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O CORRESPONDENTE

Os melhores textos dos jornalistas livres do Brasil. As melhores charges. Compartilhe

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O CORRESPONDENTE

30
Nov19

Lava Jato escreve meia-verdade quando nega a propina de Januário Paludo

Talis Andrade

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Transcrevo do ConJur

Conhecido como o "doleiro dos doleiros", Dario Messer disse a sua namorada, em uma conversa interceptada pela Polícia Federal, que pagou propina mensal ao procurador Januário Paludo, integrante da força-tarefa da "lava jato" no Ministério Público Federal do Paraná. A propina, segundo o doleiro, seria para evitar que ele fosse investigado.

Os diálogos entre Messer e a namorada foram revelados neste sábado (30/11) pelo UOL. Segundo a reportagem, a conversa ocorreu em agosto de 2018 e foi obtida pela Polícia Federal do Rio de Janeiro. Em um relatório produzido em outubro, a PF classificou o fato como "grave" e cobrou providências. O documento já foi enviado à Procuradoria-Geral da República.

Na conversa, Messer diz à namorada que uma testemunha de acusação de um dos processos contra ele teria uma reunião com Paludo. "Sendo que esse Paludo é destinatário de, pelo menos, parte da propina paga pelos meninos todo mês", afirmou o doleiro. Os meninos citados por Messer, segundo o UOL, seriam seus auxiliares em operações de lavagem de dinheiro e que, hoje, se tornaram delatores da "lava jato".

Januário Paludo é um dos mais antigos integrantes da força-tarefa da "lava jato" e também um dos mais experientes. Atuou no caso Banestado nos anos 90. O nome dele apareceu algumas vezes na "vaza jato", série de reportagens com conversas privadas de procuradores que atuam na operação. Em uma delas, Paludo desdenhou do pedido do ex-presidente Lula para deixar a prisão e acompanhar o velório do irmão. "O safado só queria viajar", disse.

Em nota, o MPF-PR repudiou "suposições infundadas contra o procurador". "A ação penal que tramitou contra Dario Messer em Curitiba foi de responsabilidade de outro procurador que atua na procuradoria da República no Paraná, o qual trabalhou no caso com completa independência. [Tem procurador sem independência?] Nem o procurador Januário Paludo, nem a força-tarefa atuaram nesse processo", diz a nota. [Outro procurador, qual? Por que esconder o nome? Certamente um amigo íntimo de Paludo]

Ainda segundo o MPF, Messer é alvo de investigação na "lava jato" do Rio de Janeiro, "razão pela qual não faz sequer sentido a suposição de que um procurador da força-tarefa do Paraná poderia oferecer qualquer tipo de proteção". [A proteção paga por Messer - safadezas de banqueiro - foi para não ser investigado na lavagem e remessa de grana via BanEstado - Banco do Estado do Paraná, que foi levado à falência, e depois doado]

Por fim, os integrantes da força-tarefa afirmam ter plena confiança no trabalho de Paludo, "pessoa com extenso rol de serviços prestados à sociedade e respeitada no Ministério Público pela seriedade, profissionalismo e experiência". [Ninguém nega a experiência. Paludo, Carlos Fernando dos Santos Lima, Sergio Moro estiveram em ação, e juntos, sempre juntinhos, nas investigações do BanEstado e Lava Jato, e prenderam e julgaram os principais doleiros do Brasil, a exemplo de Alberto Youssef, chefe da máfia libanesa dos tráficos de moedas, pedras preciosas, cocaína, e dos 'meninos' de Dario Messer. Por vontade do trio - Paludo, Santos Lima, Moro - que comandou as operações do BanEstado e da Lava Jato de Curitiba - nenhum doleiro estaria hoje preso. Protecionismo, ou sorte grande de quem chora na barriga da mãe?

Misteriosa e inesperada prisão de Dario Messer

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Escreve Jeferson Miola, agosto de 2018:

O “doleiro dos doleiros” do Brasil, como Alberto Youssef – o doleiro-delator íntimo do Moro, dos procuradores e dos policiais da Lava Jato – se refere a Dario Messer, foi o alvo principal da operação “Câmbio, Desligo!”, executada pela Polícia Federal em 3 de maio, depois das delações dos doleiros Vinícius Claret e Cláudio Barbosa. Dario Messer, provavelmente avisado que seria alvo de mandado de prisão preventiva, conseguiu fugir e não foi encontrado nos endereços conhecidos no Brasil naquele dia da operação Câmbio, Desligo!. A prisão do doleiro era tida como líquida e certa, tanto que o jornalista tarimbado e dono de fontes privilegiadíssimas d´O Globo, Lauro Jardim, no dia da operação anunciou que “Dario Messer, alvo principal da operação da Lava-Jato de hoje, e finalmente preso, é um personagem ligado aos escândalos nacionais desde o caso Banestado”. Aventou-se a hipótese de que Dario Messer pudesse estar escondido na sua mansão no Paraguai, porém lá também não foi encontrado. Joaquim Carvalho, em minuciosa reportagem no Diário do Centro do Mundo, cita que “Antigos aliados acreditam que ele esteja em Israel, onde também tem cidadania, por ser judeu. Messer não foi o único a escapar. O doleiro René Maurício Loeb fugiu do Rio de Janeiro para a Europa a bordo de um navio de luxo, semanas antes da operação ser deflagrada”. A fuga e o desaparecimento de Dario Messer adquire ainda maior relevância e valor investigativo depois da denúncia feita por doleiros acerca da existência de esquema mafioso mediante o qual o advogado Antônio Figueiredo Basto recebia US$ 50 mil dólares mensais como “taxa de proteção” para garantir que “eles [doleiros] seriam poupados nas delações decorrentes do caso Banestado, que correu na jurisdição de Sergio Moro” [DCM]. Esse mesmo advogado é considerado o especialista em delação premiada no Brasil – ou da indústria da delação, como o GGN e o DCM vêm investigando – cuja experiência inaugural foi a delação premiada de Alberto Youssef no rumoroso caso Banestado, conduzido pelo procurador Carlos Fernando dos Santos Lima e pelo juiz Sérgio Moro. Na coluna d´O Globo de 6 de maio de 2018, o taribado Lauro Jardim publicou a nota “Tudo errado”, com a notícia errada de que Dario Messer tinha sido“preso na quinta-feira passada”. É difícil imaginar tamanha “barrigada” jornalística de profissional bem abastecido de informações e depois de 3 dias do fato consumado! Houve alguma falha na linha direta de comunicação Globo-Lava Jato – só não se conhece o motivo para tal falha.

Com Dario Messer acontece de tudo. Tudo de bom. Não é proteção divina, mas bem que dá para acreditar nos santos. Messer teve outras fugas anunciadas. Para parar qualquer investigação jornalística foi inclusive noticiada sua morte. Também Youssef teve a morte propagada na imprensa. Também Janene, amigo do pai de uma juíza amiga de Moro, que terminou morto de verdade. A prisão de Messer, chefe da máfia judia, vai além da proteção de um Taludo, fez parte de uma armadilha para pegar uma caça maior. Nada mais nada, nada menos que um ex-presidente do Paraguai. Uma operação internacional com cheiro de vingança. Escrevi no dia 19 último, confira aqui

Sergio Moro e os procuradores da "organização criminosa" da Lava Jato sempre livraram as caras de Messer, de Youssef & outros doleiros. Durante as prisões do BanEstado e no início da Lava Jato, as autoridades dessas operações espalharam o boato de que Messer estava morto. O pedido de prisão de Cartes, o voto do partido que ele comanda, o Colorado, decide o impeachment do atual presidente do Paraguai Mario Abdo Benítez, no caso Itaipu, que envolve o presidente Jair Bolsonaro, o partido PSL, o senador major Olímpio. Vide aqui e links, o segundo maior escândalo de roubalheira, que o primeiro foi a construção da usina, 1975/82, pelas ditaduras dos dois países. O serviço de propaganda de Bretas Informa: "Messer estava foragido desde maio de 2018, quando foi deflagrada a Operação Câmbio Desligo. De acordo com as investigações, doleiros movimentaram US$ 1,6 bilhões em 52 países. A ação que tem Cartes,  amigo íntimo do senador Perrella como alvo, pretende  cumprir 37 mandados judiciais expedidos por Bretas em Búzios (RJ), São Paulo e em Ponta Porã (MS), na fronteira com o Paraguai. São 16 mandados de prisão preventiva, 18 de busca e apreensão e 3 de prisão temporária. O ex-presidente paraguaio é um empresário considerado um dos mais ricos do seu país. A eleição dele em 2013 representou o retorno ao poder do Partido Colorado, que dominou a política local durante 60 anos, contando com os mais de 30 anos da ditadura de Alfredo Stroessner. O executivo preside o Grupo Cartes, um conglomerado de empresas que produzem bebidas, cigarros e charutos, roupas e carnes. Também faz o gerenciamento de centros médicos.]

Rede Brasil Atual informa: Na troca de mensagens, Messer segreda a Myra sobre o andamento dos processos pelos quais responde e afirma que uma das testemunhas de acusação contra ele faria uma reunião com Januário Paludo, afirmando: “Sendo que esse Paludo é destinatário de pelo menos parte da propina paga pelos meninos todo mês”. A PF aponta que os “meninos” mencionados por Messer são Claudio Fernando Barbosa de Souza, o Tony, e Vinicius Claret Vieira Barreto, o Juca, que trabalharam com o doleiro em operações de lavagem de dinheiro e que, mais tarde, se tornaram delatores.

Juca e Tony, em depoimentos prestados ao Ministério Público Federal (MPF) do Rio de Janeiro, afirmaram ter pago US$ 50 mil (aproximadamente R$ 210 mil) mensais ao advogado Antonio Figueiredo Basto em troca de proteção a Messer tanto na Polícia Federal como no Ministério Público.

“Que Enrico [Machado, apontado como sócio de Messer] passou a dizer que o escritório deveria pagar US$ 50 mil por mês para fornecer uma proteção a Dario e as pessoas ligadas ao câmbio”, afirma Tony na delação. “Que essa proteção seria dada pelo advogado Figueiredo Basto e outro advogado que trabalhava com ele, cujo nome não se recorda.”

Segundo o Uol, a força-tarefa da Lava Jato do Paraná declarou que “essas ilações já foram alvo de matérias publicadas na imprensa no passado e, pelo que foi divulgado, os fatos apontam para suposta exploração de prestígio por parte de advogado do investigado [Figueiredo Basto]”. De acordo com a força-tarefa, Paludo prefere não se manifestar.

Os “filhos de Januário”

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Januário Paludo integra a Lava Jato desde sua criação, em 2014, e é um de seus membros mais influentes. O fato de ser o mais experiente fez com que um dos grupos de Telegram que contém mensagens reveladas pela Vaza Jato se chamasse “filhos de Januário”.

O procurador é tido como conselheiro do coordenador-chefe Deltan Dallagnol. Nesta semana, saiu em defesa do amigo por conta da advertência recebida pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) em função de Dallagnol, em entrevista, ter dito que havia uma “panelinha” no STF. Em rede social, afirmou que “ninguém deve ser punido pelo legitimo exercício do direito à livre manifestação e expressão”.

Em 10 de novembro, pela mesma rede, Januário atacou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Insuflar manifestos radicais como os que ocorrem no Chile não é só abominável como atenta contra o estado democrático e a garantia ao sagrado direito à livre expressão. O cárcere não lhe serviu de lição”, declarou, se referindo ao discurso proferido por Lula em São Bernardo do Campo, após sua saída da prisão.

Segundo mensagens reveladas pelo The Intercept, em 24 de janeiro de 2017, o procurador escreveu: “Estão eliminando testemunhas”, referindo-se à internação da esposa de Lula, Marisa Letícia, que tinha sofrido um acidente vascular cerebral (AVC). Já em 2019, ele afirmou que “o safado só queria viajar”, aludindo ao pedido da defesa do ex-presidente para que saísse da prisão para acompanhar o enterro do irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá.

 

 

 

 

30
Nov19

Delação de doleiro pode levar à cadeia membros da Laja Jato e amigos de Moro

Talis Andrade

"Paludo é a ponta podre do iceberg da Farsa Jato”

“A LavaJato é uma máfia de criminosos que usaram cargos públicos e a estrutura do Estado brasileiro para enriquecer e para implantar um projeto político de extrema-direita  Denunciei inúmeras vezes a indústria das delações”

 

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Januário Paludo

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Dario Messer, intocável desde os tempos do assalto ao BanEstado 

 

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Paulo Pimenta (RS), alertou hoje (30) que toda a turma da Lava Jato poderá ir para a prisão, caso o doleiro Dario Messer – considerado o doleiro dos doleiros – faça uma delação premiada. “Se o doleiro dos doleiros fizer uma delação essa turma da Lava Jato e os advogados de estimação de Moro e Dallagnol serão todos presos. Paludo é a ponta podre do iceberg da Farsa Jato”, escreveu o parlamentar no Twitter.

O comentário de Pimenta foi feito a propósito de denúncia publicada hoje pelo UOL , segundo a qual Dario Messer admitiu propina ao procurador da Operação Lava Jato Januário Paludo, um dos mais antigos membros da força-tarefa de Curitiba.

Propinas para a Lava

"Denunciei inúmeras vezes a indústria das delações”

De acordo com reportagem especial do jornalista Vinícios Konchinski, a Polícia Federal do Rio de Janeiro obteve conversas em que o doleiro fala à sua namorada, Myra Athayde, sobre o andamento dos processos que responde. Messer diz que uma das testemunhas de acusação contra ele teria uma reunião com Januário Paludo. Depois, afirma ela: “Sendo que esse Paludo é destinatário de pelo menos parte da propina paga pelos meninos todo mês”.

“A #LavaJato é uma máfia de criminosos que usaram cargos públicos e a estrutura do Estado brasileiro para enriquecer e para implantar um projeto político de extrema-direita no Brasil. Denunciei inúmeras vezes a indústria das delações”, escreveu o deputado.

Pimenta recordou que em 2018, quando surgiram as denúncias da indústria das delações da Lava Jato, pediu a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito. “ Consegui as assinaturas mas a pressão de Moro, Dallagnol e cia conseguiu impedir. Será que eu estava errado ?? Covardes, moralistas sem moral serão desmascarados”, afirmou.

O líder do PT recordou que ele e o ex-deputado federal e ex-presidente da OAB no Rio de Janeiro, Wadih Damous (PT) sempre afirmaram que havia um “lado oculto da Lava Jato (que ) envolvia muito mais coisas que as palestras do DD [Deltan Dallagnol] e o conluio entre Moro e os Golden Boys de Curitiba. (…) Se o doleiro dos doleiros fizer uma delação, essa turma da Lava Jato e os advogados de estimação de Moro e Dallagnol serão todos presos. Paludo é a ponta podre do iceberg da Farsa Jato”.

 

 

30
Nov19

Ao lado de Moro, Zucolotto faz arminha com a mão em foto divulgada por Rosangela Moro

Talis Andrade

Carlos Zucolotto Júnior é padrinho do casal e foi acusado por Rodrigo Tacla Durán, ex-advogado da Odebrecht, de intermediar um esquema de pagamento de propinas entre delatores e membros da Lava Jato, entre eles o ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sergio Moro

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Revista Forum - Apontado pelo ex-advogado do grupo Odebrecht, Rodrigo Tacla Durán, como intermediário de negociações paralelas, que envolvem supostos pagamentos de propinas, entre delatores e investigadores da Lava Jato, o advogado Carlos Zucolotto Júnior reapareceu nesta sexta-feira (29) em foto ao lado de Sergio Moro e outros amigos, em foto divulgada por Rosangela Moro no Instagram.

Na imagem, Zucolotto faz arminha com a mão, gesto dos apoiadores de Jair Bolsonaro. “Amigos de toda a vida. Interior do Paraná em Curitiba. #velhos tempos #maringaenses”, tuitou Rosangela, marcando o amigo e sócio na foto.

O reaparecimento do advogado aconteceu na noite anterior à divulgação da conversa interceptada pela Polícia Federal, em que o doleiro Dario Messer confirma a denúncia do ex-advogado da Odebrecht e diz que pagou propina para o procurador Januário Paludo para garantir uma blindagem nas investigações da Lava Jato

Zucolotto apareceu pela primeira vez na mídia em 2017, depois que a Folha revelou que Tacla Duran teria acusado o padrinho de casamento do casal Moro de cobrar propina na Lava Jato.

Em audiência por videoconferência na CPMI da JBS, em maio de 2018, Tacla Durán disse que durante as investigações da Lava Jato procurou Zucolotto, que na época era sócio da esposa de Sergio Moro, que teria pedido US$ 5 milhões para reduzir o valor da indenização a ser paga por ocasião do fechamento de um acordo de delação premiada.

O acordo previa a redução considerável da multa que Duran, que teria de desembolsar a partir de recursos no exterior, a exemplo de outros réus da Lava Jato. E Zucolotto ficaria com cerca de 5 milhões de dólares, pagos “por fora”, por intermediar a negociação.

Zucolotto é sócio de Rosangela na HZM2 Cursos e Palestras, empresa aberta na esteira da fama conquistada por Moro na atuação da Lava Jato.

30
Nov19

Filhos de Januário: Messer confirma versão de Tacla Durán de propina a procurador da Lava Jato

Talis Andrade

Os diálogos de Messer com a namorada, Myra Athayde, ocorrem em agosto de 2018 e descrevem um esquema de pagamento mensal de propina ao procurador. Um relatório a respeito do conteúdo das mensagens foi elaborado pela PF em outubro e enviado à Procuradoria-Geral da República.

A Polícia Federal diz que o assunto é grave e pede providências sobre o caso.

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Revista Forum - Em conversa interceptada pela Polícia Federal, o doleiro Dario Messer confirma a denúncia do ex-advogado da Odebrecht, Rodrigo Tacla Durán, e diz que pagou propina para o procurador Januário Paludo para garantir uma blindagem nas investigações da Lava Jato.

Os diálogos de Messer com a namorada, Myra Athayde, ocorrem em agosto de 2018 e descrevem um esquema de pagamento mensal de propina ao procurador, que dá nome ao grupo de Telegram – Filhos de Januário – da força-tarefa, como revelado pela série de reportagens da Vaza Jato.

Segundo reportagem de Vinicius Konchinski, no Portal Uol, as conversas foram obtidas pela PF no Rio de Janeiro, nas investigações que basearam a operação Patrón, última fase da Lava Jato do Rio.

Um relatório a respeito do conteúdo das mensagens foi elaborado pelo órgão em outubro e enviado à Procuradoria-Geral da República. Nele, a PF diz que o assunto é grave e pede providências sobre o caso.

Meninos

50 mil dólares por mês desde os tempos do assalto ao BanEstado


Na conversa com a namorada, Messer, que é chamado de “doleiro dos doleiros” fala sobre os processos a que responde e cita reunião de uma das testemunhas de acusação contra ele com o procurador. “Sendo que esse Paludo é destinatário de pelo menos parte da propina paga pelos meninos todo mês”.

 

Segundo a PF, os meninos de Messer são Claudio Fernando Barbosa de Souza, o Tony, e Vinicius Claret Vieira Barreto, o Juca, que trabalharam com ele em esquemas de lavagem de dinheiro investigados pela Lava Jato e viraram delatores depois que foram presos.

Em depoimento, os “meninos” disseram ter pago US$ 50 mil (cerca de R$ 200 mil) por mês ao advogado Antonio Figueiredo Basto em troca de proteção a Messer na PF e no Ministério Público.

Durán

Panela de Curitiba pode já ter embolsado cerca de US$ 25 milhões pagos pelos doleiros

 

Vivendo atualmente na Espanha, Tacla Durán denuncia há anos um esquema de propinas pago a investigadores da Lava Jato, mas nunca foi ouvido por autoridades da Justiça brasileira, que o consideram “foragido”, embora a Interpol tenha retirado qualquer alerta contra o advogado.

 

Durán também denuncia uma “panela de Curitiba”, referindo-se a um grupo de advogados que teria facilidades e acesso direto a integrantes da Lava Jato. Entre esses juristas, Duran já citou Figueiredo Basto que, segundo ele, receberia dinheiro mensalmente de Messer desde 1996 para barrar investigações contra o “doleiro dos doleiros” em Curitiba.

Segundo Durán, Figueiredo Basto, que é originário do caso Banestado – o primeiro grande caso onde Sergio Moro atuou -, pode já ter embolsado cerca de US$ 25 milhões pagos pelos doleiros.

Pelo Twitter, Tacla Durán compartilhou a notícia do Uol e fez uma indagação usando o “codinome” de Moro entre os procuradores.

 

“Porque ele nunca foi processado pelo russo em Curitiba? “Messer afirma em diálogo que pagou propina a procurador da Lava Jato no PR – 30/11/2019 – UOL Notícias”, tuitou.

Rodrigo Tacla Duran@TaclaDuran
 

Porque ele nunca foi processado pelo russo em Curitiba? “Messer afirma em diálogo que pagou propina a procurador da Lava Jato no PR - 30/11/2019 - UOL Notícias” https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2019/11/30/messer-propina-procurador-lava-jato-januario.htm 

Messer afirma em diálogo que pagou propina a procurador da Lava Jato no PR

O doleiro Dario Messer afirmou em mensagens trocadas com sua namorada, Myra Athayde, que p...

noticias.uol.com.br
30
Nov19

Grampo da Lava Jato revela propina na Lava Jato

Talis Andrade

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por Fernando Brito

 

A história já estava aparecendo em 2018 e em agosto a Agência Pública revelou que :

Desde janeiro do ano passado, quando ouviram os relatos de dois delatores, procuradores do Ministério Público Federal (MPF) do Rio de Janeiro investigam uma suspeita de corrupção em que doleiros acusam procuradores e policiais – hoje na Lava Jato – de receber propina em troca de proteção.”

Agora, Vinicius Konchinski, do UOL, conta que numa das escutas policiais sobre o telefone de Dario Messer, o chamado “doleiro dos doleiros”, este diz que o procurador Januário Paludo, figura de proa na Força Tarefa do MP de Curitiba, era destinatário de pelo menos uma parte do dinheiro pago “aos meninos”.

Operando os repasses, como nas primeiras denúncias, estaria o advogado Antonio Figueiredo Basto, que também é chamado, há muito tempo, de “o homem das delações e cuja origem foi contada pela Piauí, em 2017:

Classificado como “polêmico” por colegas e pouco dado às mesuras habituais da profissão – “Não entrei na advocacia para ficar amigo de advogados”, disse, recentemente, à Folha de S.Paulo –, Basto é pioneiro, no país, no uso das delações premiadas. Firmou a primeira de que se tem notícia, em 2004, para o doleiro Alberto Youssef, investigado por uma força-tarefa do Ministério Público Federal que tinha entre seus membros o procurador Deltan Dallagnol. O caso é considerado um embrião filosófico da operação Lava Jato, investigava a milionária evasão de divisas do Banestado, banco público do Paraná. O juiz que homologou a delação era Sergio Moro.

Basto se diz inocente, claro, e já depôs ao MP do Rio de Janeiro.

Paludo continua intocável e, para isso, a Força Tarefa ameaça jogar tudo nas costas do velho parceiro Figueiredo Basto, dizendo que “há investigação sobre possível exploração de prestígio por parte de advogado do investigado, fato que acontece quando o nome de uma autoridade é utilizado sem o seu conhecimento.”

Desta vez, não há hacker, não há Intercept, não há desculpas para “não reconhecer a autenticidade”.

Todos os personagens são da “Era pré-Lava Jato” e estavam envolvidos na primeira negociação de uma delação premiada, sobre o que nem lei havia.

Tudo sob a batuta do paladino da moralidade, que devolveu Alberto Youssef à rua e rico, flutuando como uma isca para o que lhe daria, depois, projeção nacional.

 

30
Nov19

Doleiro confessa ter pago propinas mensais a Januário Paludo procurador da Lava Jato que fazia ataques rasteiros a Lula

Talis Andrade

O doleiro Dario Messer, conhecido como "doleiro dos doleiros", contou à namorada ter sido protegido pela Lava Jato paranaense por pagar propinas ao procurador Januário Paludo, o parrudo Quasímodo, que inspirou o grupo "filhos de Januário", e fez vários ataques ao ex-presidente Lula – inclusive após as mortes de seus familiares

 

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247 – "O doleiro Dario Messer afirmou em mensagens trocadas com sua namorada, Myra Athayde, que pagou propinas mensais ao procurador da República Januário Paludo, da Lava Jati do Paraná. Os pagamentos estariam ligados a uma suposta proteção. Os diálogos de Messer sobre a propina a Paludo ocorreram em agosto de 2018 e foram obtidos pela PF (Polícia Federal) do Rio de Janeiro durante as investigações que basearam a operação Patrón, última fase da Lava Jato do Rio", informa reportagem especial do jornalista Vinícios Konchinski, produzida para o portal Uol.

Um relatório a respeito do conteúdo das mensagens foi elaborado pelo órgão em outubro. Nele, a PF diz que o assunto é grave e pede providências sobre o caso.

Nas conversas obtidas pela PF, Messer fala a Myra sobre o andamento dos processos que responde. Ele diz que uma das testemunhas de acusação contra ele teria uma reunião com Januário Paludo. Depois, afirma a namorada: "Sendo que esse Paludo é destinatário de pelo menos parte da propina paga pelos meninos todo mês." Os meninos seriam os também doleiros Claudio Fernando Barbosa de Souza, o Tony, e Vinicius Claret Vieira Barreto, o Juca. Ambos trabalharam com Messer em operações de lavagem de dinheiro investigadas pela Lava Jato do Rio. Depois que foram presos, viraram delatores.

"Em depoimentos prestados em 2018 à Lava Jato no MPF-RJ (Ministério Público Federal do Rio de Janeiro), Juca e Tony afirmaram ter pago US$ 50 mil (cerca de R$ 200 mil) por mês ao advogado Antonio Figueiredo Basto em troca de proteção a Messer na PF e no Ministério Público. Basto já advogou para o doleiro", revela a reportagem. Basto sempre foi um dos advogados mais próximos à força-tarefa da Lava Jato.

Paludo inspirou o grupo "filhos de Januário" e fez vários ataques ao ex-presidente Lula – inclusive após as mortes de seus familiares. No dia 24 de janeiro de 2017, a mulher de Lula, Marisa Letícia, sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) e foi internada no hospital Sírio Libanês, em São Paulo. "Um amigo de um amigo de uma prima disse que Marisa chegou ao atendimento sem resposta, como vegetal", disse Deltan Dallagnol, às 22h24. Dez minutos depois, Paludo escreveu: "Estão eliminando testemunhas".

Dois anos depois, com Lula já na prisão, Paludo afirmou que "o safado só queria viajar", referindo-se ao pedido da defesa do ex-presidente para que ele saísse do cárcere para acompanhar o enterro do irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá. 

 

29
Nov19

Contra o fascismo e abusos: a resposta de Elisa Lucinda ao desembargador Leandro Pausen que condenou Lula

Talis Andrade

"Meu poema 'Só de Sacanagem' sempre servirá à liberdade de pensamento, e jamais assinará embaixo qualquer forma de abuso ou de opressão", diz a artista

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Jornal GGN – A atriz e cantora Elisa Lucinda publicou uma carta, nesta sexta (29), em resposta ao desembargador do TRF-4 Leandro Paulsen, que citou trechos do poema “Só de sacanagem”, escrito pela artista, durante o julgamento de Lula no caso do sítio de Atibaia. O ex-presidente teve a pena aumentada por Paulsen e seus colegas, quando o esperado era que o processo retornasse à primeira instância.

O poema circulou nas redes sociais com imagens associadas ao bolsonarismo. Mas, segundo Elisa, ele foi escrito em oposição a tudo o que a família Bolsonaro e a Justiça brasileira, em sua forma mais politizada e autoritária, representam.

 

Elisa assinalou na carta que Paulsen pagou “mico” ao citar o poema para condenar Lula. “Sou aquela que puxou a campanha #votecomumlivro no professor Haddad, sou aquela que se sente envergonhada a cada declaração dos representantes desse governo no cenário internacional. Sou aquela que acha Lula inocente e o melhor presidente até agora nesta terra só de elites no poder”, escreveu a cantora.

“Meu poema ‘Só de Sacanagem’ sempre servirá à liberdade de pensamento, e jamais assinará embaixo qualquer forma de abuso ou de opressão”, disparou. “Este poema quer saber onde está Queiroz, o esquema daquele milhão, o depósito na conta da primeira dama.”

Escrevo porque sei que ‘se a gente quiser, vai dar pra mudar o final’

“Só de sacanagem vou explicar:
Ao proferir seu voto contra o ex presidente Lula o presidente do TRF4 citou trechos do meu poema que compõe título desse texto. Esclareço e reitero que o poema foi feito contra a corrupção, contra fascistas, contra homofóbicos e contra qualquer abuso de poder ou qualquer uso do dinheiro público em favor de alguns e que vá contra o povo brasileiro. Simples assim. Nunca autorizei o uso desse poema para eleger ou para contribuir para a vitória do novo governo federal que aí está. A imagem da cantora Ana Carolina com o número 17 descaradamente posto sobre sua face, circulou como uma grande fake news fartamente durante a última campanha presidencial nas redes. Quem via e não me conhecia ou não conhecia a Ana poderia pensar que se tratava de uma posição política nossa, alinhada ao pensamento dos que usaram indevidamente a nossa arte. Não confere. Na época, as irregularidades do que ficou conhecido como mensalão, foram punidas e coerentemente, vale ressaltar, o governo petista foi imparcial na investigação das denúncias, tivemos pela primeira vez uma polícia federal independente e autônoma. Este poema quer saber onde está Queiroz, o esquema daquele milhão, o depósito na conta da primeira dama. Este poema interroga se um juiz pode coordenar as peças de uma acusação no caso que vai julgar; meu poema quer saber quem mandou matar Marielle, quem punirá os quebradores da placa. Este poema não elogia torturadores, não quer a volta da ditadura, não avaliza quem pensa AI5. O Só de Sacanagem é um poema de combate e não quer fechar o congresso. Apoiado na constituição e confiante na democracia, a bandeira que esse poema estende não abraça corruptos, milícias, polícia genocida. Não. Digo isso aqui com todas as letras para que não reste dúvidas.

Hoje tudo que pode nos salvar é a Constituição. Eu acredito que é ela que vem dando limites à medidas provisórias descabidas e autoritárias, e nos guia dentro do caminho do desenvolvimento de todos baseado na igualdade.

É inconstitucional, por exemplo, no meu entender, que um cidadão proclame o racismo, ataque seus defensores, sendo essa prática crime. Torna-se portanto duplamente inconstitucional se esse cidadão é nomeado para dirigir uma instituição com fins anti racistas. Um cargo público não pode ferir o povo. Neste momento em que Marielles se multiplicam pelo Brasil, e que nunca fomos tão ouvidos, um acinte a presença de um negro alienado dos princípios e das conquistas contemporâneas que combatem a necro política de Estado que nos assassina de norte a sul. É hora de nos mobilizarmos nacionalmente. Todas as instituições, todos os movimentos negros, todas as associações e organizações não governamentais devem se unir e escancarar para o mundo tal escândalo. Não somos poucos. Respeitem os 54% dessa população brasileira. Negra, tal maioria, se avoluma consciente e não vai legitimar a presença desse senhor na Fundação Palmares. A desastrosa nomeação se deu no mesmo dia, em que resolvo me colocar publicamente como uma vítima intelectual de mais uma fake news deste governo e de seus defensores. Sigo indignada, como alguém que tem a sua arte usada em favor do que execra.

Mas não estou só. Sei que quem me lê, quem consome a minha arte, quem frequenta meu teatro, quem me vê nas telas, nas entrevistas, nos atos públicos, não tem dúvida que estou com o povo brasileiro. No entanto, há os mais ingênuos, os que não se detém a refletir, os que seguem enganados achando que o “Governo Bolsonaro vai dar um jeito nesse país”, e é para esses que também escrevo. Pra mim não são maus. Só ainda não entenderam, perdidos entre as versões mais loucas, que incluiram um delírio chamado “mamadeira de piroca”, coisa que até numa ficção teria dificuldade de credibilidade.

Quando se tem um governo que não se incomoda com o sofrimento e o homicídio de sua população jovem pobre, que não se comove com seus velhos, que tira direitos, aposentadorias e cidadanias, que ataca os defensores das matas e das populações ribeirinhas com o Saúde e alegria e vários guardiões, não se importa com a alta taxa de desemprego, que não reconhece a metástase do racismo apodrecendo o nosso corpo social, que desfaz do nordestino construtor destas metrópoles todas, que faz declarações homofóbicas e desfila atitudes que autorizam tais crimes, não se pode esperar que venha paz dessa gestão. Como viria? Eu pergunto. Como haverá paz com o aprofundamento da desigualdade? Que matemática nos convencerá?

Nos trabalhos que fazemos, nós da Casa Poema, junto à OIT e os Ministérios Públicos do país dentro da socioeducação, fica tão claro que a condenação só bate no lombo de quem sempre apanhou. Nas cadeias, nos morros, nos hospitais públicos, como se fosse um “blackout” só se vê a maioria negra. E isso não é coincidência. Nada por acaso. A maioria dos santos católicos é branca e chegaram ao cúmulo de embranquecer as imagens dos orixás. Não há limite? As 7 crianças mortas nas comunidades cariocas dentro de um governo que toda hora fala em nome de deus e da família são todas pobres e negras. Seria coincidência? Nenhuma delas tem sobrenome importante e por isso não virou um escândalo seu extermínio. Então os que postulam e aprontam em nome de Deus enfiaram em que parte o “Vinde à mim as criancinhas…” Ninguém percebeu que, com o aumento da desigualdade, não haverá proteção de nenhuma parte? O Deus citado está sabendo disso? Fake news com a palavra de Deus????!

É surreal que eu esteja escrevendo essas linhas. É absurdo que o ministro do tribunal regional federal cite meus versos se arriscando a cometer tamanho equívoco uma vez que está em todas as minhas redes exposto o meu pensamento comprometido com o bem estarte contra a imensa desigualdade que oprime e maltrata o povo brasileiro. A citação do meu poema é um mico. Sou aquela que puxou a campanha #votecomumlivro no professor Haddad, sou aquela que se sente envergonhada a cada declaração dos representantes desse governo no cenário internacional. Sou aquela que acha Lula inocente e o melhor presidente até agora nesta terra só de elites no poder. Sou aquela que empresta sua voz todo o dia contra o feminicídio, contra o machismo tóxico, contra o racismo, em favor da diversidade. Citar-me erroneamente expõe a ignorância do citador, é verdade, mas também faz uma bagunça na cabeça de quem tem dificuldade de ler esta doida realidade virtual, lugar em que a mentira se mimetiza em verdade e, o faz com tamanha desfaçatez, a ponto de relativizar o fato de haver ou não verdade naquela mentira vestida de verdade. É grave.

Meu poema Só de Sacanagem sempre servirá à liberdade de pensamento, e jamais assinará embaixo qualquer forma de abuso ou de opressão. Mesmo tendo usado sem a minha permissão, sem autorização de imagem e voz de Ana Carolina que o gravou, o poema sobrevive firme e parece até uma sacanagem que seus usurpadores não o tenham compreendido. Parece uma piada. Provocaria risos se não fosse trágico. Talvez não se tenha percebido logo. Talvez os desavisados de plantão, na pressa de embaralhar as narrativas se atropelaram a tal ponto em usá-lo como exemplo que nem se aperceberam, e nem se sentiram atingidos pelas palavras.

Está explicado então. Meu poema concordar com tais atrocidades não pode parecer o normal.

Escrevo porque sei que ‘se a gente quiser, vai dar pra mudar o final’.

Elisa Lucinda, quase verão, 2019″.

 

 

29
Nov19

Apoiador de Bolsonaro agride esquerdista até a morte em Balneário Camboriú

Talis Andrade

medicobolsonaro.jpg

Médico Bruno Caravaggi

 

A atriz Amara Hartamann passou a ser assediada pelo médico Bruno Caravaggi no Instagram, após compartilhar a notícia de que um apoiador de Jair Bolsonaro assassinou a socos e pontapés um idoso por divergência política em Balneário Camburiú (SC). Ele chama a artista de hipócrita e de "socialista caviar". A denúncia partiu do professor de cinema e namorado de Amara, Gus Belschansky. Ele compartilhou na rede social prints dos ataques de Caravaggi, contando que o médico passou a seguir a namorada nas redes após assistir a uma peça dela. 

"Eu gostei do ego do sujeito que paga um ingresso de 40 reais e acha que ele é exclusivamente responsável pela sobrevivência da atriz", ironiza o professor. "É tão delirante isso que ele escreveu que é difícil saber por onde começar. Na verdade essa é a estratégia de comunicação do bolsonarismo, é tão desconectado com a realidade e tão errado que você perde um tempão de tanta coisa que você tem de ensinar”, relatou Belschansky.

Leia a íntegra na Revista Forum

Apoiador de Jair Bolsonaro, Fábio Leandro Schwindlein, de 44 anos, matou o idoso Antônio Carlos Rodrigues Furtado, de 61 anos, após agressão com socos e pontapés por discussão sobre política. Rodrigues seria esquerdista e Fábio Leandro já demonstrou em diversas publicações nas redes sociais ser bolsonarista.

fabio-leandro-camboriu.jpgAssassino Fábio Leandro Schwindlein

 

O crime ocorreu nesta quarta-feira (27) na Avenida Alvin Bauer na região central de Balneário Camboriú. Segundo boletim de ocorrência feita pela polícia, Fábio Leandro estava “muito alterado e proferindo palavras impróprias de cunho ofensivo”, quando começou a agredir o idoso.

“A vítima foi para a calçada e em seguida, F.L.S iniciou com as agressões. Após o ato, a vítima caiu no chão, e o autor continuou a agredí-lo. Em ato contínuo, a vítima levantou-se e pediu para cessar com a agressão, pedido este ignorado pelo autor do fato. Neste momento, a vítima caiu novamente no chão, desta vez, desacordado”, diz o boletim.

Rodrigues teve uma parada cardíaca no local e morreu. “A viatura do SAMU também deslocou ao local e prestou atendimento a vítima que estava em parada cardíaca, entretanto, a vítima não resistiu e veio a óbito no local”, diz o boletim de ocorrência.

Leia a íntegra na Revista Fórum.

 

29
Nov19

Ministro do STF sobre decisão do TRF-4 contra Lula: atuam como 'soldados de Moro'

Talis Andrade

ordem para matar .jpeg

 

 

247 - Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) consideraram que a decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) de ignorar o julgado da Corte sobre anulação de sentença e manter a condenção do ex-presidente Lula no caso do sítio de Atibaia foi um desrespeito.

Três ministros falaram em caráter reservado com o jornal O Estado de S. Paulo. Um deles considerou que além de um desrespeito com o STF, os desembargadores do TRF-4, desde o início da Lava Jato, atuam como "soldados de Sérgio Moro", ex-juiz e atual ministro da Justiça de Jair Bolsonaro.

Outro ministro foi taxativo ao afirmar que houve sim descumprimento à decisão da Corte, pois, no caso de Lula, os prazos para as aleações finais foram os mesmos que os seus supostos delatores.

"Um terceiro ministro, porém, disse não ser possível afirmar que houve descumprimento, pois ainda há questões pendentes na tese levantada pela defesa do petista para justificar o pedido de anulação da sentença", destaca um trecho da reportagem do jornal.

Com a imprensa, os ministros Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio Mello não falaram sobre o assunto, mas Lewandowski lembrou que decisões de instâncias inferiores sempre podem ser revistas.

"Cada juiz e cada tribunal decide como bem entendem. Depois existe a cadeia recursal que pode eventualmente rever. Não conheço os autos e não posso me manifestar sobre isso", disse o ministro.

“Não me pronunciarei a respeito”, disse o ministro Marco Aurélio Mello. “Não sou comentarista de julgamentos de colegas.”

29
Nov19

Ao julgar Lula, desembargador erra: declama poesia 'Só de sacanagem' de Elisa Lucinda e diz que é de Ana Carolina

Talis Andrade

"Se você achou que o ‘Só de Sacanagem’ poderia ser usado para favorecer fascistas, você não entendeu nada do que eu penso", disse a poetisa para Pausen

Elisa Lucinda - .jpg

 

Leandro Paulsen, soldado de Moro, chamou de “estarrecedor” o comportamento de Lula diante da autoridade que os eleitores conferiram a ele como presidente.

O cargo, disse o desembargador, requer servir ao país e não servir-se dele. Paulsen também apontou o que chama de exercício “vil” da autoridade.

Essa baixaria política ele pretendeu amenisar recitanto um poema de Elisa Lucinda. Tácio Lorran in Metrópoles, tenta esfriar os miolos ferventes de Leandro Paulsen, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), recitou trecho da música “Só de sacanagem”:

Durante a leitura do voto, o desembargador citou a música como de Ana Carolina. A canção, contudo, na verdade é de autoria da capixaba Elisa Lucinda.

“É certo que tempos difíceis existem pra aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz”, diz trecho da música.

Paulsen explicou. “Esse texto emblemático não tem cor partidária. A luta contra a corrupção é de esquerda, da direita, e de quem pensa por si mesmo”, sintetizou.

Elisa Lucinda não concorda com as mistifcações, as falsidades dde Paulsen.

“Usar esse poema que critica qualquer tipo de corrupção, um poema que pergunta ‘cadê, Queiroz?’, um poema que pergunta por que se mata indígenas e negros nesse governo, sendo que o governo incita a mais matança. É isso que o poema pergunta. Se você achou que o ‘Só de Sacanagem’ poderia ser usado para favorecer fascistas, você não entendeu nada do que eu penso. Leia"

Disse mais Elisa Lucinda: “Não faz nenhum sentido, porque Lula, para mim, foi o melhor presidente que o Brasil já teve. O único presidente que não era da elite, que fez o que fez pelo povo brasileiro, e que é, para mim, inocente, limpo”.

 

 
 

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