A suprema hipocrisia de Sérgio Moro 2
Gabou-se de ter recuperado R$ 4 bilhões no combate à corrupção. Mas estudos mostram que o impacto negativo da Lava Jato chega a R$ 140 bilhões e provocou o encolhimento do PIB em 2,5%. A Lava Jato quebrou empresas, provocou indenizações bilionárias da Petrobras aos Estados Unidos, e destruiu milhares de empregos. A Petrobras foi saqueada sim, mas pela Lava Jato. O acordo indenizatório que ela fez com o Departamento de Justiça dos EUA foi de quase US$ 3 bilhões ou cerca de R$ 15 bilhões nos valores de hoje.
Justificou ter ingressado no governo por querer ajudar as pessoas e combater a corrupção e não por ambição. Todos sabem que queria ser indicado para o STF. Moro e todos aqueles que fizeram parte desse governo não podem se dizer enganados por Bolsonaro. Todos sabiam que ele tinha defendido a tortura e torturadores, ditaduras e ditadores, que tinha ligação com policiais milicianos e com rachadinhas. Tinha defendido a morte de índios, o fuzilamento de milhares e de pessoas e de FHC. Moro não tem sequer o direito moral de criticar Bolsonaro, pois foi o patrono de seu governo.
Ao criticar o momento atual, afirmou que “fica aquela sensação amarga de que não existe lei, de que não existe Justiça”. Mais adiante falou da necessidade de um “governo das leis”. Ora, a primeira condição para que haja lei é que ela seja aplicada sem arbítrio e a condição para que haja Justiça é a de que ela seja justa e imparcial. Moro foi o mais alto violador da lei e da Justiça. Sentou-se na cadeira dos violadores para violar a Constituição. Cuspiu no juramento que fez quando se formou como advogado e pisoteou na lama sobre o Código de Ética da Magistratura.
Arvorou-se em falar de corrupção. Moro não combateu a corrupção. Corrompeu a Justiça, aquilo que deveria ser o mais sagrado no caráter de uma nação por ser a aplicação do que é justo e imparcial, a garantia do igual, a sanção do violento, a expressão dos direitos dos cidadãos.
Moro é um corrupto. A corrupção tem diversas faces. Corromper a Justiça é uma das mais criminosas formas de corrupção. Moro recebeu várias vezes proventos acima do teto constitucional do funcionalismo público. Pode alegar legalidades, mas é uma violenta imoralidade contra um povo sofrido, desempregado, passando fome e sofredor de todo tipo de carências. Falou em cortar os privilégios da classe política, mas como juiz não cortou os seus.
Moro disse que suas armas são “a verdade, a ciência e a justiça”. Serviu um presidente que se elegeu sobre uma cordilheira de mentiras; serviu um governo que negou e destruiu a ciência semeando a morte e ele próprio foi o maior corruptor da Justiça.
Moro pregou a concórdia, mas foi o principal semeador do ódio que incubou o ódio bolsonarista. Agiu com ódio contra Lula e contra o PT. Trata-se de uma pessoa vingativa, movida a rancor, a ressentimentos e a sentimentos persecutórios. Fala em reconstruir o Brasil. Ou seja, reconstruir os destroços do que ele mesmo destruiu porque sem Moro não teria existido a destruição de Temer e sem Moro não teria existido a devastação de Bolsonaro.
Moro é um hipócrita. A hipocrisia é um dos maiores males dos seres humanos. O hipócrita está entre os seres mais abjetos dentre os humanos. Sim, porque os hipócritas se camuflam em virtudes que não têm e pregam virtudes para poder alcançar o poder e praticar o mal.
Bat e Roba