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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

10
Dez18

Escândalo dos Bolsonaro desmascara Moro (vídeos)

Talis Andrade

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por Eduardo Guimarães

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O primeiro grande escândalo do governo Bolsonaro começa antes mesmo da posse do presidente eleito. E já tem potencial para desmascarar meio mundo, a começar pelo juiz Sergio Moro, desde já o futuro homem-forte do novo governo.

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Mas antes de falar de Moro, há que lembrar a cena patética do enroladíssimo ministro-chefe da Casa Civil de Bolsonaro, Onyx Lorenzoni: em vez de responder a uma simples pergunta sobre a origem do 1,2 milhão de reais que transitou pela conta do motorista de Flávio Bolsonaro, Lorenzoni xingou os repórteres, acusou o PT e deixou a entrevista no meio.

 

Questionado sobre a origem do dinheiro, Lorenzoni se enfureceu.

 

“Eu lá sou investigador? Qual é a origem do dinheiro? Quando o senhor [repórter que havia feito a pergunta] recebeu este mês? Não tem cabimento essa sua pergunta”, esbravejou o ministro, antes de abandonar a entrevista. ” Um milhão eu não recebi”, respondeu o repórter.

 

Mas ninguém pode se surpreender com esse sujeito. Afinal, ele é criminoso confesso. No primeiro semestre, admitiu ter recebido dinheiro sujo da JBS.

O que deveria chocar – mas não choca quem é bem informado – é a postura do ex-juiz Sergio Moro.

 

Ele, que disse que virou ministro de Bolsonaro para melhor combater a corrupção, na verdade acaba de mostrar que seu objetivo é bem diferente do que alegou, pois se calou, vergonhosamente, sobre a denúncia do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) que atinge a família Bolsonaro inteira, já que dinheiro suspeito foi parar nas mãos da mulher do presidente eleito.

 eleito.

Na verdade, só por participar do governo Bolsonaro o ex-juiz já deixa ver que combater a corrupção não é – nem nunca foi – seu objetivo, já que defendeu um membro do novo governo que CONFESSOU ter recebido dinheiro de corrupção.

Moro diz ter “confiança” em Lorenzoni, de modo que acha que não há o que questionar, mas não é o que pensa o Supremo Tribunal Federal, que já abriu investigação contra o futuro chefe da Casa Civil de Bolsonaro.

O governo Bolsonaro será bom para o Brasil. Não, eu não estou louco. A corrupção desenfreada e a hipocrisia escancarada do novo governo vão tratar de mostrar ao povo que cometeu essa cretinice de elegê-lo que política é coisa séria e que votar em um picareta como Bolsonaro só por raiva do PT é coisa de idiota.

 

 

09
Dez18

Bolsonaro fala de cheque suspeito de R$ 24 mil para mulher: assessor 'tinha dívida comigo' (vídeos)

Talis Andrade

 

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No dia em que cancelou a agenda por "razões médicas" e viu o seu ministro-chefe da Casa Civil ficar nervoso, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) resolveu falar sobre a polêmica em torno de um cheque de R$ 24 mil recebido pela mulher, Michelle Bolsonaro, cujo repasse é investigado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), informa Sputnik. 

 

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Em entrevista ao site O Antagonista, Bolsonaro afirmou que o ex-policial militar Fabrício José de Queiroz – motorista do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente eleito – realizou o repasse para uma conta de Michelle em razão de uma dívida contraída junto ao ex-capitão do Exército Brasileiro.                          

 

Emprestei dinheiro para ele em outras oportunidades. Nessa última agora, ele estava com um problema financeiro e uma dívida que ele tinha comigo se acumulou. Não foram R$ 24 mil, foram R$ 40 mil. Se o Coaf quiser retroagir um pouquinho mais, vai chegar nos R$ 40 mil"

 

De acordo com Bolsonaro, Queiroz fez 10 cheques de R$ 4 mil para o pagamento da mencionada dívida. Contudo, o Coaf investiga operações suspeitas de R$ 1,2 milhão envolvendo o nome do ex-PM, conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo na última quinta-feira, e apontou um cheque compensado de R$ 24 mil para a futura primeira-dama.

 

Sem se pronunciar sobre o caso até então, o presidente eleito também procurou explicar o motivo de ter indicado a conta da mulher para receber a dívida que o assessor do filho teria com ele

 

Eu podia ter botado na minha conta. Foi para a conta da minha esposa, porque eu não tenho tempo de sair. Essa é a história, nada além disso. Não quero esconder nada, não é nossa intenção", acrescentou Bolsonaro, que explicou que Queiroz é seu amigo desde 1984, quando se conheceram na Brigada Paraquedista do Exército.

 

Até que o ex-PM se explique sobre as movimentações incompatíveis, Bolsonaro garantiu ter cortado relações com ele. Anteriormente, Flávio Bolsonaro também afirmou desconhecer as operações suspeitas envolvendo o seu agora ex-motorista.

 

Mais cedo nesta sexta-feira, o futuro ministro-chefe da Casa Civil de Bolsonaro, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), demonstrou irritação ao ser perguntado sobre o caso em uma coletiva de imprensa em São Paulo, onde participou de um encontro com empresários do LIDE, grupo que pertence à família do governador eleito de São Paulo, João Doria (PSDB).

 

A gente precisa saber separar o joio do trigo. Neste governo é trigo, não dá para achar que esse governo vai ser igual ao do PT. Não é e nunca vai ser. A turma do mal está do lado de lá. O problema é que a aliança ideológica que se construiu no Brasil faz com que vocês queiram misturar um governo decente, que está apenas no seu alvorecer, com a lambança que o PT fez por 14 anos. O presidente [Bolsonaro] é um homem que não teme a verdade assim como eu não temo a verdade. A pergunta é onde que estava o cofre do mensalão"

 

Perguntado sobre a origem do dinheiro mencionado pelo Coaf, o parlamentar perdeu a paciência e devolveu com uma outra pergunta.

 

"Quanto o senhor recebeu esse mês? Essa pergunta não tem a menor relevância", completou, antes de abandonar a entrevista.

 

Em outro evento, o ex-juiz federal Sérgio Moro - futuro ministro da Justiça de Bolsonaro - evitou a imprensa para não opinar sobre o caso.

 

A promessa de acabar com a velha política do "toma lá, dá cá", com distribuição de ministérios e cargos em troca de votos, foi uma das plataformas defendidas com veemência por Bolsonaro. Entretanto, antes mesmo de assumir o presidente eleito já está sob pressão, a começar pela própria investigação contra Lorenzoni por uso de caixa 2 – irregularidade que o próprio já confessou em vídeo – que corre no Supremo Tribunal Federal (STF).

 

Por ora, Bolsonaro prometeu usar a sua caneta para demitir qualquer pessoa do seu governo que tenha provas robustas contra si.

 

 

09
Dez18

Não vai ter trégua, Onyx. O mecanismo segue operando

Talis Andrade

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por Helena Chagas

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Nunca antes na história deste país um presidente eleito conseguiu tanta mídia negativa antes de tomar posse quanto Jair Bolsonaro esta semana. Dos grandes jornais à TV Globo, sem falar nos portais e redes sociais, o caso Coaf tomou conta do noticiário a partir do vazamento do relatório sobre a movimentação bancária suspeita do ex-assessor de Flávio Bolsonaro na Alerj, Fabricio Queiroz.

Mostrando pouco traquejo, e até falta de equilíbrio emocional para lidar com a crise – o futuro ministro Onyx Lorenzoni abandonou uma entrevista botando o dedo na cara dos jornalistas- Bolsonaro e seus assessores podem até tentar culpar a grande mídia e acusar os jornalistas de perseguição, mas não terão como sustentar esse argumento por muito tempo.

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A descoberta vem da investigação filhote da Lava Jato que prendeu dez deputados estaduais do Rio por esquemas de propina e outros crimes na Alerj. Foi lá que o Coaf descobriu a movimentação de R$ 1,2 milhão na conta do assessor, na qual sete outros assessores do senador eleito fizeram depósitos e da qual teriam saído cheques para a futura primeira dama Michelle Bolsonaro.

Sem entrar no mérito da denúncia em si, que poderá ou não ser explicada satisfatoriamente pelos Bolsonaro, há uma constatação inevitável em sua divulgação: o mecanismo, que se não foi inventado em Curitiba foi lá consolidado como modelo de gestão de investigações pela Lava Jato, continua funcionando a todo o vapor. E não há o menor sinal de que vai parar depois da eleição de Bolsonaro.

Esse mecanismo tem como pilar importante a divulgação, ou o vazamento, de informações, relatórios (como esse do Coaf), trechos de depoimentos de delatores quase sempre comprometedores para os políticos que estão no alvo – que, culpados ou inocentes, ficam sabendo pela mídia. E o roteiro sempre segue a partir daí: noticiário, abertura de inquérito, denúncia e, claro, a desmoralização da política.

Esse foi, aliás, um dos componentes importantes da eleição de Bolsonaro: o voto antipolítica e anticorrupção. Mas o mecanismo continua vivo e, mais cedo do que se imaginava, volta-se contra ele e os seus.

Ao nomear o juiz Sérgio Moro para comandar a Justiça, com superpoderes para combater a corrupção, o presidente eleito apertou ainda mais a armadilha na qual agora se encontra

Não pode questionar as investigações e nem seus comandantes, não poderá sequer pedir algum alívio à Polícia Federal, ao Coaf ou a quem quer que seja.

O futuro ministro Onyx, ele mesmo alvo numa acusação de caixa 2, ficou nervoso e chegou a pedir trégua à imprensa. Não vai haver trégua, Onyx. Sempre haverá um agente público disposto a vazar uma informação que comprometa alguém, e sempre haverá um jornalista pronto a publicá-la antes da concorrência. E o público acostumado a esse cardápio pedindo sempre mais. Apertem os cintos.

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09
Dez18

FOLHA EMPAREDA BOLSONARO: QUAL A ORIGEM DO DINHEIRO?

Talis Andrade

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O clã Bolsonaro ainda não explicou suas relações com o ex-assessor Fabrício Queiroz, nem a origem dos recursos movimentados por ele – nada menos que R$ 1,2 milhão em um ano, incompatíveis com seus rendimentos. É o que aponta editorial da Folha, publicado neste sábado.

 

"Afinal, qual a origem do dinheiro à disposição do assessor parlamentar? Por que ele tinha valores a pagar à esposa do presidente eleito?", questiona o texto.

 

"O caso torna-se mais nebuloso ao se saber que o assessor também fez depósitos em favor de sua filha —até recentemente empregada no gabinete de Jair Bolsonaro. Para que não pairem dúvidas sobre a conduta do futuro chefe do Executivo e de seus familiares, é preciso que o caso seja esclarecido com presteza. As explicações dadas até agora para tantas operações permanecem insatisfatórias."

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09
Dez18

Mouão pede explicação sobre bolsogate

Talis Andrade

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247 - Como se não bastasse a cobrança externa - de opositores e da grande mídia - sobre o escândalo do Bolsogate, o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), passou a ser pressionado pela própria cúpula de seu governo sobre o R$ 1,2 milhão suspeito na conta de Fabricio Queiroz, ex-assessor do deputado estadual Flávio Bolsonaro, seu filho, e sobre o cheque nominal à futura primeira-dama, Michele Bolsonaro, no valor de R$ 24 mil.

 

O vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão, pediu respostas sobre o caso neste sábado 8, ao ser questionado pela jornalista Andreia Sadi, da Globo. "O ex-motorista, que conheço como Queiroz, precisa dizer de onde saiu este dinheiro. O Coaf rastreia tudo. Algo tem, aí precisa explicar a transação, tem que dizer", cobrou Mourão.

 

A respeito de Bolsonaro, declarou: "Ele colocou a justificativa dele. Ele já disse que foi um empréstimo. O Queiroz precisa explicar agora". Mas cobrou que o governo sempre dê explicações à sociedade. "Senão fica parecendo que está escondendo algo".

 

O militar também criticou a postura do futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, por ter fugido da coletiva nesta sexta quando foi questionado sobre o escândalo. "Ele tá estressado. Quando responde daquele jeito, parece que tem culpa no cartório. Quando me perguntam, eu respondo claramente, com tranquilidade. Temos que falar", provocou.

 

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08
Dez18

Oito assessores de Flávio Bolsonaro fizeram depósitos para ex-motorista

Talis Andrade

Fabricio Queiroz, que teve ‘movimentação atípica’ de R$ 1,2 milhão detectada pelo Coaf, recebeu dinheiro de servidores que atuaram no gabinete do deputado

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O senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL) e seu ex-motorista Fabricio Queiroz 

 

 

Segundo relatório do Coaf, o ex-assessor do deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL), o subtenente da Polícia Militar Fabrício José de Carlos Queiroz, recebeu depósitos em espécie e por meio de transferências de oito funcionários que já foram ou estão lotados no gabinete do parlamentar. De acordo com as investigações da Operação Furna da Onça, houve uma movimentação atípica de R$ 1,2 milhão entre 01/01/2016 e 31/01/2017 na conta do ex-assessor.

 

Do total, 116.556 reais foram transferidos por assessores que trabalharam para Flávio em algum momento. 

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Deputados estaduais do Rio de Janeiro avaliam encaminhar à Corregedoria da Assembleia Legislativa (Alerj) uma representação à Corregedoria, que está sendo discutida por partidos de esquerda. Seria o primeiro passo para a abertura de um processo no Conselho de Ética da Assembleia Legislativa. A medida, porém, teria um efeito mais político do que prático já que, em fevereiro, Flávio Bolsonaro deixará de ser deputado estadual, e assumirá uma cadeira no Senado. A investigação poderia também servir de base a uma denúncia ao Ministério Público.

 

Este não seria o primeiro caso de apropriação de salários de servidores.

 

Entre as movimentações de Fabrício José Carlos de Queiroz listadas está a emissão de cheques que somam 24.000 reais para a futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

 

Em entrevista ao site O Antagonista, Bolsonaro disse que Queiroz devia-lhe dinheiro – 40.000 reais – e fez o pagamento à Michelle. 

 

“Emprestei dinheiro para ele em outras oportunidades. Nessa última agora, ele estava com um problema financeiro e uma dívida que ele tinha comigo se acumulou. Não foram 24 mil reais, foram 40 mil.

 

Foram dez chequede R$ 4 mil".

 

Neste sábado 8, voltou a dar uma explicação sem sentido sobre o cheque à futura primeira-dama: "questão de mobilidade", declarou

 

Bolsonaro diz que dinheiro foi para conta de sua mulher porque “não tem tempo de sair”, mas em novembro foi ao banco 3 vezes em 4 dias

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"Não botei na minha conta por questão de... Eu tenho dificuldade para ir em banco, andar na rua. Deixei para minha esposa. (...) Mas ninguém recebe ou dá dinheiro sujo com cheque nominal, meu Deus do céu".

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Um motorista possui um milhão e duzentos mil no banco, e pede 40 mil emprestados... 

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08
Dez18

SOLLA IRONIZA MORO QUE INVENTOU O MAIOR ESQUEMA DE CORRUPÇÃO DA HISTÓRIA DA HUMANIDADE PARA PRENDER LULA E ELEGER BOLSONARO

Talis Andrade

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"A GRANA que o motorista do Bolsonaro tinha na conta é superior ao que Sérgio Moro alega que Lula recebeu para reformar o sítio como pagamento da propina do 'maior esquema de corrupção da história da humanidade'", ironizou o deputado federal Jorge Solla (PT-BA).

 

A GRANA que o motorista do Bolsonaro tinha na conta é superior ao que Sérgio Moro alega que Lula recebeu para reformar o sítio como pagamento da propina do "maior esquema de corrupção da história da humanidade".

 

O ex-juiz Sergio Moro, que será o futuro ministro da Justiça, não quis falar sobre o "bolsogate" – escândalo que atinge a família Bolsonaro e revela movimentações de R$ 1,2 milhão feitas por um ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). Questionado sobre o caso, ele preferiu silenciar.

 

"Depois de passar os últimos dias tendo que responder sobre suposto caixa 2 do futuro ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, Sergio Moro agora foi questionado sobre o relatório do Coaf (que passará a ser da alçada de Moro na Justiça) que revelou movimentação atípica na conta de um assessor do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). Sobre o filho do presidente, ao menos por enquanto, Moro preferiu ficar quieto", informa o site BR 18.

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07
Dez18

Coaf: movimentação suspeita cita nome de ex-secretária de Bolsonaro

Talis Andrade

Nathália Melo de Queiroz, filha de ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PSL) que movimentou R$ 1,2 milhão, foi secretária do presidente eleito até o dia 15 de outubro

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O relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que identificou movimentação suspeita de R$ 1,2 milhão do ex-assessor do deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL), cita também o nome de Nathália Melo de Queiroz, ex-secretária parlamentar de Jair Bolsonaro (PSL). Até o mês passado, ela estava lotada no gabinete da Câmara do presidente eleito.

 

Nathália é filha de Fabrício José Carlos de Queiroz, ex-assessor e motorista do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL). Segundo o Coaf, Queiroz movimentou em sua conta R$ 1,2 milhão, valor cerca de 500% superior aos seus rendimentos. Consta da folha de pagamento da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) de setembro que ele recebia R$ 8,5 mil. Além disso, o motorista acumulava um rendimento mensal de R$ 12,6 mil da Polícia Militar.

 

Segundo reportagem do Estadão, as movimentações suspeitas identificadas pelo Coaf também ocorreram entre as contas de Queiroz e sua filha Nathália. O nome da ex-secretária de Bolsonaro aparece duas vezes no relatório do conselho, mas não há detalhes sobre os valores individuais transferidos entre ela e o pai. No documento, por sua vez, consta o valor total de R$ 84 mil junto ao nome dela. De acordo com a folha de pagamento da Câmara dos Deputados, Nathália recebeu R$ 10 mil em setembro. Ela também foi exonerada no dia 15 do mês passado.

 

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Transferência para Michelle Bolsonaro


No relatório do Coaf entregue ao MPF consta também uma transferência de Queiroz para a futura primeira-dama Michelle Bolsonaro. De acordo com o documento, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro transferiu um cheque de R$ 24 mil para a esposa de Jair Bolsonaro. O cheque foi compensado e consta na lista de valores pagos por Queiroz.

 

O líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS), ingressou na Procuradoria-Geral da República, nesta quinta-feira (6) com representação criminal pedindo a abertura de procedimento de investigação para apurar possíveis ilícitos criminais e administrativos envolvendo o deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e a futura primeira-dama da República, Michele Bolsonaro.

 

O relatório do Coaf foi solicitado pelo Ministério Público Federal que investiga um esquema de corrupção na Alerj. No dia 8 deste mês, dez deputados estaduais foram presos.

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07
Dez18

Ex-assessor de Flavio Bolsonaro movimenta 1,2 milhão

Talis Andrade

Reportagem de ‘O Estado de S.Paulo’ revela transações ‘incompatíveis com patrimônio’ de ex-motorista do filho do presidente eleito; há cheque de 24.000 para a futura primeira-dama

deputado estadual Flávio Bolsonaro eleito senador

O senador eleito Flávio Bolsonaro. ROQUE DE SÁ. AGÊNCIA SENADO

Um ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro, filho do presidente eleito Jair Bolsonaro, movimentou 1,2 milhão de reais em uma conta entre janeiro de 2016 e o mesmo mês de 2017. O montante, considerado atípico, foi citado em um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão de fiscalização ligado ao Ministério da Fazenda, revelou nesta quinta-feira O Estado de S.Paulo.

O ex-assessor, Fabrício José Carlos de Queiroz, é policial militar e trabalhava como motorista e segurança de Flávio Bolsonaro. De acordo com o jornal, ele estava lotado no gabinete do parlamentar na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) até 15 de outubro deste ano, quando foi exonerado.

 

O relatório do Coaf em que aparece o nome de Queiroz faz parte da investigação que originou a operação que, no mês passado, levou à prisão de dez deputados estaduais do Rio de Janeiro. O Ministério Público Federal —diz o jornal— havia pedido ao Coaf um pente fino em todos os funcionários e ex-trabalhadores da Assembleia com transações financeiras suspeitas.

 

Embora Queiroz seja mencionado no documento, nem ele nem Flávio Bolsonaro foram alvos dessa operação, chamada Furna da Onça. "O Coaf informou que foi comunicado das movimentações de Queiroz pelo banco porque elas são 'incompatíveis com o patrimônio, a atividade econômica ou ocupação profissional e a capacidade financeira' do ex-assessor parlamentar", diz a reportagem do Estadão, que aponta que, na Alerj, Queiroz tinha salário de 8.517 reais. Além do mais, ele também tinha vencimentos da Polícia Militar do Rio, no valor de 12.600 reais mensais.

 

Estadão mostra que ainda, entre as movimentações do ex-assessor de Flávio Bolsonaro que foram mapeadas pelo Coaf, há um cheque de 24.000 reais destinado a Michelle Bolsonaro, esposa do presidente eleito e futura primeira-dama do Brasil. Também foram identificados saques em espécie que somam 320.000 reais, sendo que 159.000 foram sacadas em uma agência bancária dentro do prédio da Alerj.

 

O jornal procurou Queiroz, que disse "não saber nada sobre o assunto". Já a assessoria de Flávio Bolsonaro disse não ter qualquer "informação que desabone" a conduta do ex-colaborador do parlamentar. O presidente eleito não se manifestou até o momento. [Transcrito do El País, Espanha]

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