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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

30
Jun22

Briga de ex-deputados em Londrina: "Boca Aberta" troca sopapos com "Mamãe Falei"

Talis Andrade

Disputa por uma vaga na Alep está por trás da briga

 

O ex-deputado estadual Arthur do Val (União Brasil-SP) e João Bettega, uma das lideranças do MBL no Paraná, alegam que foram agredidos durante visita a Londrina, no Paraná. Em vídeo divulgado por eles, o ex-deputado federal Emerson Miguel Petriv, conhecido como “Boca Aberta”, aparece dando chutes, tapas e socos na dupla, enquanto acusa “Mamãe Falei” (Arthur do Val) de ser um “estuprador”.

A dupla estava no município para promover a pré-candidatura de Bettega à Assembleia Legislativa do Paraná junto a outros membros do MBL, como Renan Santos. Na ocasião, Arthur do Val e João Bettega procuraram “Boca Aberta” para apresentar uma “nota fiscal do povo”, como forma de provocar seu filho, o deputado estadual Matheus Petriv (PROS-PR). O MBL cobra Petriv por supostos gastos parlamentares feitos por seu gabinete, com aluguel de veículo, divulgação de mandato e insumos de informática. O modo de atuação com abordagens provocadoras é comum do MBL e ajudou a impulsionar o nome de Arthur do Val na vida política.

Abordado, “Boca Aberta” pegou um microfone e passou a atacar Arthur do Val. “Aqui Mamãe Falei, vem cá, você vem de São Paulo… você vai levar tapa na cara rapaz. Vai estuprar ucraniana, vagabundo, aqui, estuprador, chama a polícia”, disse, enquanto dava tapas e chutes no grupo. Bettega e o filho de “Boca Aberta” já vinham trocando acusações em meio à proximidade do período eleitoral. Os dois devem concorrer a um cargo na Assembleia Legislativa do Estado do Paraná

Nos ataques, ele retomou a cassação de Arthur do Val na Assembleia Legislativa de São Paulo por quebra de decoro parlamentar após ter áudios divulgados em que dizia que mulheres ucranianas são “fáceis porque são pobres”.

“Boca Aberta” também perdeu o mandato, mas na Câmara dos Deputados. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o considerou inelegível por ter sido cassado, em 2017, pela Câmara Municipal de Londrina, também por quebra de decoro parlamentar. Ele chegou a ser condenado em segunda instância por denunciação caluniosa.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, Arthur do Val disse ter sido “espancado na rua” e diz que o filho de “Boca Aberta” “engana pessoas que não tem instrução para perceber o que ele está fazendo”.

 

 

 

30
Jun22

Nanda Barreto lança livro de poesias neste sábado (2), em Porto Alegre

Talis Andrade

Nanda-Barreto-lanca-Agora-posso-dizer-sim-27-06-20

Nanda Barreto lança "Agora posso dizer sim" (Foto: Alass Derivas - @derivajornalismo)

 

Lançamento do novo livro da jornalista e escritora ocorrerá neste sábado (2), às 18h, na Livraria Taverna

 

 

por Sul 21

 

A jornalista e escritora Nanda Barreto lança o livro agora posso dizer SIM (Editora Taverna, 2022) neste sábado (2), em Porto Alegre. O evento contará com sarau poético e musical a partir das 18h, na Livraria Taverna (Andradas, 736, na Casa de Cultura Mario Quintana). Ao longo de 64 páginas, a publicação reúne versos que vão do pessoal ao público, misturando política, intimidade e poesia. 

“Comunicativa, pulsante, de alta voltagem afetiva, a poesia de Nanda Barreto convoca ao movimento, à ação, com uma singular força dramática. Como se de pé e braço erguido na praça – a praça de Maio e de suas mães, a praça em que nos reunimos para perguntar quem mandou matar Marielle –, a poeta anuncia o levante, em uma dicção que fala a língua do agora, com registros atravessados pelos humores e os discursos das redes”, sintetiza a escritora Moema Vilela, que assina o blurb do livro. 

O prefácio está nas mãos da escritora e psicanalista Christiane Ganzo: “Nanda Barreto é uma mulher que deixa palavras-pegadas por onde passa. Embora diga que é distraída e finge estar de saída, seu rastro permanece. Entre  tapas e beijos, “Agora posso dizer SIM” tem uma pegada forte, aveludada, sensual, risonha e leve. Desconcertante”, afirma Christiane, acrescentando que ” a poeta traz, de forma violenta e divertidamente sincera, a sensualidade atrevida da vida”. 

Pré-venda

O livro marca a 1 9ª publicação da Editora Taverna e está à venda no site pelo valor de R$ 49,90, sem custo de frete para todo o Brasil. Quem adquirir até sexta-feira (01/07), receberá a obra em casa com dedicatória da autora. 

A autora

Nanda Barreto é escritora e jornalista com especialização em comunicação pública, comunicação e gênero e psicologia transpessoal. Feminista, mãe e nutriz da Flora Beatriz, também é instrutora de yoga e ilustradora. Nascida e criada na periferia da Grande Porto Alegre, neste mundo, vasto mundo, nunca pôde ser uma coisa só. Se dedica a afazeres diversos, especialmente ligados à promoção da informação, direitos socioambientais, bem-estar coletivo, cultura e literatura. É apresentadora da série documental Sementos do Amanhã (Canal Futura) e liderou equipes de comunicação voltada para a mobilização social de âmbito nacional no Brasil, Venezuela e Moçambique. 

Publicou, ainda, os livros Majô quando crescer (edição da autora, 2019), Manual de incertezas (Patuá, 2018) e é coautora de 50 anos em seis: Brasília, prosa & poesia (Teixeira, 2010). Nas redes sociais, é @transitivaedireta. Na vida real, é poeta.

calma

por Nanda Barreto

- - -

o mundo anda muito hostil, eu sei.

dói na carne de quem ama além do umbigo.

mas vê: a vida é mais possibilidade que fato.

100 bilhões de galáxias conferem a imensidão do mistério:

o desconhecido é um deus que nos convoca à coragem.

aqui e agora existe dor, rancor, fome,

doença, perversão, insanidade.

aqui e agora existe céu, calor da pele, arte,

dança, suco de bergamota, amizade.

atente: o tempo não tem dó dos distraídos.

nestes dias em que vejo a gente

perdendo a fé, o sono, a vontade de celebrar…

eu queria saber tocar as feridas com as pontinhas dos dedos,

preparar uma caipirinha com os comentários mais azedos,

acender uma vela no teu peito só com a faísca do meu olho,

silenciar minhas curiosidades e contemplar teus segredos

enquanto fazemos nada de importância aparente.

calma, alma, respira.

olha aquela estrela mais distante.

deixa um sorriso alumiar tua memória.

solta os ombros. ri de ti.

de tudo a perder,

o presente é o mais derradeiro.

30
Jun22

Para governo militar, aborto em caso de estupro é crime, mas causado por tortura é legal

Talis Andrade

Conheça a charge da Folha favorita dos leitores em abril - 03/05/2022 -  Painel do Leitor - Folha

 

Para os hipócritas o aborto decorrente de torturas contra as mulheres nos porões da ditadura é perfeitamente legal e tolerável

 

por Jeferson Miola

- - -

O manual do ministério bolsonarista da Saúde sobre a atenção às mulheres vítimas de violência sexual contraria o Código Penal brasileiro e decisão do STF e diz que “todo aborto é um crime”. Com linguagem policial, o documento defende que “quando comprovadas as situações de excludente de ilicitude após investigação policial, ele [o aborto] deixa de ser punido”.

A perversão e a violência contra as meninas e as mulheres – ou, dito de outra forma, a misoginia e o ódio profundo às mulheres – ganhou poderoso impulso nos últimos dias.

Nos EUA, a Suprema Corte ilegalizou o aborto e retrocedeu 50 anos em relação a esta conquista civilizatória das mulheres. Este retrocesso histórico anima e encoraja os movimentos ultraconservadores e reacionários mundo afora.

No Brasil, onde a cada 10 minutos uma mulher foi estuprada [2021], uma criança de 11 anos só conseguiu interromper a gravidez decorrente de estupro devido à repercussão midiática. Tudo devido à decisão monstruosa e cruel da juíza Joana Ribeiro Zimmer/SC, que pediu à criança de 11 anos “mais um pouquinho de paciência para o feto sobreviver mais”. Apesar disso, a juíza não só foi mantida no cargo, como ganhou promoção na carreira.

A monstruosidade da juíza foi endossada por Bolsonaro, que num dos seus fétidos jorros mentais via twitter [23/6] disse que “não se discute a forma que ele [o feto] foi gerado, se está amparada ou não pela lei. É inadmissível falar em tirar a vida desse ser indefeso” [sic].

Com esta declaração, Bolsonaro antecipou em alguns dias a divulgação da política oficial que o governo fascista-militar explicitou na nova versão do manual para mulheres vítimas de violência sexual [28/6].

Para esses hipócritas, no entanto, o aborto decorrente de torturas físicas e psicológicas e de outras violências perpetradas contra as mulheres nos porões da ditadura é perfeitamente legal e tolerável.

No artigo Discursos sobre a tortura de mulheres grávidas durante a ditadura militar, o professor José Veranildo Lopes da Costa Júnior/UERN sustenta que “as mulheres, além de terem sido torturadas por suas posições ideológicas contrárias ao regime militar, também sofreram uma perseguição política motivada por questões de gênero e sexualidade”.

O professor opina que “no caso das mulheres grávidas, a tortura não se deu, exclusivamente, de forma física, mas a tortura psicológica foi uma ferramenta utilizada pelos militares como mecanismo para ocasionar o aborto e a interrupção de suas gestações”.

Trata-se, portanto, da violência sexual e de gênero como instrumento de poder e dominação, conforme descreve o relatório da Comissão Nacional da Verdade [2014] no capítulo que disseca os métodos e práticas nas graves violações de direitos humanos e suas vítimas durante a ditadura.

Nos áudios sobre as sessões do Superior Tribunal Militar recentemente divulgados pelo pesquisador Carlos Fico/UFRJ, aparecem julgamentos de casos de terror psicológico e tortura de mulheres grávidas que acabaram sendo obrigadas a abortar.

Ao ser indagado a respeito daquelas atrocidades, o general vice-presidente Hamilton Mourão riu e, em tom de deboche, desafiou: “Apurar o quê? Os caras já morreram tudo, pô. Vai trazer os caras do túmulo de volta?”.

Para este “homem de poucas luzes”, como Carlos Fico elegantemente o definiu, todo tipo de violência praticada por militares contra as mulheres, inclusive grávidas – choques elétricos, pancadas, cobras, sevícias, abusos – “fazem parte da história do país e já são passado”.

“História, isso já passou, né?”, afirma o facínora que conserva enorme desapreço e indiferença pela vida humana, como demonstrou em relação aos bárbaros assassinatos de Bruno Pereira e Dom Philips.

Ao invés de acompanhar o caso pessoalmente, uma vez que tem atribuição legal e institucional, como presidente do Conselho da Amazônia, o general passou um feriadão degustando vinhos, jogando Padel, visitando feiras e fazendo campanha eleitoral no RS.

Para o governo fascista-militar, “todo aborto é um crime” – até mesmo em caso de estupro. Contudo, no regime dos generais, o aborto resultante de torturas e atrocidades cometidas nos porões da ditadura contra mulheres grávidas é legal e tolerável.

Conheça a charge da Folha favorita dos leitores em abril - 03/05/2022 -  Painel do Leitor - Folha

30
Jun22

Ana Julia: projeto bolsonarista é tirar dos estudantes a vontade de aprender

Talis Andrade

www.brasil247.com -

Ocupar o poder, contra Bolsonaro, contra Ratinho

 

Silêncio e censura marcam escolas militarizadas, segundo ativista que ficou conhecida nas ocupações secundaristas de 2016

 

OperaMundi - O SUB40 desta quinta-feira (16/06) recebeu a ativista pela educação pública brasileira Ana Julia Ribeiro, de 21 anos, que ficou nacionalmente conhecida ao discursar na Assembleia Legislativa do Paraná, no contexto das ocupações das escolas secundaristas pelos estudantes, em 2016. 

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Ocupar escolas, pela volta do professor

 

Filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT) desde 2018, ela é primeira suplente na Câmara de Vereadores de Curitiba e volta agora como pré-candidata à deputada estadual no Paraná.

Para Ribeiro, o projeto político dos governos no poder, seja de Jair Bolsonaro no plano federal ou do governador Ratinho Jr. no paranaense, é sucatear a educação e tirar dos alunos a vontade de participar do processo educativo. A militarização das escolas movida pelo presidente é exemplar: “ele militariza as escolas numa perspectiva de educação em que 'você não tem direito de questionar, e se questionar vou te censurar, vou te calar’. Foi colocado para a população de maneira ainda mais autoritária, do dia para a noite”.

Hoje estudante universitária simultaneamente de direito e filosofia, a ativista classifica como “cruel" a reforma do ensino médio. “Substituir os professores por televisões dentro de sala de aula é uma crueldade, um ataque à concepção democrática de educação. Você não só precisa ter uma educação que prepare para o mercado de trabalho, como não tem o direito de questionar, duvidar, perguntar. Só tem que escutar", disse.

Ribeiro se diz marcada na adolescência pelo comentário do pai sindicalista de que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) abriu possibilidades de entrada na universidade que não existiam na geração dele. 

“Quando chegou minha vez de prestar vestibular, era governo Temer e o Enem já estava sendo desmontado. No meu primeiro ano de faculdade, já não existia mais ProUni. Faço direito numa universidade privada e filosofia na UFPR”, afirma, expondo em poucas palavras a desmobilização das políticas públicas para a educação no pós-golpe de 2016. 

“Com o governo Bolsonaro, o Enem tem sido desmontado da maneira mais suja, dizendo que não tem dinheiro para isso, errando nas correções das provas", declarou Ribeiro.

Perseguido na Câmara Municipal de Curitiba, o vereador petista Renato Freitas sofre processo por suposta quebra de decoro, devido à participação em uma manifestação em frente a uma igreja. A primeira suplente, Ribeiro, assumiria em caso de sua cassação e comenta o caso: “o que Renato enfrenta é um processo escancarado e brutal de racismo estrutural e institucional. É porque ele é um representante das periferias, defende um projeto político divergente da grande maioria dos vereadores, é um militante dos movimentos sociais, é negro e militante do movimento negro e periférico e é a imagem mais forte contra tudo aquilo que eles representam”. 

 

Ocupações secundaristas

 

Sobre as ocupações secundaristas de seis anos atrás, a militante avalia que aquela mobilização significou ao mesmo tempo uma vitória política e uma derrota institucional. No plano político, os estudantes conquistaram protagonismo na mídia e na sociedade e o utilizaram para debater temas como a reforma do ensino médio e o teto de gastos. No institucional, as leis que combatiam foram aprovadas no Congresso Nacional, num processo que se radicaliza até hoje. 

“A gente foi derrotado, mas a geração que ocupou escola hoje está presente na política e em vários espaços. As ocupações geraram frutos”, resume, constatando que o grau de mobilização de 2016 não voltou a se repetir, mesmo com o aprofundamento constante dos retrocessos.

Questionada pelo diretor de redação de Opera Mundi, Haroldo Ceravolo Sereza, sobre ter se declarado apartidária em 2016, a estudante separou o contexto das ocupações da experiência partidária: “era um movimento de fato horizontal, autônomo, sem centralidade. As ocupações eram apartidárias, e, corrigindo, na realidade eram suprapartidárias. Cabiam diversos partidos dentro, mas as ocupações não pertenciam a nenhum partido”. 

A entrada ao PT aconteceu em julho de 2018, por motivos como os que Ana Julia expõe: “é o partido com o qual tenho mais identificação, me emociona mais e me enche de esperança. Mandei minha filiação para Lula, e ele assinou minha filiação de dentro da cadeia”. 

A pré-candidata celebra o avanço da juventude petista no poder legislativo, citando exemplos não só no Paraná, mas em São Paulo, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Pará. O engajamento à política partidária, diz Ribeiro, nasceu do desejo de ajudar a mudar a vida das pessoas "agora, imediatamente".

30
Jun22

Por respostas firmes e atitudes severas em defesa da democracia

Talis Andrade

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A Associação de Juízes para a Democracia – AJD, Associação Brasileira de Juristas pela Democracia – ABJD, Associação Advogadas e Advogados Públicas para a Democracia – APD, vêm a público demonstrar indignação e repúdio às declarações atribuídas ao Ministro da Defesa, General Braga Netto no Jornal Estado de S. Paulo nesta quinta-feira, de que “não haverá eleições em 2022, se não houvesse voto impresso e auditável”.

A ameaça já foi feita publicamente, mais de uma vez, pelo presidente da República Jair Bolsonaro, e ganha especial gravidade se proferida por um general membro das Forças Armadas.

As supostas declarações surgem em meio a denúncias feitas na CPI da Covid, do envolvimento direto de militares em negociações irregulares no Ministério da Saúde na compra de vacinas, e desenham um cenário favorável a um retrocesso institucional preocupante.

O quadro é potencializado com a omissão do Presidente da Câmara dos Deputados em dar prosseguimento aos mais de cem pedidos de impeachment pelos crimes de responsabilidade cometidos pelo Presidente da República e ausência de medidas mais duras do Poder Judiciário para reprimir os discursos atentatórios à Constituição Federal.

A negativa verbal é frágil e parece intentar manter a sociedade brasileira em um clima de insegurança e medo.

Ao manifestar sua repulsa às ameaças golpistas do Presidente da República, que teriam sido reiteradas pela fala atribuída ao General Braga Netto, as entidades exigem das instituições democráticas e demais poderes respostas firmes e atitudes severas em defesa da democracia brasileira.

Gilmar Fraga: tensionando... | GZH
30
Jun22

Coalizão em Defesa do Sistema Eleitoral

Talis Andrade

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O programa Espaço Plural abordou a Coalizão em Defesa do Sistema Eleitoral, movimento que reúne diversas entidades e movimentos com o objetivo de denunciar os reiterados ataques do presidente Jair Bolsonaro às instituições democráticas, além de sua postura de colocar sempre em dúvida a lisura das eleições nacionais.

A Associação Juízes para a Democracia é uma das entidades que encabeçam a Coalizão, que se reuniu com o presidente do TSE, MInistro Edson Fachin. Para tratar do tema participou a juiza federal e secretária do Conselho Executivo da Associação Juízes para a Democracia, Cláudia Dadico; o coordenador Geral da Associação de Juristas pela Democracia, Mario Luís Madureira; e a presidenta do Observatório Eleitoral da OAB Seccional de São Paulo, Maíra Recchia.

29
Jun22

Escândalos abalam campanha de Bolsonaro

Talis Andrade

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por André Cintra /Vermelho

Começou o clima de “já perdeu” na pré-campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro. Quem detalha é a jornalista Malu Gaspar em sua coluna desta terça-feira (28) no jornal O Globo.

Os escândalos de corrupção no MEC – que levaram à prisão preventiva do ex-ministro Milton Ribeiro –, o mau desempenho em pesquisas e as divergências sobre estratégias eleitorais abalaram a pré-candidatura. A tudo isso se somam as más notícias da economia, como os juros cada vez mais altos, os incessantes reajustes nos combustíveis e a inflação sem controle.

Com o sugestivo título “Por que o núcleo político da campanha de Bolsonaro vive clima de derrota”, Malu Gaspar informa que o “comportamento” do presidente é, acima de tudo, a razão para o “clima de velório” que tomou conta da “chamada ‘ala política’ da campanha”.

Para melhorar as chances de Bolsonaro ao menos avançar nas pesquisas, o marqueteiro Duda Lima traçou diversas “recomendações” ao presidente, que tinha na agenda uma importante viagem ao Nordeste entre quinta-feira e o sábado. Mas, segundo aliados, Bolsonaro ignorou tudo.

“Lima fez uma apresentação propondo que Bolsonaro dedicasse todas as oportunidades que tivesse no Nordeste para fazer a defesa do Auxílio Brasil e de outras iniciativas que geraram emprego”, diz Malu Gaspar. O objetivo era “tentar virar o voto de eleitores que hoje decidiram abraçar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)”.

“O material apresentado ao presidente na quarta-feira continha uma lista de programas, junto com o que o presidente deveria dizer sobre cada um deles nos discursos. Depois de assistir a apresentação, Bolsonaro elogiou o plano e disse ter concordado com tudo”, acrescenta a colunista. “Mas, nos dias seguintes, o esperado ‘foco total no social’ virou uma sequência de falas a respeito do caso Milton Ribeiro, das suspeitas infundadas do presidente sobre as urnas eletrônicas e da guerra de bastidores com o Supremo do que de programas sociais ou de realizações do governo que acabaram deixadas de lado.”

A coluna compila depoimentos de apoiadores próximo ao presidente. “O risco de derrota só aumenta”, diz um deles. “O presidente está fazendo de tudo para perder”, irritou-se outro aliado. “No nosso planejamento, junho seria o mês da virada, mas até agora só colecionamos problemas”, emenda um “estrategista da campanha”.

Conforme o texto, “o desânimo é recíproco”, o que leva Bolsonaro a ignorar os conselhos que lhe chegam de tudo quanto é lado – o PL, o marketing da campanha, a equipe jurídica, etc. Mesmo a proposta eleitoreira e inicialmente consensual – de reajustar o Auxílio Brasil, dobrar o vale-gás e criar um voucher de R$ 1.000 para os caminhoneiros – já não empolga parte da base bolsonarista.

É por isso que uma outra jornalista, Maria Cristina Fernandes, arrisca a dizer, no Valor Econômico, que o foco de Bolsonaro, a esta altura, está mais “na contestação dos votos do que na obtenção de um resultado eleitoral favorável nas urnas”. A escolha de um general para vice seria a evidência dessa nova tática.

“Braga Netto não lhe acrescenta votos, mas garante que o Ministério da Defesa aja como operador de uma estratégia fundada na contestação do processo eleitoral e na perseguição de seus adversários”, escreve Maria Cristina. “Se o atual vice, general Hamilton Mourão, foi um seguro contratado por Bolsonaro para não ser derrubado pelo Congresso, Braga Neto cumpre outra função. A de evitar que o eleitor o derrube.”

CPI do MEC causa desespero em Bolsonaro

 
 
29
Jun22

Desembargador que soltou Ribeiro será indicado por Bolsonaro ao STJ

Talis Andrade

Desembargador que soltou ex-ministro da Educação é candidato ao STJ |  Política | Valor Econômico

 

Ney Bello foi também o coveiro do relatório do Coaf no TRF-1. O relatório, considerado ilegal pelo tribunal, apontava movimentações financeiras para lá de atípicas de Frederick Wassef, advogado da familícia

 

 

por Hugo Souza

Nesta quinta-feira, 23, o desembargador Ney Bello, do TRF da 1ª Região, mandou soltar o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, atendendo a pedido de Habeas Corpus impetrado pelo advogado de Ribeiro e de Michelle Bolsonaro, Daniel Bialski.

Além do ex-ministro, foram soltos os pastores do preachergate do MEC Gilmar Santos e Arilton Moura.

Milton Ribeiro, Gilmar Santos e Arilton Moura foram presos nesta quarta-feira, 22. Um mês antes das prisões, o jornalista Guilherme Amado, do portal Metrópoles, havia adiantado que Jair Bolsonaro já tinha escolhido o nome para a uma vaga aberta no Superior Tribunal de Justiça: Ney Bello.

Naquela feita, a jornalista Malu Gaspar, d’O Globo, informou que Ney Bello teria, porém, que “se resolver” com Kassio Nunes Marques, líder do governo no Supremo. É que Nunes Marques teria algum tipo de porém com Bello.

Ney Bello foi também o coveiro, no TRF-1, do relatório do Coaf que apontava movimentações financeiras para lá de atípicas de Frederick Wassef, advogado da familícia. Bello foi o relator do caso. O relatório foi considerado ilegal. Após a decisão, o caso foi encerrado.

Desembargador que soltou ex-ministro da Educação é candidato ao STJ |  Política | Valor Econômico

29
Jun22

Bolsonaro ameaça golpe em caso de derrota para Lula e afirma que tomará as ‘decisões que devem ser tomadas’

Talis Andrade

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por Alexandre Caverni e Gabriel Araujo (Reuters) 

O presidente Jair Bolsonaro repetiu a recorrente citação às quatro linhas da Constituição e afirmou neste sábado que parece que será preciso tomar “decisões que devam ser tomadas”, sem explicar exatamente a que medidas se referia, mas acrescentando que tem um exército de 200 milhões de pessoas.

“Sempre tenho falado das quatro linhas da Constituição. Tenham certeza: se preciso for, e cada vez mais parece que será preciso, nós tomaremos as decisões que devam ser tomadas. Porque, cada vez mais, eu tenho um exército que se aproxima dos 200 milhões de pessoas nos quatro cantos desse Brasil”, disse Bolsonaro em discurso na Marcha para Jesus, em Balneário Camboriú (SC).

“Não podemos esperar chegar 23, ou 24, e olhar para trás e nos perguntarmos a nós mesmos o que nós não fizemos para que chegássemos a essa situação difícil de hoje em dia. Nós somos a maioria, a democracia é vocês, vocês têm que dar o norte para todos nós”, acrescentou o presidente para uma multidão que participava do evento de cunho religioso.

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29
Jun22

Bolívia rechaça proposta indecente de Bolsonaro para dar asilo à golpista Jeanine Áñez

Talis Andrade
Bolívia tem nova data para eleição enquanto | Internacional
 
Presidente da Câmara dos Deputados da Bolívia, Freddy Mamani, afirmou que Jair Bolsonaro não se interessa "pelos massacres, pela democracia ou pela justiça"
 
 

ANSA - O presidente da Câmara dos Deputados da Bolívia, Freddy Mamani, rechaçou a hipótese ventilada por Jair Bolsonaro de conceder asilo político no Brasil para a ex-chefe de Estado interina Jeanine Áñez.

Em seu perfil no Twitter, o boliviano afirmou que Bolsonaro não se interessa "pelos massacres, pela democracia ou pela justiça".

"O que quer, ao oferecer asilo político a Jeanine Áñez, é salvar uma das protagonistas do golpe de Estado de 2019. Exigimos respeito pela sentença da Justiça boliviana", disse.

No início de junho, Áñez foi condenada a 10 anos de prisão por participação em um golpe contra Evo Morales, que chegou a obter seu quarto mandato nas eleições de 2019, mas renunciou em meio à onda de protestos que tomou o país naquele ano.

Como todos os que estavam na linha sucessória também abdicaram, Áñez, então segunda vice-presidente do Senado, se autoproclamou presidente interina da Bolívia, em uma sessão parlamentar boicotada pelo Movimento ao Socialismo (MAS), partido de Evo.

A ex-mandatária, no entanto, diz ser alvo de perseguição política por parte do governo de Luis Arce. Já Bolsonaro revelou, em entrevista ao canal de extrema direita "Programa 4 x 4", que fará "o que for possível" para trazer Áñez ao Brasil, "caso assim o governo da Bolívia concorde".

"Estamos prontos para receber o asilo dela", disse o presidente, afirmando que a ex-mandatária é alvo de uma "injustiça".

O golpe na Bolívia foi sangrento. Provocou morte, prisões e exílio de liderança políticas, de defensores de direitos humanos e sociais. Motivou perseguições racistas contra os povos indígenas, maioria da população, escravizada pelos brancos colonizadores, e liberta no governo de Evo Morales, primeiro índio presidente de um país latino=americano

Lugar de golpista é na cadeia. 

 

 

O povo indígena contra Jeanine, aliada de Bolsonaro

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