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Palestinos estão sem comunicação — Foto: EPA-EFE/REX/SHUTTERSTOCK
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Renato e Eduardo, em encontro no Núcleo Periférico, em Curitiba. Foto: Reprodução / Instagram
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Redação Tribuna do Paraná
Iniciada pelo ex-banqueiro e palestrante Eduardo Moreira, uma vaquinha online conseguiu somar em apenas seis horas o total de R$ 500 mil (e o valor cresce a cada minutos). O beneficiário dessa arrecadação será o projeto Núcleo Periférico, que tem o deputado estadual do Paraná Renato Freitas como coordenador. O objetivo é construir um centro de acolhimento para pessoas em situação de risco.
A meta inicial era de R$ 250 mil, mas ainda nas primeiras horas da manhã ela foi alterada para R$ 400 mil. Com o volume de doações crescente, o valor teve um novo ajuste de meta para R$ 550 mil, montante atingido por volta das 16h. A nova meta é de R$ 600 mil. Até próximo deste horário, 6710 doações haviam sido recebidas na página da arrecadação no site Vakinha.
“É inacreditável o poder de uma comunidade que tem uma causa. Acabamos de completar R$ 400 mil arrecadados para transformar o Núcleo Periférico, no Centro de Curitiba, coordenado pelo Renato Freitas”, disse Eduardo Moreira e o seu perfil no Instagram.
O objetivo da “causa”, além de ajudar às pessoas assistidas pelo Núcleo Periférico, é dar visibilidade a Renato, “protegendo com isso a vida do Renato, pois tendo uma obra tão importante como essa, que já é e vai se tornar ainda mais depois das doações, ninguém vai querer fazer nada contra o Renato, vai aumentar o custo de se fazer algo contra ele”, disse o ex-banqueiro.
Eduardo Moreira se refere ao processo contra o petista que corre no Conselho de Ética da Assembleia Legislativa do Paraná, protocolizado pelo presidente da casa, Ademar Traiano, desafeto político de Renato. Eduardo, um dos fundadores do Instituto Conhecimento Liberta (ICL), mobilizou sua comunidade para ajudar na arrecadação. O projeto Núcleo Periférico foi fundado por Renato há cerca de 10 anos.
O ex-banqueiro esteve em Curitiba na segunda-feira (30) e disse que está preocupado com as ameaças e a perseguição que o deputado petista tem que enfrentar na Alep.
“Atendemos mais de 300 pessoas diariamente. Alguns estão há dias sem tomar banho e a gente oferece uma ducha, dá um kit de higiene, toma café da manhã, passa por enfermeiros, advogados e serviço social”, explica Renato Freitas, em material divulgado pro sua assessoria de imprensa. Sem o apoio do poder público, centro social mantido por ele tem alcance limitado.
“O tempo inteiro o poder público conservador de Curitiba tenta desmobilizar o trabalho que o Renato faz em Curitiba, mas saiba, irmão, que você vai montar um centro de referência e esses caras vão ter de se curvar à vontade do povo e a energia da mudança. O sonho vira verdade porque o povo comprou a sua ideia e a briga agora é nossa”, disse Moreira.
O Núcleo Periférico oferece apoio para quem está em situação de rua, dependentes químicos e quem já teve passagem pelo sistema penitenciário e não tem condições sequer de buscar um emprego. As atividades oferecidas são: aulas de capoeira, de dança, de yoga, muay-thai, cursos de corte e costura, criminologia, panificação, serigrafia e de cinema.
Além dos cursos, o núcleo oferece também acolhimento para orientação jurídica, psicológica e assistência social. O atendimento é feito de segunda à sexta-feira, das 9h às 20h.
>>> Quem quiser colaborar com a vaquinha pode acessar este link e participar!
Escândalo do First Mile é só parte da farra desenfreada na compra e uso de equipamentos de vigilância
A notícia de que espiões da Abin estavam monitorando ilegalmente a localização de cidadãos brasileiros, sem ordem judicial e sem nenhum tipo de controle, deveria parar o país. Pelo menos 33 mil pessoas podem ter sido ilegalmente espionadas pela agência estatal de inteligência durante o governo de Jair Bolsonaro – entre os alvos, havia jornalistas, políticos e ministros do STF, notadamente adversários do governo.
Dois agentes foram presos e cinco diretores da Abin, afastados – entre eles, o secretário de Planejamento e Gestão, Paulo Maurício Fortunato Pinto, atual número três da agência. Com ele, que já se envolveu em escândalo semelhante há 15 anos, a polícia encontrou 171 mil dólares em dinheiro, o equivalente a mais de R$ 800 mil.
O uso do programa israelense First Mile pela Abin foi revelado pelo O Globo em março deste ano. Segundo a reportagem, a agência brasileira havia usado secretamente o programa, capaz de monitorar a localização de 10 mil celulares em tempo real. A espionagem é bem simples: basta colocar o número do alvo. O First Mile funciona interceptando a infraestrutura de telefonia brasileira e fornece dados de localização dos aparelhos baseados nas antenas. Dessa forma, é possível fazer um histórico das movimentações e criar alertas de localização de uma pessoa.
A Abin não poderia ter acesso a esses dados. Mesmo em caso de investigações, esse tipo de interceptação só pode ser feito com autorização da justiça – e pedidos do tipo devem ser muito bem fundamentados. Não era o caso. Não havia, por exemplo, registros de quem acessou os dados, algo fundamental para restringir o acesso e apurar uso indevido das informações.
O caso já estava na mira do Ministério Público Federal desde março, a partir de uma representação da ONG Data Privacy Brasil. A Abin, no entanto, se recusava a fornecerinformações aos procuradores. Foi só agora que o caso chegou ao Supremo Tribunal Federal, por envolver ministros, e envolveu a Polícia Federal, que foi possível avançar.
A PF mostra agora que o First Mile foi usado contra adversários políticos para monitorar acesso ao prédio do STF e até mesmo contra um homônimo do ministro Alexandre de Moraes – o que indica que ele pode ter sido um dos alvos. Apesar de a lista de nomes alvos de espionagem ilegal ainda ser desconhecida, a polícia já revelou que o jornalista Glenn Greenwald e o seu marido morto em maio, o deputado David Miranda, do PDT, dois opositores de Bolsonaro, estão entre eles.
Os dois agentes presos da Abin teriam feito chantagem, ameaçando vazar informações sobre o uso indevido do First Mile para evitarem punição por um processo disciplinar que estavam respondendo. Para coroar a farra, os dados de pesquisa ficaram expostos nos servidores da Cognyte em Israel – ou seja, dados estratégicos, de inteligência, estavam disponíveis aos técnicos de outro país. O Brasil foi tão subserviente na compra que aceitou uma cláusula da empresa: se comprometeu a não monitorar cidadãos israelenses, nem americanos.
É um escândalo. Mas pode ser muito, muito pior.
Na semana passada, dois deputados bolsonaristas dos mais hidrófobos e desqualificados – Gustavo Gayer (PL-GO) e Julia Zanatta (PL-SC) – divulgaram uma lista com supostos apoiadores do grupo Hamas, chamando-os de terroristas. Ela incluía parlamentares, intelectuais, jornalistas e lideranças de movimentos sociais. Além disso, os fascistoides garantiram que tinham encaminhado esses nomes para a embaixada dos EUA no Brasil para que fossem vigiados e barrados no território ianque.
Segundo notinha da Folha, “Gustavo Gayer chegou a publicar a lista, mas acabou apagando o post. Ele indicou parlamentares do PT, do PSB e do PSOL, além de intelectuais e entidades. Já Zanatta fez um vídeo dizendo que se inspirou em iniciativa do senador republicano Marco Rubio de sugerir o cancelamento de vistos americanos de pessoas que estariam supostamente apoiando ações do Hamas. Ela listou nomes de deputados do PT, PCdoB, PSOL e PSB e disse que iria encaminhar à embaixada, assim como ao senador americano... Quem apoia terrorista não deve querer visto americano’, diz Zanatta”.
Psol, PT e UBM rechaçam os macartistas
A lista macarthista gerou imediata reação. O deputado Ivan Valente (Psol-SP), que teve o seu nome incluído, já anunciou que irá tomar providências. “Vamos ao Supremo Tribunal Federal com queixa-crime por injúria e difamação, ação civil por danos morais e Conselho de Ética”, postou em suas redes sociais. Nesta quarta-feira (25), o jornal Estadão informou que “cinco deputados do PT apresentaram ação ao STF contra Julia Zanatta (PL-SC) e Gustavo Gayer (PL-GO), que tentaram associar os petistas com o grupo terrorista Hamas”.
A ação encaminhada ao Supremo foi assinada pelos deputados Erika Kokay (PT-DF), Helder Salomão (PT-ES), Nilto Tatto (SP), Padre João (PT-MG) e Paulão (PT-AL). Em 2021, esses parlamentares aderiram a um manifesto em apoio à causa palestina. O texto não caracterizava o Hamas como “grupo terrorista”, a exemplo do que faz a Organização das Nações Unidas (ONU) e a maioria dos países do planeta. Esse manifesto voltou à tona agora, totalmente descontextualizado, para atacar os deputados, intelectuais e entidades populares.
“Constata-se a existência de uma informação torpe, reprovável, caluniosa, incompatível com a dignidade e estatura de quem ocupa um cargo de deputado e se volta, por simples desavenças ideológicas, contra colegas parlamentares de maneira vil e mentirosa, na medida em que, entre outras deslealdades, tenta caracterizar os interpelantes como criminosos que devem ser impedidos de ingressar nos EUA e, consequentemente, em qualquer nação democrática, o que os tornaria pessoas que deveriam ser tratadas como inimigas da democracia e dos direitos humanos”, afirma a ação encaminhada ao Supremo.
No mesmo rumo, uma das entidades incluída na listinha abjeta, a União Brasileira de Mulheres (UBM), “enviou ofícios à Embaixada dos EUA no Brasil, ao Ministério das Relações Exteriores e à Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados questionando a iniciativa de parlamentares bolsonaristas que têm associado autoridades, organizações e intelectuais brasileiros ao grupo terrorista Hamas”, informa Mônica Bergamo na Folha. “Tantos problemas acontecendo no Brasil e vemos deputado utilizando o mandato e a tribuna para disseminar mentiras, ódio e defender a guerra”, protesta a presidente da UBM, Vanja Andréa.
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Não existe imparcialidade na atividade jornalística, é claro, mas se trata de uma área que precisa estar pautada pela objetividade e diversidade. A questão palestina e o estado colonial de Israel
por BRENO ALTMAN, Opera Mundi
Algumas pessoas - umas de modo gentil, outras nem tanto - estão criticando Opera Mundi e a mim pela entrevista que está marcada com Raphael Machado, do grupo Nova Resistência, acerca do pensamento de Alexandr Dugin, para a próxima quinta-feira, 21 de setembro, às 11h.
Argumentam que seria incabível um canal de esquerda entrevistar alguém com o perfil ideológico de um duguinista ou até que essa conversa seria prova de aproximação minha em direção a essa corrente.
Todos e todas tem o óbvio direito de criticar o que fazemos ou deixamos de fazer, e provavelmente essas críticas estarão certas muitas vezes. Mas não se pode confundir jornalismo com propaganda e militância, apesar dos pontos de encontro.
Não existe imparcialidade na atividade jornalística, é claro, mas se trata de uma área que precisa estar pautada pela objetividade. Isso não significa abdicar de opiniões ou sequer abraçar uma fantasiosa isenção, mas ter compromisso com a apresentação dos mais diversos pontos de vista.
Esse é o grande serviço que deve ser prestado pelo jornalismo, principalmente o de esquerda: permitir a leitores e espectadores terem acesso ao máximo de informações e análises, para poderem elevar seu próprio grau de conhecimento e consciência sobre a realidade.
A base do pensamento crítico está na materialidade dos fatos e na articulação de seu desenvolvimento histórico, a partir de estudos e debates. Quanto mais se conhece, mais crítico se pode ser. Quanto menos se sabe, maior a vulnerabilidade diante da propaganda e da manipulação.
Mas vamos ao grão.
Sou militante comunista de três gerações, por ascendência paterna e materna. Dedico-me, desde praticamente criança, ao que entendo ser a causa revolucionária e à luta pelo socialismo, dentro dos modestos limites que me foram estabelecidos pela vida.
Não tenho simpatia ou proximidade com o duguinismo, cujos referenciais teóricos e práticos me parecem despropositados. No entanto, sou profissionalmente um jornalista. Não um propagandista ou um educador, ainda que eventualmente desempenhe tarefas nessas frentes, mas um jornalista.
Convidamos aos nossos programas pessoas com as quais concordo em quase tudo e outras com quem tenho divergências insuperáveis. Esforço-me para que as entrevistas sejam difíceis, explorando contradições, colocando em xeque esquemas de raciocínio, encurtando espaços para divagações ou sofismas.
Não importa o alinhamento político-ideológico, os convidados e convidadas de Opera Mundi são tratados com respeito e cortesia, mas também com firmeza e rigor. Minha obrigação é tentar desnuda-los, para que o público possa conhecê-los melhor.
Quem quiser estabelecer algo tão irrelevante como o que penso ou deixo de pensar, a partir das entrevistas que faço, irá apenas perder tempo. Na condição de jornalista, meu empenho é oferecer a mais vasta gama possível de vozes.
Por fim, sugiro que os críticos ao convite a Raphael Machado se façam a seguinte pergunta: terão mais ou menos informações para batalhar contra o duguinismo depois de uma entrevista que eventualmente amplie o conhecimento das ideias que esse grupo defende?
Espero que tenha deixado claro meu ponto de vista sobre a atividade profissional que desempenho e a orientação editorial de Opera Mundi.
Fora da polêmica, da diversidade e do direito à opinião, o jornalismo seria um cemitério.
Vídeo: Breno Altman, jornalista e fundador do site Opera Mundi, que é judeu, faz duras críticas ao que classificou de ‘Estado colonial de Israel’ e as consequências para o povo palestino na Faixa de Gaza e Cisjordânia. A questão da Palestina na pauta do programa Revista Brasil TVT.
No domingo 2/10 de 2023, que derrotou Bolsonaro no primeiro turno das eleições, Nikolas Ferreira obteve 1.492.047 votos, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O recorde nacional anterior em um pleito era de Eduardo Bolsonaro (ex-PSL, atual PL), que teve 1.814.443 votos nas eleições de 2018.
Depois do vereador mineiro, o segundo deputado federal mais votado do país é Guilherme Boulos (PSOL), em São Paulo. Com 100% das seções apuradas no Estado, ele recebeu 1.001.472 votos.
Após a confirmação da eleição do parlamentar, o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) afirmou que conta com o apoio de Nikolas para atrair eleitores mais jovens.
CRÉDITO, GETTY IMAGES. Nikolas Ferreira e Jair Bolsonaro durante uma motociata em Poços de Caldas, Minas Gerais
Reportagem de Julia Braun, para a BBC News, informa:
Um relatório elaborado pelo NetLab, grupo de pesquisa da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e intitulado 'Evangélicos nas redes' identificou o deputado eleito como um macro-influenciador que atua como um dos porta-vozes do ativismo conservador evangélico no Brasil.
Segundo os pesquisadores responsáveis pelo estudo, seus conteúdos muitas vezes giram em torno daquilo que eles classificam como uma "guerra político-cultural" que tenta opor os evangélicos a políticos e apoiadores da esquerda.
CRÉDITO, NIKOLAS FERREIRA / INSTAGRAM
"Esse vídeo é um alerta para abrir os nossos olhos para a guerra silenciosa que estamos vivendo", diz ele em um vídeo de março, em que fala sobre uma "doutrinação" nas escolas e universidades e cita a criação de um exército pelo que define como "o inimigo" dos cristãos. A gravação tem mais de 240 mil visualizações e 55.000 curtidas no Instagram.
A ideia falsa de que há uma ameaça de perseguição religiosa aos cristãos no Brasil também aparece com certa frequência em suas redes sociais.
Em um vídeo de fevereiro, ele cita uma "guerra contra a igreja para poder tirar a influência do cristianismo". "A esquerda brasileira só está dando os seus primeiros passos em caminho do que já está acontecendo na Argentina, no Chile e em outros diversos países", diz.
Reportagem da BBC News Brasil mostrou como aliados próximos do presidente Jair Bolsonaro têm usado esse tipo de desinformação sobre perseguição a cristãos como forma de atrair votos.
Mas segundo especialistas, o discurso em torno da cristofobia não faz sentido em um país como o Brasil, onde 86,8% da população se identifica como cristã, entre católicos e evangélicos, segundo dados do censo de 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
CRÉDITO, NIKOLAS FERREIRA / INSTAGRAM. Em um vídeo de fevereiro, Nikolas cita uma "guerra contra a igreja para poder tirar a influência do cristianismo"
Um ranking global elaborado pela organização Portas Abertas anualmente e que alerta para a perseguição a cristãos no mundo também não inclui o Brasil na lista, já que o país é considerado livre de qualquer opressão. Leia mais
O professor Dejalma Cremonese denuncia que Nikolas pratica intolerância religiosa:
Desde ontem (27) Israel mantém forte bombardeio sobre a Faixa de Gaza. As tropas israelenses seguem dentro do território palestino neste sábado. Desde o início da guerra em 7 de outubro, é a mais longa incursão terrestre. O número de mortos no conflito ultrapassa os 7.700 em Gaza, incluindo mais de 3.200 crianças, de acordo com o ministério da saúde palestino. Em Israel são 1.400 vítimas fatais.
Até as primeiras horas deste sábado, pelo menos 150 alvos foram bombardeados. A área norte da Faixa de Gaza está sendo bombardeada maciçamente por mísseis de Israel. Repórteres informam que foi uma das noites mais sangrenta das últimas semanas. Nenhum jornalista conseguiu adentrar à Faixa de Gaza desde ontem.
Israel vem comunicando os moradores de Gaza que abandonem imediatamente o norte da região, principalmente da Cidade de Gaza. É esperado o aumento da incursão terrestre no local. “O chão tremeu em Gaza”, afirmou Yoav Gallant, ministro da Defesa de Israel. Gallant disse que a guerra entrou em uma nova fase.
Os jornalistas que estão na fronteira de Gaza também informam através das agências internacionais de notícias que há enorme dificuldade para se obter informações e imagens desta etapa da guerra. O sinal de internet praticamente inexiste, o que também dificulta o ocorro às vítimas, pois não há como solicitar serviços de ambulância e médico. As equipes da Organização Mundial da Saúde (OMS) que atuam na Faixa de Gaza não têm mais contato com a coordenação da organização, de acordo com o chefe da OMS Tedros Adhanom.
Já o exército de Israel afirma que conseguiu matar o chefe da divisão aérea do Hamas, Asem Abu Rakaba. O Hamas informou hoje, segundo notícia da BBC, que veículos das forças israelenses que estavam na zona noroeste de Gaza foram bombardeados.
Trégua humanitária
A ONU aprovou ontem uma resolução que pede uma trégua humanitária imediata entre Israel e Hamas. Também exige livre acesso de ajuda a Gaza e proteção de civis.
Mais de 2 milhões de pessoas que vivem na zona de guerra tiveram o fornecimento de energia elétrica e alimentos cortados. A região toda está cercada por tropas de Israel.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou ontem a reação desproporcional de Israel aos ataques do Hamas no início do mês. Lula afirmou que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, quer “acabar” com a Faixa de Gaza. Disse que a posição do Brasil em relação à guerra é “a mais clara possível”.
Ele classificou como “loucura” o direito de veto dos cinco países – Estados Unidos, Rússia, China, França e Inglaterra – que ocupam assento permanente no Conselho de Segurança do ONU.
“Dissemos que o ato do Hamas foi terrorista. Dissemos em alto e bom som que não é possível fazer um ataque, matar inocentes, sequestrar gente da forma que fizeram, sem medir as consequências”, disse. “Agora temos a insanidade também do primeiro-ministro de Israel, querendo acabar com a Faixa de Gaza, se esquecendo de que lá não tem só soldado do Hamas. Tem mulheres, crianças, que são as grandes vítimas dessa guerra”, disse Lula.
Leia também:
Israel corta comunicações de Gaza, enquanto intensifica ações militares
Exército de Israel provoca apagão de comunicações na Faixa de Gaza, enquanto ONU aprova resolução de paz. Antes disso, Lula conseguiu falar com brasileiros
Palestinos estão sem comunicação — Foto: EPA-EFE/REX/SHUTTERSTOCK
Por Paul Adams, BBC News
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu “mudar o Médio Oriente”. O presidente americano Joe Biden disse que “não há como voltar atrás”. Mas a medida que as forças israelenses intensificam os seus ataques à Faixa de Gaza e emitem novos e urgentes avisos aos palestinianos irem para o sul, para onde vai a guerra e o que vem a seguir?
Israel continua dizendo que pretende destruir o Hamas “militar e politicamente”.
Mas, para além da aplicação de um poderio militar implacável e esmagador, não está claro como esta ambição sem precedentes será alcançada.
“Você não pode tomar uma atitude tão drástica sem um plano para o dia seguinte”, afirma Michael Milshtein, chefe do grupo de estudos palestinos do Centro Moshe Dayan, da Universidade de Tel Aviv.
Ex-membro da inteligência militar de Israel, Milshtein, teme que não tenha existido esse planejamento.
Diplomatas europeus dizem que estão conduzindo discussões intensas com Israel sobre o futuro, mas que até agora nada está claro.
"Você pode esboçar algumas ideias no papel, mas torná-las reais exige semanas, meses de diplomacia”, disse um deles, que pediu anonimato.
Planos militares existem - desde a destruição da capacidade militar do Hamas até a tomada de boa parte da Faixa de Gaza. Mas fontes ouvidas pela BBC com longa experiência em crises do tipo dizem que o planejamento não vai além disso.
“Não creio que exista uma solução viável e funcional para Gaza para o momento seguinte ao da evacuação das nossas forças”, afirma Haim Tomer, ex-membro do Mossad, o serviço secreto de Israel.
Os israelenses são praticamente unânimes sobre o desejo de derrotar o Hamas e não permitir mais que eles governem Gaza.
Mas o Hamas, diz Milshtein, é uma ideia - não algo que Israel possa simplesmente apagar.
Ele faz um paralelo com o Iraque em 2003, quando as forças lideradas pelos EUA tentaram remover todos os vestígios do regime de Saddam Hussein. O plano foi um desastre, diz.
Deixou centenas de milhares de funcionários públicos iraquianos e membros das forças armadas sem trabalho, lançando as sementes para uma insurreição devastadora.
Veteranos americanos desse conflito estão em Israel, conversando com os militares israelenses sobre as suas experiências em lugares como Falluja e Mosul.
“Espero que expliquem que cometeram alguns erros enormes no Iraque”, diz Milshtein.
"Israel não pode ter a ilusão de erradicar o partido no poder ou mudar a opinião das pessoas. Isso não vai acontecer."
Os palestinos concordam.
“O Hamas é uma organização popular de base”, diz Mustafa Barghouti, presidente da Iniciativa Nacional Palestina. “Se quiserem remover o Hamas, terão de fazer uma limpeza étnica em toda Gaza.”
Essa ideia - de que Israel pretende forçar centenas de milhares de palestinianos a sair da Faixa de Gaza e a entrar no Egito - está despertando os medos palestinianos mais profundos.
Para uma população já constituída em grande parte por refugiados - que fugiram ou foram expulsos das suas casas quando Israel foi fundado - a ideia de outro êxodo em massa evoca memórias dos acontecimentos traumáticos de 1948.
“Fugir significa uma passagem só de ida”, diz Diana Buttu, ex-porta-voz da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).
Giora Eiland, ex-chefe do Conselho de Segurança Nacional de Israel, diz que a única forma do país concretizar as suas ambições militares em Gaza sem matar muitos palestinianos inocentes é a evacuação dos civis.
O pedido de Joe Biden de financiamento ao Congresso para apoiar Israel e Ucrânia é outro fator que gera temor entre os palestinos.
Até agora, Israel não disse oficialmente que quer que os palestinianos atravessem a fronteira. As Forças de Defesa de Israel (IDF) disseram repetidamente aos civis que se deslocassem para “áreas seguras” mal definidas no sul.
Mas o presidente do Egito, Abdel Fattah el-Sissi, alertou que a guerra de Israel em Gaza pode ser “uma tentativa de forçar os habitantes civis a migrar para o Egipto”.
Supondo que ainda existam palestinos em Gaza quando a guerra acabar, quem irá governá-los?
“Essa é a pergunta de um milhão de dólares”, diz Milshtein.
Israel, diz ele, deveria apoiar a criação de uma nova administração, dirigida pelos habitantes de Gaza, com a adesão dos líderes locais e o apoio dos EUA, do Egito e talvez da Arábia Saudita. A nova administração deveria também incluir líderes do Fatah, o grupo palestino que hoje controla Autoridade Palestina (ANP) na Cisjordân ia e que o Hamas expulsou de Gaza.
Hoje, no entanto, a ANP e seu presidente Mahmud Abbas são impopulares entre os palestinianos na Faixa de Gaza.
Diana Buttu diz que a ANP pode até querer regressar a Gaza, mas não “nas costas de um tanque israelense”.
A veterana palestina Hanan Ashrawi, que foi membro da ANP na década de 1990, irrita-se com a ideia de que estrangeiros, incluindo Israel, tentarão mais uma vez determinar como os palestinianos conduzem suas vidas.
“As pessoas pensam que é um tabuleiro de xadrez e que podem mover alguns peões aqui e ali e dar um xeque-mate no final. Isso não vai acontecer”, diz ela.
Entre aqueles que já lidaram com guerras em Gaza antes, há uma profunda apreensão e uma sensação de que quase tudo já foi tentado antes.
O ex-oficial do Mossad Haim Tomer diz que suspenderia as operações militares por um mês, num esforço para retirar os reféns primeiro.
Em 2012, após uma ronda anterior de combates em Gaza, ele acompanhou o diretor da Mossad ao Cairo para conversas que resultaram num cessar-fogo. Os representantes do Hamas, diz ele, estavam presentes, com as autoridades egípcias fazendo o meio campo. Um mecanismo semelhante deveria ser utilizado novamente, diz ele, mesmo que Israel tivesse que libertar prisioneiros.
"Não me importo se libertarmos alguns milhares de prisioneiros do Hamas. Quero ver os reféns voltando para casa."
Israel, diz ele, poderia então decidir se retoma as operações militares em grande escala ou optaria por um cessar-fogo de longo prazo.
Vídeo: Embaixadas dos Estados Unidos e de Israel foram alvos de protestos e ameaças após o bombardeio de um hospital na Faixa de Gaza que deixou quase 500 mortos na noite desta terça-feira (17).
Não bastasse os crimes de guerra e o genocídio que vem sendo praticado pelo Estado de Israel contra o povo palestino, onde mais de sete mil pessoas já foram mortas, das quais, 40% delas são crianças inocentes, ainda temos que ouvir o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, evocar a narrativa da luta do bem contra o mal, afirmando que ele representa o povo da luz e que fará a profecia de Isaías se cumprir para o seu povo. A profecia bíblica que fala que a terra prometida seria herdada pelos descendentes de Israel. Para tanto, o primeiro-ministro israelense repete Hitler, aquele que dizimou milhões de judeus na Alemanha nazista, também sob a defesa de uma suposta luz que fazia a sua raça superior as demais.
Hitler acreditava que a história da humanidade era uma constante luta entre as raças, onde a raça superior teria o direito de utilizar de todos os meios necessários para manter a sua pureza, impor sua superioridade e estabelecer um domínio sobre as outras. O mesmo preconceito étnico utilizado por Netanyahu para promover ódio contra os palestinos e tentar fazer o mundo enxergá-los como uma raça problemática e culpada pela própria tragédia que se abate sobre eles neste momento. Assim como o pensamento do fuhrer foi disseminado entre os alemães, que passaram a nutrir o mesmo ódio do seu líder pelos judeus, o projeto de poder de Netanyahu foi assimilado pelo povo de Israel, que enxerga os palestinos como um mal a ser abatido para que a tal promessa de Deus se cumpra para os seus.
Outro fato curioso, que revela mais uma coincidência entre Hitler e Netanyahu, é que o comunismo é um inimigo comum de ambos. Tal como o genocida alemão, que era um severo crítico de Karl Marx, que era judeu, e dedicou algumas páginas do seu livro ” Mein Kampf ”para atacar a ideologia comunista, o genocida israelense também costuma apostar na demonização do comunismo como uma espécie de apito de cachorro para os seus convertidos. A invasão sangrenta promovida por Israel na Palestina, toma contornos ainda mais dramáticos quando surge a notícia de que Gaza está incomunicável, após ter a energia e os sinais de internet cortados. É carnificina, matança, massacre, crime humanitário, sob os olhos de um mundo que assiste inerte a mais um capítulo sangrento da nossa história.
Seria o sionismo, o conceito político-ideológico sob o qual se alicerça o Estado de Israel, uma espécie de nazismo? O genocídio étnico cometido pela Alemanha nazista contra os judeus, apresentava um elemento que o tornava diferente dos outros genocídios étnicos cometidos ao longo da história. Além do ódio fomentado ideologicamente contra os judeus, o desprezo por suas vidas era algo assustador. As humilhações que eram impostas a eles, são semelhantes às impostas pelos judeus ortodoxos contra os palestinos. O hábito de cuspir em freiras, padres, cristãos e muçulmanos, é um exemplo e faz parte da cultura de ódio presente em Jerusalém. Também é comum manifestações populares onde os gritos de ”morte” aos árabes eclodem naturalmente da parte dos judeus, incluindo crianças judias, que são instigadas a agredir verbal e até fisicamente os chamados ”gentios”, ou seja, os não judeus.
Compreender as ações de Israel neste momento, ou, até mesmo, tentar justifica-las como autodefesa, quando o número de mortos do lado palestino é seis vezes maior do que do lado israelense, é o mesmo que compreender e justificar o ”Mein Kampf” de Hitler em defesa da superioridade ariana e do direito de subjugar outras raças que ele considerava inferiores e um obstáculo para a evolução econômica e social do seu povo. Nada, absolutamente nada, justifica as ações criminosas que estão sendo perpetradas por Israel contra a Palestina. Da mesma forma que nada justificava o Holocausto imposto por Hitler sobre os judeus, não há geopolítica que se sobreponha às vidas humanas que estão sendo ceifadas neste conflito. Não há nenhuma promessa de Deus a se cumprir à custa da morte de milhares de crianças. Não há terra prometida a ser conquistada em meio a dor e o sofrimento dos verdadeiros donos desta terra. Isto é loucura e maldade. É o horror e o inferno. E a história fará Israel e seus apoiadores, principalmente, o imperialismo diabólico dos EUA, arderem no fogo eterno.
Carlos Bolsonaro esteve em clube de tiro da deputada Júlia Zanatta no mesmo período que Adélio Bispo, aquele que esfaqueou seu pai. Nova revelação coloca em xeque inúmeras versões da família Bolsonaro sobre o caso. Atentado foi apontado por especialistas como fundamental para a eleição em 2018 do então desconhecido deputado federal presidente. E eleição de Zanatta da tiara nazista deputada e reeleição de Carlos, o filho Zero Dois, vereador do Rio de Janeiro em 2020
Com base em matérias jornalistas e publicações nas redes sociais, um internauta fez uma apuração individual e levantou novos questionamentos sobre o atentado contra Jair Bolsonaro (PSL) durante a campanha eleitoral de 2018.
Algumas informações são tão intrigantes que muita gente custa a crer que possam se tratar de meras “coincidências”. Informa Pragmatismo Político foi constatado, por exemplo, que Adélio Bispo, o homem que esfaqueou Bolsonaro, esteve nos mesmos dias no mesmo clube de tiros que Carlos Bolsonaro, filho do presidente.
Adélio Bispo vivia na cidade de Montes Claros (MG) até 2017, mas em 2018 ele começou a viajar pelo Brasil e chegou até a cidade de São José (SC), Região Metropolitana de Florianópolis.
No dia 5 de julho de 2018, Adélio praticou uma hora de tiro esportivo no clube .38. Dois dias depois Carlos Bolsonaro desembarcou na mesma cidade e passou um final de semana inteiro confinado no mesmo clube de tiro, conforme postado pelo próprio vereador em seu Instagram.
Foi neste mesmo clube, inclusive, que Carlos se refugiou quando brigou com o pai depois que foi obrigado a retirar do canal do YouTube oficial da presidência um vídeo de Olavo de Carvalho.
A imprensa tradicional já havia noticiado, timidamente, que os filhos de Bolsonaro, como Carlos e Eduardo, frequentavam o mesmo clube de tirou que Adélio treinou. A mídia não revelou, porém, que Carlos e Adélio estiveram no mesmo local durante o mesmo período.
“Aqui começa a teoria de fato. Ninguém fica 24 horas dentro de um clube de tiro. Nesses dias, Carlos e Adélio estiveram nos mesmos espaços, possivelmente compartilhando de armas similares e montando um plano. Sim, é esse plano mesmo que você pensou”, publicou o autor do levantamento.
Adélio permaneceu em São José até agosto de 2018. A facada em Juiz de Fora (MG) aconteceu um mês depois, em setembro. Naquela ocasião, Carlos Bolsonaro acompanhava o pai na comitiva, algo que nunca tinha feito antes.
A apuração repercutiu nas redes. “Em alguns anos, quando for tarde demais, esse falso atentado entrará para a história”, escreveu um internauta. “Qualquer ser humano percebe que tem algo errado nessa história. As evidências são no mínimo intrigantes”, observou outro.
Confira aqui o passo a passo da apuração do portal Pragmatismo político.
A mão de Julia Zanatta
Difícil entender que Adélio Bispo aprenda a atirar com Júlia Zanatta, e prefira ficar no meio de uma multidão fanática, com uma faca enfrentar guarda-costas e ferir e tentar matar um candidato a presidente.
Em 23 de março de 2023 escreveu João Almeida Moreira:
Brasil continua sobre brasas. Na sexta-feira, 17, a deputada Júlia Zanatta, do PL, partido de Jair Bolsonaro, publicou uma selfie. No punho, uma carabina, no corpo, uma T-shirt com o desenho de uma mão, com quatro dedos, crivada de balas - os quatro dedos aludem, claro, a Lula da Silva, que perdeu o mínimo quando era metalúrgico.
A publicação fez-nos recuar a setembro de 2021, quando o site Brasil 247, simpático ao PT de Lula, lançou um documentário sobre o atentado sofrido por Bolsonaro em Juiz de Fora, um mês antes das Presidenciais de 2018 que o elegeriam. Atingido no abdómen, o então candidato presidencial foi atendido, logo depois, na Santa Casa da Misericórdia da localidade e, mais tarde, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. O autor do atentado, Adélio Bispo, foi preso em flagrante e está, desde 2019, numa prisão de alta segurança em Campo Grande.
Chamado Bolsonaro e Adélio, Uma Fakeada no Coração do Brasil, usando os nomes do agredido e do agressor e um jogo de palavras entre "facada" e "fake", o filme de 1h44m do jornalista Joaquim de Carvalho tenta provar a teoria de conspiração de esquerda de que o atentado foi forjado.
Levanta questões como a dispensa de colete à prova de bala por Bolsonaro, ao contrário do que era hábito, e a presença, incomum, de Carlos Bolsonaro, líder da Comunicação do pai, na comitiva. Além da utilização de uma equipa de segurança diferente da do costume, sendo que quase todos os guarda-costas, apesar de terem cometido falhas gritantes, segundo especialistas, acabaram promovidos por Bolsonaro.
O autor do filme pergunta ainda quem paga os honorários do advogado de Adélio e por que razão a família Bolsonaro não recorreu da decisão de um juiz que considerou o agressor "inimputável" depois de ter publicamente discordado dela.
São revelados também dois vídeos: num, seis meses antes do ataque, Bolsonaro admite ter problemas digestivos e pede orações durante um culto evangélico, com a sua mão e a da mulher Michelle Bolsonaro na região do estômago; noutro, o então candidato toma dois comprimidos horas antes do atentado.
"Bolsonaro forjou a facada e aproveitou para tratar um cancro, benigno, que precisava de operar, juntando a fome à vontade de comer. Foi uma farsa com requintes cinematográficos que levou Bolsonaro de oito segundos de campanha para 24 horas por dia - e assim foi eleito", disse ao DN Alexandre Frota, um ex-aliado do capitão reformado que viveu o atentado por dentro.
Mas jornalistas e críticos, mesmo não-Bolsonaristas, desvalorizaram o filme por não acreditarem que três polícias - Federal, Militar e Civil -, duas equipas médicas - a da Santa Casa e a do Einstein -, e Ministério Público fizessem parte de uma conspiração, afinal de contas, à moda do QAnon e de todas as burradas da extrema-direita americana que a homóloga brasileira adora copiar.
Entretanto, o documentário aborda um detalhe intrigante: dois meses antes do atentado, Carlos Bolsonaro e Adélio coincidiram no mesmo clube de tiro, em Florianópolis, à partida fora do alcance financeiro do agressor, a viver na altura numa pensão sem casa de banho privada a mais de 1000 km de distância. A dona do clube, no entanto, foi perentória ao negar que eles tivessem estado juntos - e a pista perdeu-se.
A dona do clube de tiro era a hoje deputada Júlia Zanatta, cuja participação destaca Clayson Felizola. Vide vídeo:
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