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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

27
Set18

NÃO EXISTEM PESSOAS HETEROSSEXUAIS, DIZ A CIÊNCIA

Talis Andrade

Quando muito, maioritariamente heterossexuais, segundo um estudo que garante que preto e branco é coisa que não se aplica à sexualidade humana. Isso e que somos todos mais fogosos na cama do que alguma vez pensámos.

 

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Texto de Ana Pago | Fotografias da Shutterstock

 

Romances cor-de-rosa e comédias românticas, com mais ou menos erotismo, têm todos a mesma fórmula. Um homem e uma mulher, uma atração irresistível, as mais variadas contrariedades, o clímax, e, enfim, felizes para sempre.

 

Tudo muito bonito, não fosse pelo facto de a ciência vir dizer que não há pessoas heterossexuais, o que pressupõe outros enredos bem mais interessantes. Para elas e para eles.

 

A sexualidade humana é complexa, fluida, impossível de conter nas típicas convenções sociais e culturais de género.

 

É pelo menos esta a conclusão de uma pesquisa publicada no Journal of Personality and Social Psychology (Jornal de Personalidade e Psicologia Social), segundo a qual a sexualidade humana é complexa, fluida, impossível de conter nas típicas convenções sociais e culturais de género que definem alguém como sendo heterossexual, gay, bissexual ou outro rótulo qualquer.

 

«Estamos a tentar chegar ao que as pessoas realmente são e não fiquei nada surpreendido», revela à revista canadiana Vice Ritch Savin-Williams, um dos autores do estudo que dirige também o Laboratório de Sexo e Género no Departamento de Desenvolvimento Humano da Universidade Cornell, em Nova Iorque. «Por vezes parece que vão num sentido, embora acreditem ter de mostrar que caminham noutro diferente, o que não é bom», diz.

 

Não é bom e não admira, à luz de uma sociedade ainda aferrada à ideia de que o indivíduo tem de poder encaixar numa ou noutra orientação, não há cá misturas. Isto quando, na prática, ao medir os efeitos fisiológicos da pornografia em mulheres e homens, a investigação de Savin-Williams apurou que os corpos delas – tal como os deles – reagem positivamente quer ao sexo heterossexual, quer ao homossexual.

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«Tem tudo a ver com a pessoa sentir-se livre para ser ativada por um ou outro género, apreciando a consciência do prazer», diz Cristina Mira Santos.

 

«Tem tudo a ver com energia erótica, com a pessoa sentir-se livre para ser ativada por um ou outro género, apreciando a consciência do prazer», explica a psicóloga e sexóloga Cristina Mira Santos. Porque insistimos à força numa compartimentação, nós e os outros? «Se sou mulher e gostei do toque de outra mulher, porque não encarar essa experiência como qualquer outra com alguém do sexo oposto?»

 

E eles também, óbvio, sublinha Cristina Mira Santos. A lógica que impera é a de que o sexo serve para procriar, contudo ter prazer e fazer filhos são coisas diferentes: «Se concebermos a separação entre aparelho reprodutor e sexual, com órgãos comuns mas funções distintas, porque é que um homem também não há de poder sentir-se atraído por alguém do mesmo sexo só por prazer?»

 

Uma questão que cruza diretamente com os resultados, no mínimo inesperados, de uma sondagem levado a cabo pela Victoria Milan, a plataforma de encontros para casais que procuram casos discretos: a avaliar pelos números, obtidos numa amostra de 1300 entrevistados de ambos os sexos em vários países do mundo, 87 por cento dos homens admitem que algumas das fantasias sexuais mais comuns incluem os seus melhores amigos do sexo masculino (veja as outras conclusões na fotogaleria).

 

Homens retraem-se mais do que as mulheres por serem rotulados, julgados e tratados com especial dureza pela sociedade.

 

Para o professor de desenvolvimento humano de Cornell, o facto de os homens se retraírem tanto comparativamente às mulheres deve-se a uma inclinação geral da sociedade para rotulá-los, julgá-los e tratá-los com particular dureza, às vezes a raiar a repugnância. Daí continuar a trabalhar numa formulação a que chama de «maioritariamente heterossexual», no sentido de desbloquear mentalidades.

 

«Sempre reconhecemos a existência de mulheres maioritariamente heterossexuais, isto é, mulheres que são sobretudo hetero, mas caso a mulher certa surja talvez experimentem também com ela», traduz Savin-Williams. Não sendo um fenómeno exclusivamente feminino – a sua própria pesquisa encarregou-se de lho mostrar –, que sentido faria deixar os homens de fora?

 

Numa sociedade mais aberta, muitos de nós sentir-se-iam atraídos por pessoas de ambos os sexos.

 

«Também eu penso que, numa sociedade mais aberta, muitos de nós se sentirão atraídos por pessoas de ambos os sexos», admite o psiquiatra e sexólogo Júlio Machado Vaz ressalvando, desde logo, a diferença entre isso e dizer que somos necessariamente bissexuais, ou poderíamos andar todos a saltitar entre fases mais hetero, gay ou bi – não é verdade.

 

«Ao longo dos anos, ouvi inúmeros homossexuais lamentarem o fracasso de tentativas desesperadas para se manterem ao abrigo do preconceito», justifica o especialista, sabendo que nem no meio da maior homofobia social, por necessidade, conseguiam que essa alegada capacidade latente viesse ao de cima para lhes facilitar a vida.

 

A psicóloga Cristina Mira Santos explica a evidência com processos inconscientes de substituição: «Num casal de lésbicas, por exemplo, há muitas vezes um membro com uma energia mais yin, feminina, e outro mais yang, que por escolher o papel masculino se torna reativo a gostar de homens.»

 

Em matéria de prazer, os olhos são o espelho da alma, como crê a sabedoria popular.

 

O mesmo sucede num casal de dois homens, diz Mira Santos: à partida, o yang estará mais aberto ao erotismo com mulheres do que o parceiro yin, que se identifica com elas e, como tal, não se sente ativado por um corpo feminino.

 

E ao que parece os olhos são mesmo o espelho da alma em matéria de prazer, garantem os cientistas da Universidade Cornell. «Basicamente, o que fizemos neste estudo foi avaliar a orientação sexual de alguém vendo se os seus olhos dilatavam ou não, algo que não podemos controlar», conta Savin-Williams. É a derradeira missão do projeto: determinar a sexualidade sem se fiar no que cada um diz de si. Palavras só atrapalham.

 

«Outro modo de fazê-lo era analisar a resposta genital ao estímulo, mas seria um pouco invasivo», acrescenta o especialista norte-americano, dando razão a Shakespeare quando dizia que há mais coisas entre o céu e a terra – neste caso entre normas de género – do que sonha a nossa vã filosofia. Uma coisa é certa: a sexualidade humana acabou de se tornar muito menos aborrecida. In Diário de Notícias/ Portugal

16
Set18

Grupo ‘Mulheres Unidas Contra Bolsonaro’ publica carta contra o fascismo

Talis Andrade

O tratamento desrespeitoso dirigido às mulheres, aos negros, indígenas, homossexuais, o culto à violência, a agressão contra adversários, a defesa da tortura e de torturadores, constituem manifestações que devem ser combatidas por aqueles que acreditam nos princípios civilizatórios que possibilitam a existência de uma sociedade democrática e plural

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Grupo 'Mulheres Unidas Contra Bolsonaro', organizado na rede social Facebook, publicou carta 

 

CARTA DAS BRASILEIRAS EM DEFESA DA DEMOCRACIA, DA IGUALDADE e RESPEITO À DIVERSIDADE

 

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O Brasil vive um momento especialmente dramático de sua história. Nas eleições mais conturbadas após o fim da Ditadura civil militar, assistimos à perigosa afirmação, por um dos candidatos à Presidência, de princípios antidemocráticos, expressos num discurso fundado no ódio, na intolerância e na violência.

 

Se a posição deste candidato era pública, tendo sido reiteradamente manifesta ao longo dos 27 anos em que vem atuando na Câmara Federal, causa perplexidade a adesão a tais princípios por parte significativa da sociedade brasileira.

 

O tratamento desrespeitoso dirigido às mulheres, aos negros, indígenas, homossexuais, o culto à violência, a agressão contra adversários, a defesa da tortura e de torturadores, constituem manifestações que devem ser combatidas por aqueles que acreditam nos princípios civilizatórios que possibilitam a existência de uma sociedade democrática e plural.

 

Neste contexto, nós, mulheres, vítimas de agressões e desqualificações por parte deste candidato, viemos à público expressar nosso mais veemente repúdio aos princípios por ele defendidos, conclamando a população brasileira a se unir na defesa da democracia, contra o fascismo e a barbárie.

 

Somos muitas, para além de UM MILHÃO que integra este grupo. Defendemos candidatos e candidatas distintas, dos mais diferentes matizes político- ideológicos. Temos experiências e visões de mundo diversas, assim como são distintas nossas idades, orientações sexuais, identidades étnico- raciais e de gênero, classe social, regiões do país em que vivemos, posições religiosas, escolaridade e atividade profissional.

 

Na verdade, nos constituímos como coletivo a partir de uma causa comum, expressa nesta carta: a rejeição à prática política do candidato e aos princípios que a regem. Nos constituímos nas redes sociais, unidas numa corrente crescente e ativa, pela necessidade de tornar pública nossa posição no exercício da cidadania e participação, a partir da identidade feminina que nos congrega.

 

Nós, mulheres, historicamente inferiorizadas e marginalizadas, sujeitas a toda sorte de violência e desrespeito, recusamos hoje o silêncio e a submissão, herdeiras de uma luta há muito travada por mulheres que nos antecederam.

 

Somos aquelas que constituem a maioria do eleitorado brasileiro, ainda que sub-representadas na política partidária. Somos aquelas que, gestando e alimentado novas vidas, defendemos o direito de todos e todas a uma vida digna. Somos aquelas que, temendo pelas nossas vidas, pelas vidas de nossos filhos, filhas, companheiros e companheiras, diante da violência que assola e corrói a sociedade brasileira, somos contra a liberação do porte de armas, que só irá piorar o já dramático quadro atual.

 

Somos aquelas que, recebendo salários inferiores, com menor chance de contratação e progressão nos espaços de trabalho, entendemos que cabe aos governantes, à semelhança do que já ocorre em muitos países, construir políticas de igualdade salarial entre homens e mulheres.

 

Somos aquelas que , vítimas de assédio, estupro, agressão e feminicídio, defendemos o direito à liberdade no exercício da vida afetiva e sexual, demandando do Estado proteção e punição aos crimes contra nós cometidos.

 

Somos aquelas que protestam contra a perseguição e violência contra a população LGBTQ, porque entendemos que cada ser humano tem direito a viver sua identidade de gênero e orientação sexual.


Somos aquelas que se insurgem contra todas as formas de racismo e xenofobia, que defendem um país social e racialmente mais justo e igualitário, que respeite as diferenças e valorize as ancestralidades.

 

Somos aquelas que combatem o falso moralismo e a censura às expressões artísticas, que defendem a livre manifestação estética, o acesso à cultura em suas múltiplas manifestações.

 

Somos aquelas que defendem o acesso à informação e a uma educação sexual responsável, através de livros, filmes e materiais que eduquem as crianças e jovens para o mundo contemporâneo.

 

Somos aquelas que defendem o diálogo e parceria com escolas, professores e professoras na educação de nossos filhos e filhas, sustentados na laicidade, no aprendizado da ética, da cidadania e dos direitos humanos.

 

Somos aquelas que querem um país com políticas sustentáveis, que respeitem e protejam o meio ambiente e os animais, que garanta o direito à terra pelas populações tradicionais que nela vivem e trabalham.

 

Somos muitas, somos milhões, somos:

#MULHERES UNIDAS CONTRA BOLSONARO
CONTRA O ÓDIO, A VIOLÊNCIA E A INTOLERÂNCIA

 

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22
Abr18

Denúncia de abuso sexual estremece o mais famoso celeiro de jogadores do Brasil Crianças à mercê do abuso sexual no futebol brasileiro

Talis Andrade

“Nunca contei a ninguém sobre o que aconteceu. Só queria esquecer e continuar jogando futebol, mas não consegui”, diz Ruan Pétrick, que acusa ter sido molestado aos 11 anos por um dirigente do Santos

 

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Ruan Pétrick denunciou dirigente do Santos por abuso sexual. RENATO PIZZUTTO

 

Seguir os passos do conterrâneo Paulo Henrique Ganso e trilhar o caminho bem-sucedido de Neymar. Foi com esse pensamento que Ruan Pétrick Aguiar de Carvalho saiu de casa aos 10 anos, em Marabá, no interior paraense, para embarcar rumo a São Paulo com um time amador. Mas, ao contrário do que sempre sonhou, seu nome não ganharia o noticiário como mais uma história em que o menino pobre alcança o estrelato da bola. Na última semana, ele procurou a polícia para registrar queixa contra Ricardo Marco Crivelli, o Lica, coordenador das categorias de base do Santos Futebol Clube, por abuso sexual. Lica nega a acusação, mas a Delegacia de Repressão e Combate à Pedofilia na capital paulista abriu inquérito para investigar o caso.


De acordo com o boletim de ocorrência, o abuso teria ocorrido em 2010. Com 11 anos, Ruan estava sem clube após treinar na Portuguesa Santista e conheceu Crivelli no alojamento onde morava em São Paulo. Segundo depoimento à polícia, Lica, que até então atuava como observador técnico do Santos, teria acariciado seu corpo e praticado sexo oral com ele durante uma noite. “O cara prometeu que me levaria pra jogar no Santos. Depois de algumas semanas, eu fui chamado para entrar no clube”, conta Ruan ao EL PAÍS.


Ele ficou na base do Santos por um ano e meio. Ao longo desse tempo, conviveu com chacotas de companheiros de time, que tripudiavam de sua proximidade com o dirigente.

10
Dez17

[Baixaria do senador Malta ao justificar a separação da atual esposa Lauriete do primeiro marido]

Talis Andrade

por Joaquim de Carvalho, DCM

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Lauriete e Magno Malta em Jerusalem 

 


O senador Magno Malta se apresenta como defensor da família e, assim, tem conseguido sucessivos mandatos desde 1994. Ex-pastor evangélico, foi deputado estadual, deputado federal e é senador. Mas há um capítulo de sua biografia que pastores evangélicos veem como escandaloso e atentatório aos valores que ele diz defender, os da família. É o casamento dele com a cantora gospel Lauriete, do Espírito Santo.


Ela era casada quando foi para Brasília, eleita deputada federal com o apoio do marido, o pastor evangélico Reginaldo Almeida.


Logo depois de assumir o mandato na Câmara, Lauriete se separou, mas nunca disse o motivo. Para quem conhece os dois, a razão do divórcio, em 2012, seria o relacionamento com Magno Malta.


O então presidente da Assembléia Legislativa do Espírito Santo, Theodorico Ferraço, chegou a dizer publicamente, após uma reunião: “O homem (Magno Malta) não é fácil, não. Em Brasília, todo mundo já sabe. De mãozinhas dadas e tudo mais”.


Magno já era divorciado e casou com Lauriete em cerimônia para poucos convidados. Logo depois, passou a exibir a tatuagem com o nome Lauriete no braço e, nas poucas vezes em que falou sobre o romance, se disse apaixonado.


Celso Russomanno, que é seu amigo, entrevistou o casal num programa de televisão e disse que viu a transformação de Magno Malta quando ele começou a namorar Lauriete.
“Os olhos deles brilhavam”, afirmou, enquanto Magno e Lauriete se acariciavam, com as mãos entrelaçadas.


Um jornalista que é amigo de Magno Malta, Jackson Rangel, publicou uma nota na Folha de Vitória que dá idéia de como esse caso desceu aos padrões mais baixos do que pode se entender por comportamento civilizado: Antes mesmo de assumir o namoro com Lauriete, Magno teria dito a respeito do marido dela, ex-deputado estadual e vereador, para justificar a separação e diminuir a pressão dos evangélicos:
“Ele é um canalha, vagabundo e nojento. Foi flagrado na cama com outro homem. E a empregada gravou tudo. Ela nunca desconfiou disso, mas agora está tudo muito claro. Eu estava ajudando ele acertar seus problemas no Tribunal de Contas da União, mas larguei tudo” [Malta ao citar o Tribunal de Contas insinua que o então marido de Laurinete era corrupto. Uma acusação que sobra para Malta. Como explicar a ajuda a um político desonesto?...].


Magno desmentiu a frase no dia seguinte, mas antes o jornalista seu amigo já tinha retirado a nota do ar. A declaração, no entanto, ficou na rede tempo suficiente para que fosse compartilhada, e a versão ainda hoje seja repetida em sites evangélicos.


O que aconteceu com Magno Malta e Lauriete pode acontecer com qualquer pessoa —o casamento anterior se desgastar, terminar e surgir um novo amor. Não é desejável, mas acontece.


O que chama a atenção nesse episódio é que, até alguns meses antes do namoro com Magno Malta, Lauriete parecia ter um casamento perfeito. Já durava 20 anos, ela e o marido Reginaldo tinham uma filha e eram bem sucedidos.


Lauriete fazia declarações públicas de amor ao marido, como em um vídeo gravado por ocasião do lançamento de um disco da cantora:
”Um beijo grande para o meu esposo Reginaldo, que incansavelmente tem estado do meu lado. Em tudo. Em todos os momentos. E eu louvo a Deus por sua vida, Reginaldo. Deus te abençoe. Eu te amo muito”.

 

[MALTRATOU A ENTEADA,

UMA CRIANÇA]


Magno Malta, presidente de um CPI no congresso que apura maus-tratos a crianças e adolescentes, é um político que costuma alardear rígidos padrões morais [Que explicação Laurinete deu para a filha, o pai acusado de ser homossexual por Malta?]
E para chamar a atenção para suas bandeiras conservadoras, ele já protagonizou cenas de impacto. Em 2000, levou para depor no Congresso Nacional um homem mascarado.
O depoimento não era em si uma grande bomba — ele acusava um delegado de plantar provas para acusá-lo de tráfico de um quilo de cocaína—, mas a foto de Magno Malta ao lado do mascarado apareceu na primeira página de todos os grandes jornais e ajudou a avançar sua carreira político e se eleger senador.


No processo de cassação de Dilma Rousseff, Magno Malta foi irônico e cantou:
“Eu quero mostrar que eu sou cristão, vou mostrar que sou cristão e à presidente Dilma vou dedicar uma canção de uma grande compositora brasileira, intérprete da música sertaneja, chamada Roberta Miranda: “Vá com Deus, vá com Deus”.


Deus não sai da boca de Magno Malta.
Em nome dele, aprovou a convocação coercitiva do curador da exposição Queermuseu e do ator de uma performance no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM).
Para evangélicos como ele, o casamento com Lauriete não é propriamente digno de quem parece dizer a todos que está na Terra com a missão de ensinar os outros a viverem. 

 

[Lauriete e o primeiro marido eram proprietários da gravadora Praise Records, uma parceria de treze anos, sediada em Vitória. Desfeito o casamento, Lauriete fundou a editora Efrata Music.

 

A Praise Records nasceu em 1999, em Vila Velha, após Lauriete ter gravado 13 discos por diversas gravadoras. Ao decidir lançar o seu décimo quarto trabalho de forma independente, a cantora e seu ex-marido fundaram um selo próprio, cujo primeiro trabalho foi o álbum Palavras. A gravadora também lançou artistas como Shirley Kaiser e Amanda Ferrari] Os trechos entre colchetes são da autoria deste correspondente.

 

 

 

23
Ago17

Igreja afasta padre suspeito de assediar adolescente em Minas Gerais

Talis Andrade

padare sexo.jpg

 


Caso é investigado pela delegacia da cidade de Boicauva, e decisão pelo afastamento foi tomada pela Arquidiocese de Montes Claros


por Luiz Ribeiro


Um padre de Bocaiuva, no Norte de Minas, foi afastado de suas funções religiosas devido à suspeita de assediar sexualmente um adolescente de 17 anos. Após denúncia feita pela familia, que gravou conversas telefônicas com o sacerdote, o caso está sendo apurado pela Polícia Civil e pelo Ministério Público Estadual. O suspeito deverá comparecer amanhã à delegacia para prestar depoimento.

 

O padre, de 52 anos, estava em Bocaiuva há quatro meses como vigário da Paróquia do Senhor do Bonfim (padroeiro da cidade). Antes, na manhã desta terça-feira, a assessoria de comunicação da Arquidiocese de Montes Claros informou que, por decisão do arcebispo dom José Alberto Moura, o pároco continuará afastado de suas funções "até que as investigações sejam concluídas e tudo seja esclarecido." O religioso também será alvo de um processo de apuração por parte da Igreja Católica.

 

Conforme informações divulgadas por uma pessoa da família do adolescente, o assédio teria começado quando o padre conheceu o jovem e o convidou a fazer parte de um grupo de oração. Na mesma ocasião, o pároco teria solicitado o número do telefone celular do adolescente, passando a ligar para ele insistentemente, com conversas libidinosas. Na sequência, o adolescente gravou os contatos telefônicos. Em uma das conversas, o padre teria oferecido dinheiro ao menor em troca de sexo, segundo denúncia da familia da vítima.

 

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