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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

31
Mar20

Coronavírus: Bolsonaro só acredita na ‘ciência’ quando o resultado lhe interessa

Talis Andrade
Manifestantes pró-governo descumprem a ordem do governador Hélder Barbalho e promovem carreata em Belém no dia 28/03. Polícia foi acionada para impedir a carreata e manifestantes foram conduzidos para a delegacia.

Manifestantes pró-governo descumprem a ordem do governador Hélder Barbalho e promovem carreata em Belém no sábado, 28 de março. Polícia foi acionada para impedir a carreata e manifestantes foram conduzidos para a delegacia. Foto: Filipe Bispo/Fotoarena/Folhapress

 
 
 
 
 
 

EM UMA AULA de antropologia da saúde que ministrei há uns anos, para falar sobre a importância de conhecimento popular na adesão a tratamentos médicos, eu contava um caso de Joyce, uma menina de periferia que não acreditava na eficácia da pílula. Para ela, era impossível que um remédio tão pequenininho fosse dar conta da quantidade de esperma ou do tamanho do pênis do namorado. Ela acreditava no que seus olhos conseguiam enxergar e a conta não fechava.

Quando ouviu a história, Roberto, um ex-aluno de uma universidade de elite, caiu na gargalhada, chamando Joyce de ignorante. Ele usava uma linguagem humilhante ao se referir aos pobres. Uma década depois, com base nas postagens que ele reproduz no Facebook, é fácil concluir que ele é fascinado por um presidente que acredita que vidro blindado não passa um “resfriadinho”, que nada acontece com pessoas que mergulham no esgoto ou que não há floresta na Europa – uma sobrevoada provaria isso.

Em ambos os casos, existe uma relação com a ciência que é imediata aos olhos. A grande diferença entre Joyce e Roberto é o fato que a primeira logo mudou de opinião depois de rodas de conversas com uma equipe do SUS. Roberto seguiu em carreata, demonstrando que, mesmo com toda a educação formal que teve, continua sendo um ignorante que só acredita no que vê, no que quer ver e, principalmente, nos interesses econômicos de sua família abastada.

As duas histórias são tão estereotipadas que parecem fanfic. Mas não são. A própria realidade se tornou caricata nos últimos tempos. Acompanhando Roberto nas redes sociais nestes últimos dias, tenho refletido no que leva pessoas estudadas das melhores escolas a ignorar consensos da ciência para validar sua própria crença. Para além do inegável interesse econômico de muitos, há também uma questão de dogma, de fé e de desejo – como recentemente disse o antropólogo Orlando Calheiros.

Tenho especulado se essa relação dogmática com a auto-verdade não estaria ligada à questão da masculinidade e ao poder patriarcal. Me parece que estamos sendo governados pelos tiozões do churrasco que, enquanto “explicam o mundo”, a família toda escuta. Me parece que estamos no mundo em que homens querem impor suas verdades egoicas. Afinal, quando a ciência fala, é justamente essa certa autoridade baseada na tradição que se sente ameaçada. (Continua

 

31
Mar20

Ex-assessor de Mandetta é encontrado morto em Campo Grande

Talis Andrade

 

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O advogado e blogueiro Francisco de Arruda Cangussu, de 62 anos, conhecido como Kiko Cangussu, foi encontrado morto em seu apartamento na região central de Campo Grande (MS), por volta das 19h30 desta segunda-feira (30). A família suspeita de infarto.

Kiko, amigo pessoal de Henrique Mandetta, foi assessor parlamentar na época em que Mandetta era deputado federal.  O corpo do advogado foi encontrado na cozinha do apartamento. Kiko deixa um filho, Luiz Guilherme Cangussu, 20 anos.

O irmão do advogado, Paulo Cangussu, foi até o edifício, mas não conseguiu contato, e ligou para o filho do advogado, que abriu o apartamento. 

Em postagens recentes, Kiko reclamava de sinusite e medo do coronavírus.

Postagem do advogado da última sexta-feira (27):

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“Hoje senti de verdade medo do coronavírus. Estava acelerado fazendo minhas compras quando entrei na fila da padaria – guardando a distância de mais de 1 metro quando entra na fila atrás de mim, praticamente encostado, um sujeito pálido, mal encarado todo de preto. De repente o cidadão dá uma tossida rouca forte e em seguida outra- sabe aquela tosse de cachorro? Parei de respirar e dei um pulo quase derrubando o cara que estava à minha frente na fila.

É claro que aquele cidadão está contaminado, se é corona não sei, mas que ele está com algum vírus não tenho dúvida alguma. Quando terminei minhas compras e estava no caixa pagando não é que o Zorro foi encostando para pagar sua conta também?! Se aproximou tanto que a caixa o alertou da distância mínima entre as pessoas. Que Deus me perdoe, mas me deu uma vontade enorme de jogar na cara desse louco uma das sacolas de compra que estavam ao meu alcance. Paguei e fui atrás do gerente relatando o ocorrido perguntando porque não impediram sua entrada. Sem graça, disse que tentaram barrá-lo mas ele ameaçou chamar a polícia. Antes de chegar ao carro, limpei tudo com álcool gel e vim pra casa onde já fiz a higienização necessária e pedi proteção aos meus santos. Que cagaço! “

Com informações do portal 247, e A Crítica de Campo Grande. 

31
Mar20

Declarações de Bolsonaro dificultam ações de prevenção contra o coronavírus nas favelas cariocas

Talis Andrade
 
31
Mar20

Brasil tem 4.579 casos e 159 mortes por coronavírus

Talis Andrade

 

O Brasil confirma 323 novos casos de coronavírus nesta segunda-feira e contabiliza um total de 4.579 infectados. O país tem, ao todo, 159 mortes provocados pela Covid-19, segundo dados do Ministério da Saúde. O protocolo brasileiro estabelece que os casos mais graves da doença sejam testados num contexto de racionalização de testes por conta da escassez global desses insumos. A região Sudeste ainda concentra a maior parte dos infectados, com 55% de confimações no país. 

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30
Mar20

Espanha passa China em número de casos de coronavírus

Talis Andrade

 

A Espanha registrou, nas últimas 24 horas, 6.398 novos casos de coronavírus, elevando o total para 85.195 (8% a mais do que no dia anterior) e ultrapassou o total de infectados na China (cerca de 82 mil). Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (30/03) pelo Ministério da Saúde espanhol. 

O número torna-se ainda mais impressionante se comparadas as populações dos dois países: a Espanha tem cerca de 47 milhões de habitantes, e a China, mais de 1,4 bilhão.  

Segundo as autoridades espanholas, nas últimas 24 horas, foram registradas 812 mortes, elevando o balanço total para 7.340 e tornando a Espanha o segundo país no mundo com maior número de mortes, ficando atrás apenas da Itália (10.779 mortes). 

Juntas, as duas nações europeias têm mais da metade das cerca de 34 mil mortes provocadas pela covid-19 em todo o mundo.  

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30
Mar20

“A norma é se curar”: relatos de idosos que sobreviveram à covid-19 se multiplicam na França

Talis Andrade
O presidente Emmanuel Macron visitou, em 6 de março, uma casa de repouso em Paris para tentar tranquilizar os idosos, que são a população mais vunerável ao coronavírus.
O presidente Emmanuel Macron visitou, em 6 de março, uma casa de repouso em Paris para tentar tranquilizar os idosos, que são a população mais vunerável ao coronavírus. Ludovic Marin / POOL / AFP

Os casos trazem esperança diante dos balanços cotidianos dramáticos da epidemia do novo coronavírus na França. Entre os 7.132 pacientes com covid-19 que se curaram e puderam deixar o hospital no país, estão vários idosos que contam com emoção a superação da doença.

Eles pertencem ao grupo de alto risco. Na França, apenas 35% dos pacientes com coronavírus têm mais de 65 anos, mas quase 80% dos 2.606 mortos registrados no país até esse domingo (29) têm mais de 75 anos. Por isso, os relatos de idosos que conseguiram se recuperar da covid-19 são encorajadores.

Os testemunhos de pessoas mais velhas que deixaram os hospitais curadas começaram a crescer na semana passada. Os ex-pacientes estão entre os primeiros infectados no país, em fevereiro, quando a epidemia começou na França.

Georges, de 86, é um deles. Morador de Crépy-en-Valois, no departamento de Oise, um dos primeiros focos do coronavírus no país, ele passou mal em casa na noite de 16 de fevereiro e chamou o SAMU. Ninguém sabia ainda que o vírus se propagava rapidamente na região. O diagnóstico inicial foi de uma bronquite e ele foi hospitalizado em um quarto duplo ao lado de uma outra pessoa, como “um doente qualquer”, conta o idoso ao jornal La Croix.

O quadro se agravou, a contaminação pelo coronavírus foi confirmada e Georges foi isolado. Começou então o “combate” contra a doença. Ele ficou hospitalizado 15 dias em Compiègne e hoje, em casa, diz que “faz parte dos privilegiados que podem viver normalmente”. Mas o idoso detesta que a mídia o trate como um “caso milagroso”: “temos que nos preparar para a doença, mas devemos continuar a pensar que a norma é o doente se curar”, filosofa.

 

“A Terra inteira está contaminada e eu escapei”

Daniel, de 88 anos, foi o primeiro morador do departamento de Ardennes, no norte da França, a ser diagnosticado com a covid-19. Ao contrário de Georges, ele vive a cura como um “milagre”. Ele deu entrada no hospital de Charlesville-Mezières em 6 de março, passou 10 dias internado e se considera um “sobrevivente”.

“Quando fui hospitalizado, estava muito fraco, vomitava, não tinha paladar nem apetite e qualquer gesto me cansava”, recorda em entrevista ao Aujourd’hui em France. Hoje, ele quase não tem mais sequelas da grave doença respiratória, apenas perde o fôlego de vez em quando. Daniel tem uma “gratidão enorme” pela equipe que cuidou dele e que o reconfortou nos momentos difíceis, mas também pelos vizinhos do pequeno vilarejo onde mora, que o apoiaram e continuam apoiando. “Ajuda a manter o moral”.

Daniel não consegue mais desgrudar os olhos da TV para acompanhar a progressão da epidemia: “Me arrasa ver todos esses mortos. A Terra inteira está infectada e eu escapei”, compara o ex-doente que espera que a epidemia acabe logo.

Cura de casal emociona o país

A cura de um casal de idosos emocionou particularmente o país. Henri Marchais, de 90 anos, e a mulher, Monique, de 88, ficaram doentes e internados juntos, no mesmo quarto, no hospital Bichat de Paris. Sãos e salvos, eles contaram, sorridentes e descontraídos, mas com a voz embargada, a provação que passaram à reportagem da TV France 2.

Henri ficou doente primeiro, mas demorou para chamar o médico e quase morreu. “Eu nunca fico doente. Quando comecei a ter febre, não liguei. Achei que ia passar”. Mas os sintomas se agravaram, ele começou a ter dificuldades para respirar e quando foi internado, em 8 de março, no serviço de doenças infecciosas do hospital, seu estado era crítico.

A família foi chamada. “Ligaram às duas horas da manhã para avisar que era grave e pudemos ir ao hospital abraçá-lo”, lembra, chorando, a esposa. Por causa da idade, ele não foi sedado nem entubado, teve apenas uma ajuda respiratória, mas não viveu sozinho essa batalha. Poucos dias depois, Monique também foi diagnosticada com o coronavírus e colocada no mesmo quarto. “Quando soube que o resultado era positivo, não senti medo pois me disseram que eu iria ficar ao lado dele”.

Juntos eles venceram a doença e “agradecem a gentileza e a maneira excepcional” com que foram tratados pela equipe médica. Henri e Monique estão em casa há uma semana, mas continuam cumprindo um distanciamento social. Enquanto aguardam para poder abraçar e beijar de novo os 26 netos e bisnetos, o casal, que simboliza esperança para milhares de doentes, aproveita da varanda de casa o sol da primavera que principia na França.

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30
Mar20

Trump prolonga isolamento social até 30 de abril

Talis Andrade

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu prolongar as diretrizes de isolamento social até pelo menos 30 de abril, em resposta à acentuada alta no número de infectados e de mortes causadas pelo novo coronavírus. 

O período inicial de confinamento era de 15 dias, até esta segunda-feira e, apesar de Trump ter levantado a possibilidade de aliviar as restrições, ao menos nas zonas do país menos afetadas pela covid-19, acabou decidindo pelo prolongamento.

A decisão foi anunciada após Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA e membro da força-tarefa montada por Trump para lidar com a pandemia, afirmar neste domingo que entre 100 mil e 200 mil pessoas podem morrer nos Estados Unidos vítimas da covid-19.

"Nada seria pior que declarar vitória antes de que a vitória seja alcançada", disse Trump em coletiva de imprensa.

 As diretrizes federais de resposta ao novo coronavírus recomendam que se evitem reuniões e instam os idosos e pessoas com problemas de saúde a ficar em casa. Os americanos são também aconselhados a trabalhar em casa sempre que possível e a evitar saídas para compras ou idas a restaurantes e bares e viagens não essenciais. 

Segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins, usados como referência na contagem global de casos do coronavírus, os EUA registram na manhã desta segunda cerca de 143 mil infecções e mais de 2,5 mil mortes.

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30
Mar20

Sim, Bolsonaro, agimos como homens; você, como um moleque

Talis Andrade

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por Fernando Brito

Apagado pelo Twitter, por fazer propaganda, na prática, da contaminação de pessoas pelo coronavírus, Jair Bolsonaro tornou-se uma tragédia internacional.

Desafia-nos a combater esta praga viral como homens, não como crianças.

Deveria ser o contrário: somos milhões de homens e mulheres que estamos enfrentando uma calamidade como adultos, cada um se privando de pouco ou de muito, enquanto ele age como um moleque irresponsável.

Pior, caber-lhe-á a culpa por milhares de mortes, por ter induzido tolos e pueris a cederem aos apelos dos que, na sua sede infinda de dinheiro, gritam por que se abram os comércios e todos voltem à armadilhas dos trens, dos ônibus, dos metrôs e espalhem e recebam o vírus mortal.

Sim, age como um moleque ao tentar capitalizar politicamente uma possibilidade – remota e incerta – de cura, apelando de forma sórdida para a fé com um maldito “Deus é brasileiro”, como se as dezenas de milhares que morrem mundo afora não fossem da prole divina.

Você é um verme moral, Jair Bolsonaro, e haverá ainda neste país quem o diga, mesmo que muitos balbuciem em particular e gaguejem em público, desertando de seus juramentos profissionais e de seus deveres públicos.

Desertando como você, desertor de seu compromisso, como militar e como presidente, defender a vida do povo brasileiro.

Mais, genocida, porque prega já sem muitos disfarces a morte dos velhos e doentes como forma de “solução final” para o drama da pandemia. Genocídio, como mau militar que é, nem deve saber como é punido no Código Penal Militar, ainda que nos repugne a pena capital.

Não somos, entretanto, vilões como você, que se serve da morte e do medo da morte, da fome e do medo da fome, para fazer política no necrotério.

Queremos, e já, que a sua ausência preencha uma lacuna na formação de combate da qual todos temos de participar, na linha de frente ou nas barricadas do isolamento, para não sermos, sem querer, agentes do inimigo insidioso.

Queremos que nossos heróis da Saúde não sejam humilhados, que não recebam no rosto os perdigotos de sua boca imunda, que lhes dá mais e mais pacientes e perigos a cada dia.

Queremos que aos brasileiros não faltem máscaras, respiradores, leitos, comida, o mínimo de dinheiro que você tão rapidamente proveu aos bancos, que ao povo se arrasta em falta de providências, que seja a mínima de proibir as demissões até que se viabilize o socorro, ao menos.

Queremos, Jair Bolsonaro, alguém que saiba comandar, com humanidade e eficiência, esta dura luta que está começando, apenas.

Numa palavra – sirvo-me da sua – que seja um homem, não um moleque.

30
Mar20

Da série monstros do Brasil Paulo Guedes: "Os mais jovens devem circular, vão trabalhar"

Talis Andrade

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Os assustadores monstros que a pandemia coronavírus revela. Os Quibungo, Labatut, Cubelobo, Curacanga, Corpo-seco, e Paulo Guedes fundador do think tank liberal Instituto Millenium, e discípulo do genocida Pinochet

O ministro da Economia não anunciou nenhuma medida efetiva para salvar da fome as populações miseráveis das periferias e do campo, os sem teto, os sem terra, os sem nada.

Guedes para agradar Bolsonaro diz sobre a quarentena nestes tempos de coronavírus: “Se ficar todo mundo em casa (a economia) entra em colapso”.

Disse mais: “Os mais velhos devem ficar em casa, os mais jovens, com mais saúde, devem circular, vão trabalhar… Quem tem de falar é o Ministério da Saúde, mas, como economista, me parece mais interessante”.

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