o mandato pelo crime de apologia à tortura

 

A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), entidade máxima de representação da categoria no país, vem a público repudiar a apologia à tortura, um crime que é também uma manifestação inequívoca de desumanidade.

E, para que não haja relativização em favor dos criminosos, a FENAJ defende a imediata abertura de processo ético contra o deputado Eduardo Bolsonaro, que neste domingo, 3 de abril, quis debochar da jornalista Míriam Leitão, colunista do jornal O Globo e comentarista da Globo News, citando um episódio de tortura a que ela fora submetida, quando presa durante a ditadura militar.

Não foi a primeira vez que Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, tratou a tortura como uma prática banal e defensável. Também não foi a primeira vez que a jornalista Míriam Leitão foi desrespeitada pela família Bolsonaro, em sua história de militante e presa política. Portanto, passa da hora de os demais poderes constituídos da República brasileira, agirem para garantir o Estado de Direito, com a punição cabível para autoridades que insistem em agir fora dos preceitos legais e democráticos. Algumas dessas autoridades, como Bolsonaro pai e filho, também demonstram absoluta falta de empatia e compaixão, sentimentos normalmente partilhados entre os seres humanos.

Na oportunidade, a FENAJ defende ainda a punição para os torturadores, militares e civis, que cometeram seus crimes durante a ditadura militar e que continuam impunes, com base numa interpretação equivocada da Lei da Anistia. Lembramos que a tortura é crime equiparado aos crimes hediondos e é imprescritível.

Punição para os torturadores e para os que fazem apologia à tortura!

Nossa solidariedade à jornalista Míriam Leitão, às vítimas da ditadura militar e aos familiares das vítimas que não resistiram às torturas e sucumbiram nos porões dos cárceres.

Federação Nacional dos Jornalistas – FENAJ

 

Abraji repudia ataques de Eduardo Bolsonaro a Míriam Leitão

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) repudia os ataques do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) à jornalista Míriam Leitão. Causa indignação que um parlamentar, detentor de cargo e salário públicos, use sua voz para ofender mais uma vez a jornalista, citando de forma desqualificada e jocosa o período em que ela foi presa e torturada sob o regime militar no Brasil (1964-1985). É um tipo de ataque recorrente, praticado não só pelo deputado, mas por seu pai, o presidente da República, a uma profissional da imprensa, na busca para desvalorizar seu trabalho e tentar silenciá-la no debate político.

Míriam Leitão tem contribuído para o jornalismo político e econômico há mais de 40 anos, sendo uma das profissionais mais respeitadas do país. O ataque de Eduardo Bolsonaro, notadamente defensor desse período sombrio da história do país, causa indignação não só no meio jornalístico como no político e econômico. É de se lamentar que um parlamentar eleito com os mecanismos democráticos use seu discurso para atacar profissionais que se colocaram sempre na defesa da democracia e apoie um período em que direitos civis foram suprimidos no Brasil. A Abraji se solidariza com Míriam Leitão e com todos os profissionais, sobretudo as mulheres, que têm sido constantemente atacadas e ofendidas nas redes sociais por agentes públicos.

Diretoria da Abraji, 4 de abril de 2022

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O irmão 02, Carlos Bolsonaro, botou na cabeça que é o vereador geral do Brasil. Recebe salário da Câmara Municipal do Rio de Janeiro para morar em Brasília junto do pai, comandando o gabinete do ódio. O irmão 03, Eduardo Bolsonaro, acredita ser o embaixador geral do Brasil. Perambulava pela Casa Branca nos tempos de Trump, acompanha o pai nas viagens internacionais, e não pára na Câmara dos Deputados que paga as viagens além dos mares para uma vida fácil de marajá. Turista deslumbrado com os encantadores de serpentes

Encantador de serpentes morre após ser atacado por cobra (vídeo) - Caarapó  Online

 

05
Abr22

Serpentário

Talis Andrade

TJ-RJ nega pedido de libertação do caseiro de Malhães | Notícias de Nova  Iguaçu

Coronel do Exército Paulo Malhães, cruel e covarde torturador de Miriam Leitão em um quartel de Vila Velha, edifício tombado como patrimônio histórico. Paulo Malhães, famoso pelo famigerado apelido de dr. Pablo, morreu assassinado, numa possível queima de arquivo que seus cúmplices comparsas de farda jamais ousaram investigar

 

O Brasil precisa se contaminar desse gesto de solidariedade a Míriam Leitão

 

por Carol Proner

“Seres humanos não precisam concordar entre si, mas comemorar o sofrimento alheio é perder de vez a humanidade”, disse o ex-Presidente Lula na manifestação de solidariedade à jornalista Míriam Leitão, que foi vítima de ataques fascistas por parte do deputado Eduardo Bolsonaro.

A jornalista agradeceu, dizendo que a manifestação de Lula reflete "valores fundamentais da democracia, o respeito entre pessoas, mesmo quando divergem, e a empatia que deve prevalecer entre seres humanos”.

O filho da jornalista, Matheus Leitão, também agradeceu com as seguintes palavras: "presidente, muito obrigado. Como filho, me emociono. Sua voz branda e firme é muito importante para o país neste momento".

De todo esse episódio repugnante de violência e desrespeito, eu quero chamar a atenção para este aspecto: o da reação convergente no sentido de repudiar o monstruoso gesto do filho do Presidente da República que simboliza os valores da família e do clã bolsonaristas: a defesa da tortura com perversidade qualificada.

Esta, sabemos, não é a primeira fala que remete à violência contra as mulheres. A misoginia e a perversidade sexual presentes na “cultura do estupro” fazem parte do manual político do fascismo bolsonaristas. Ninguém pode dizer que se surpreende, e as mulheres têm demonstrado sua rejeição nas sondagens eleitorais.

O que merece ser destacado é a reação de repúdio unânime entre forças políticas completamente divergentes. Os demais pré-candidatos também não hesitaram em se manifestar em apoio à jornalista  referência do capitalismo neoliberal, assim como também estrelas do Partido dos Trabalhadores, a ex-Presidenta Dilma Rousseff, que também foi vítima de tortura, e a Presidenta do PT, a deputada Gleisi Hoffmann.

Este é um episódio simbólico do que veremos daqui para a frente, nos meses que antecedem as eleições deste ano, a polarização entre política e antipolítica, ou a política adversarial versus a política do inimigo.

O Brasil precisa se contaminar desse gesto de solidariedade a Míriam Leitão e do respectivo acolhimento manifestado por ela, destacando o respeito e a empatia como valores altruístas e de unidade. Mas ainda há os que, na hipótese de um 2º turno polarizado entre a democracia ou o serpentário, defendam escalar o enorme muro da falsa neutralidade. 

A incansável busca de um filho pela história dos pais - Editora Intrínseca

A incansável busca de um filho pela história dos pais

Desde pequeno, Matheus Leitão ouvia as expressões “perseguição”, “prisão” e “porão” sussurradas por seus pais, os jornalistas Marcelo Netto e Míriam Leitão. A assustadora palavra “tortura” apareceu bem mais tarde. Movido pela curiosidade de compreender o passado, o jovem perguntador passou a recolher retalhos de uma história dolorosa, que se iniciou em 1972, no Espírito Santo, quando os pais militavam no PCdoB. Delatados por um companheiro, foram presos e torturados. Na ocasião, Míriam estava grávida de Vladimir, o primeiro filho do casal.

Matheus também seguiu a carreira de jornalista, dedicando-se a reportagens sobre direitos humanos e ditadura. Em nome dos pais é resultado de suas incansáveis investigações, que começam pela busca do delator e seguem com a localização dos agentes que teriam participado das sessões de tortura de seus pais. Passado e presente se entrelaçam nessa obra, que reconstitui com rigor eventos do início dos anos 1970 e, ao mesmo tempo, apresenta a emocionante peregrinação do autor pelo Brasil atrás de respostas.

Em nome dos pais, uma história sobre pais e filhos, e também sobre um país que ainda reluta em acertar as contas com um passado obscuro. 

Nua e grávida, Míriam Leitão foi torturada com cobra, na ditadura - Jornal  do Estado MS

05
Abr22

Eduardo Bolsonaro tortura Míriam Leitão

Talis Andrade

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Por Altamiro Borges

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), também chamado de Dudu Bananinha, é realmente muito escroto. Pelo Twitter, ele voltou a ironizar a bárbara tortura sofrida por Míriam Leitão, da Rede Globo, durante a ditadura militar. Ele postou: “Ainda com pena da [emoji de cobra]”. O fascistoide conta com o cretinismo parlamentar para manter a sua imunidade! 

Quando tinha apenas 19 anos e estava grávida, a hoje conhecida jornalista foi presa e torturada por carrascos da ditadura dos generais (1964-1985). Em uma sessão de tortura, ela foi deixada nua em uma sala escura com uma cobra. O tuíte do filhote 03 do presidente gerou manifestações de repúdio até dos que discordam da colunista global. 

Lula presta solidariedade à jornalista global

 
O ex-presidente Lula, que sempre sofreu críticas ácidas da jornalista e da Rede Globo, foi um dos primeiros a repudiar o fascista. “Minha solidariedade à jornalista Míriam Leitão, vítima de ataques daqueles que defendem o indefensável: as torturas e os assassinatos praticados pela ditadura. Seres humanos não precisam concordar entre si, mas comemorar o sofrimento alheio é perder de vez a humanidade”, postou nas redes sociais. 
 
A Federação Nacional dos Jornalistas divulgou nota em que lembra que “não foi a primeira vez que Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, tratou a tortura como uma prática banal e defensável. Também não foi a primeira vez que a jornalista Míriam Leitão foi desrespeitada pela família Bolsonaro, em sua história de militante e presa política”. 

O texto da Fenaj também enfatiza que “passa da hora de os demais poderes constituídos da República brasileira agirem para garantir o Estado de Direito, com a punição cabível para autoridades que insistem em agir fora dos preceitos legais e democráticos”. A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) também afirma que a “apologia à tortura é crime e quem a pratica deve se submeter aos rigores da legislação”. 

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Cadê o Conselho de Ética?


PSOL e PCdoB já protocolaram representações no Conselho de Ética da Câmara Federal em que pedem a cassação do mandato do parlamentar. Para a líder do PSOL, deputada Sâmia Bomfim, a postagem dele sobre a tortura é “desumana”. “Quando ele faz piada com essa situação, reafirma, mais uma vez, que é um criminoso inimigo da democracia”. 

No mesmo rumo, o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) afirma que é urgente punir Eduardo Bolsonaro “por respeito à democracia, à sociedade e às mulheres. A publicação dele é repugnante. Se isso não é quebra de decoro, o que será? A leniência da Câmara em outros tempos normalizou barbaridades como o elogio a tortura”. 

O deputado Alexandre Molon (PSB-RJ) também reagiu indignado. “Que tipo de monstro é capaz de debochar da tortura de uma mulher grávida?”, perguntou pelo Twitter. Já o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou que o comentário é “nojento, covarde e asqueroso”. E a deputada Natália Bonavides (PT-RN) exigiu uma postura dura da Câmara Federal.
 
04
Abr22

Nojo dos golpistas, ontem e hoje

Talis Andrade

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por Cristina Serra

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A ordem do dia assinada pelo golpista Braga Netto e pelos três comandantes militares, para ser lida nos quartéis e assinalar a data do golpe de 1964, é uma peça do mais puro cinismo, uma fraude cognitiva para tentar reescrever e falsear a verdadeira história, que desonra os militares brasileiros.

Não, senhores, não houve “movimento” nem “revolução” em 1964. Houve um golpe militar-empresarial que decretou 21 anos de escuridão. No eclipse das liberdades, a ditadura perseguiu, prendeu, torturou, matou, exilou, censurou, corrompeu, instaurou o terrorismo de Estado, empobreceu o povo.

Golpistas de ontem, golpistas de hoje. O texto da ordem do dia condensa a lógica distorcida do discurso bolsonarista, que já está dando o tom da campanha e prepara a maré montante de violência que irá reger o processo eleitoral.

É o ataque às urnas (“não serão dois ou três que decidirão como serão contados os votos”), aos ministros do STF e do TSE (“cala a boca; bota a tua toga e fica aí”) e o vínculo mentiroso que Bolsonaro estabelece o tempo todo entre liberdade e posse de armas pela população.

Tal como fazem as máfias, Bolsonaro conseguiu garantir proteção na Câmara dos Deputados, e apascentou a PGR. Mas o STF continua sendo o terreno movediço das suas vulnerabilidades.

Uma delas é a decisão da ministra Rosa Weber mantendo a investigação que o arrasta para dentro do esquema de corrupção na compra de vacinas pelo Ministério da Saúde, como mostrou a CPI no Senado. A Bolsonaro resta assanhar suas milícias e hostes laureadas com o sangue dos que tombaram combatendo a ditadura.

Compromisso com a democracia é pacto com a Constituição. Nas palavras de Ulysses Guimarães, em 1988: “Traidor da Constituição é traidor da pátria. Conhecemos o caminho maldito. Rasgar a Constituição, trancar as portas do parlamento, garrotear a liberdade, mandar os patriotas para a cadeia, o exílio e o cemitério. Temos ódio à ditadura. Ódio e nojo.”

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Bolsonaro “convida” militares para o golpe

 
 
04
Abr22

O que um Will Smith faria com Eduardo Bolsonaro?

Talis Andrade

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por Fernando Brito

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Ainda bem (será?) que o ator Will Smith não é brasileiro nem deputado federal.

Porque o deboche de Eduardo Bolsonaro às torturas que a jornalista Miriam Leitão sofreu na ditadura (“boazinha”, segundo o general Braga Netto), sendo colocada dentro de uma cela, nua, com uma cobra jibóia para aterrorizá-la, não é uma piada de mau gosto e ofensiva de um idota, como a que aconteceu no Oscar, é a adesão tardia a uma agressão indigna de qualquer ser humano.

Míriam é uma adversária política da esquerda, hoje e há muito tempo, mas isso não é ser de esquerda ou de direita, é ser um monstro de vileza

E pior, desperta, como se pode observar no Twitter, a boçalidade das hordas bolsonaristas, que elogiam e naturalizam a tortura, um crime hediondo pela covardia e pelo sadismo.

Fazer, publicamente, apologia de fato criminoso é crime, diz o Código Penal, e não há razão para que o Ministério Público permaneça inerte, porque a tipicidade, segundo pacífico entre os juristas, quando dá em relação a fato concreto, que tenha ocorrido e não a um possível crime futuro, como é o caso.

Não se está sugerindo que se dê uma bofetada em Eduardo Bolsonaro, mas que se dê a devida resposta legal, até pelo exemplo de que não se pode fazer isso com a dignidade de um ser humano.

Mas Augusto Aras, com certeza, não é “A lenda”. É é só um daqueles zumbis do filme de terror que estamos vivendo.

 

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04
Abr22

Deputados acionam Conselho de Ética da Câmara contra Eduardo Bolsonaro por ironizar tortura de Míriam Leitão

Talis Andrade

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Míriam Leitão conta como foi torturada pela ditadura militar

 

No Twitter, Eduardo Bolsonaro compartilhou uma coluna da jornalista e escreveu “ainda com pena da cobra”, em referência a uma das sessões de tortura sofrida por Miriam Leitão

 

Rede Brasil Atual - O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ironizou a tortura sofrida pela jornalista Míriam Leitão, do jornal O Globo, durante a ditadura civil-militar. Em sua conta do Twitter, nesse domingo (3), o parlamentar compartilhou uma coluna dela e escreveu “ainda com pena da cobra”, em referência a uma das sessões de tortura sofrida pela jornalista. 

Míriam Leitão foi presa e torturada enquanto estava grávida por agentes do governo durante a ditadura militar no Brasil. Em uma das sessões de tortura, ela foi deixada nua numa sala escura com uma cobra. Profissional de imprensa do Grupo Globo, Miriam foi presa quando tinha 19 anos, em um batalhão do Exército localizado em Vitória. 

Na manhã desta segunda-feira (4), o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) afirmou que seu partido abrirá uma representação no Conselho de Ética da Câmara. Consultei o partido e faremos representação contra Eduardo Bolsonaro no Conselho de Ética da Câmara pelo deboche afrontoso e desumano à tortura sofrida pela jornalista Miriam Leitão. Esse canalha sórdido não ficará impune!”, tuitou. 

Ainda hoje, em entrevista à rádio CBN, o parlamentar pediu desculpas à jornalista e disse que o Congresso está “constrangido”. “Quero pedir desculpas à jornalista Miriam Leitão pelo gesto abominável de Eduardo Bolsonaro, que ironizou algo tão bárbaro. A tortura é desumano. Por isso, vamos abrir essa representação, porque esse deputado, cada dia mais, viola o decoro parlamentar. É uma violência que constrange o Parlamento”, disse Orlando Silva.

 

‘Eduardo Bolsonaro, covarde’

 

O deboche do deputado se originou após a jornalista compartilhar seu texto no jornal. Junto com o artigo, Míriam escreveu “qual é o erro da terceira via? É tratar Lula e Bolsonaro como iguais. Bolsonaro é inimigo confesso da democracia. Coluna de domingo”. 

Nas redes, colegas e políticos se solidarizaram com Miriam. O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) chamou Eduardo Bolsonaro de “canalha”, “covarde” e “imbecil”. “Esse infeliz debocha da dor de uma mulher que sofreu na ditadura, regime instalado por gente da laia do seu pai. O Brasil não merece essa família ordinária”, indignou-se. 

“Minha solidariedade à jornalista e meu compromisso de seguir lutando para acabar, definitivamente, com o Bolsonarismo”, endossou a parlamentar Fernanda Melchionna (Psol-RS). A jornalista Vera Magalhães também repudiou as declarações do deputado. “Miriam Leitão foi torturada grávida pela ditadura que essa família apoia. O deputado federal por São Paulo faz um comentário nojento e indigno desse. A infâmia está tão normalizada que faz o que faz e não sofre nenhuma punição do conselho de ética. Pessoa baixa”, tuitou.

 
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Em 1973, Doutor Pablo foi um dos destacados pelo Exército para interrogar brasileiros presos no Estádio Nacional de Santiago, no Chile, após o golpe que instaurou a ditadura militar de Augusto Pinochet.
 
Paulo Malhães, codinome Doutor Pablo, era um especialista em espionagem e atrocidades como tortura, assassinato, desmembramento e ocultação de cadáveres. Fez parte de uma equipe do Centro de Informações do Exército (CIE), que dizimou as organizações de esquerda armada atuantes nas décadas de 1960 e 1970. No último dia 24, março de 2014, quase 40 anos depois da noite sangrenta no interior do Paraná, Malhães foi vítima de uma operação menos elaborada. Quatro homens invadiram seu sítio em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Usavam rádios e ficaram lá uma eternidade para um assalto – das 13 horas às 22 horas. Mataram Malhães e saíram com armas e objetos. De acordo com a polícia, o caseiro Rogério Pires, seus dois irmãos e um comparsa não identificado cometeram o crime. Difícil crer que quatro amadores mataram um profissional do assassinato. Leia mais
 
 
Cinco filhotes de jacaré e uma jiboia foram usados, na primeira metade dos anos 1970, para torturar os presos políticos levados para a carceragem do Pelotão de Investigações Criminais (PIC) do I Exército, na Rua Barão de Mesquita, na Tijuca, onde também funcionava o Destacamento de Operações de Informações (DOI). O tenente-coronel reformado Paulo Malhães, de 74 anos, na época lotado no DOI, disse que os animais eram dele e foram capturados no Rio Araguaia, na Região Amazônica, durante a campanha militar contra a guerrilha do PCdoB.
 
Malhães, que usava o codinome "doutor Pablo" na repressão. Leia mais
 
Juridicamente o que ocorre é que não há mais a necessidade de usar a teoria do domínio do fato contra os generais. Surgem documentos que comprovam o fato. É duro ver que, neste país, quando o poder quer condena sem provas, quando não quer, cria uma história de quase 40 anos para fazer pessoas acharem generais inocentes. Leia mais
 

Bolsonaro “convida” militares para o golpe

 
 
31
Mar22

A ditadura militar no Brasil torturou, matou e desapareceu com os corpos

Talis Andrade

ordem militar por latuff.jpeg

 

por Carlos Latuff

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A ditadura militar no Brasil torturou, matou e desapareceu com os corpos. Se estivéssemos numa nação de verdade e não uma republiqueta de bananas, os responsáveis por estas atrocidades deveriam ter sido julgados, presos e impedidos de fazer apologia ao golpe.

 

 

 

 

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