BOEING JÁ QUER TRANSFERIR PRODUÇÃO E EMPREGOS DA EMBRAER PARA OS EUA
A Lava Jato e o governo de Temer destruíram a infra-estrutura, a engenharia, privatizou estatais, desnacionalizou grandes empresas, transformando o Brasil no país das montadoras e oficinas. Remember os casos da Braskem, da Embraer, da entrega das refinarias da Petrobras, dos estaleiros, da Base de Alcântara de lançamento de foguetes.
Escreve Rui Daher: "Estão entregando tudo, de forma descarada, inescrupulosa, assassina, por que tira a cidadania e a dignidade dos mais pobres. Enquanto Temer compra políticos, Meirelles vende patrimônios, e assim se fazem de putas".
Escreve D. Aroeira: O Temer PMDB/PSDB e sua quadrilha anunciaram no dia 23 de agosto de 2017 um plano de realizar, imediatamente, 57 novas privatizações. Entre os itens colocados à sanha dos monopólios transnacionais neste último pregão, estão portos, aeroportos, rodovias e até mesmo a Casa da Moeda. Em setembro de 2016, menos de um mês após assumir o gerenciamento semicolonial do país, já havia anunciado outras 34 privatizações. Dentre os monopólios que se beneficiaram da privataria de Temer e sua quadrilha estão empresas alemãs, francesas e suíças."
Ribamar Fonseca: "E os traidores infiltrados nos três poderes estão transferindo para as mãos do Tio Sam a Petrobrás fatiada, o pré-sal, a Eletrobrás, a Embraer, a indústria de carne, a base espacial de Alcântara, parte da Amazônia e o nosso espaço aéreo, entre outras coisas. A dominação norte-americana, no entanto, é muito mais ambiciosa, pois pretende, também, o controle de nossas Forças Armadas. Há um antigo projeto do governo dos Estados Unidos de transformar as Forças Armadas dos países da América Latina, especialmente do Brasil, em milícias, deixando para o seu exército a defesa do território continental. O primeiro grande passo para isso já foi dado, com a intervenção no Rio de Janeiro, que transformou o nosso exército em policia."
Para Cerqueira Leite, a política internacional brasileira “tem reflexo na capacidade de pensarmos sobre a questão da ciência e tecnologia”. Hoje, segundo ele, essa política é de “submissão na aceitação do capital internacional como uma espécie de domínio no Brasil. O país, define, “já é meio colônia”. “Estamos acompanhando os países mais atrasados no mundo na questão da consciência da importância da ciência e tecnologia para o bem-estar do povo, para o desenvolvimento econômico, para tudo que é importante para o prestigio de um país. Atualmente os ministérios que mandam no Brasil são os que comandam o dinheiro e eles não perceberam importância da ciência e da tecnologia. Infelizmente os cortes do governo nos últimos dois anos foram muito significativos e comprometeram trabalhos já em andamento e novos possíveis ganhos em competência e qualidade”. Cerqueira Leite identifica nesse desleixo do governo com a ciência uma “psicologia de vira-lata”. “O Brasil acha que não tem o direito de concorrer, de se auto-afirmar”.
247 - Antes que o Brasil volte a ter um governo legítimo, a Boeing corre para acelerar a transferência de tecnologia e produção da Embraer para seu território. Já estão em andamento planos para a instalação nos Estados Unidos de uma linha de produção do cargueiro militar KC-390, uma das obras-primas da aviação mundial. O setor de aviões militares não fazia parte do acordo original de venda da Embraer, mas com com o governo golpista o Brasil perdeu a soberania e a empresa americana alastra seus tentáculos e tende a absorver a integralidade da empresa brasileira. Com isso, voam para os EUA empregos, produção e tecnologia.
O KC-390 é um dos projetos aeronáuticos mais elogiados do mundo. Ainda em fases de testes e certificação, ele atende a funções múltiplas em logística e pode ser usado para transporte de cargas, abastecimento, remoção de feridos e mais uma série de aplicações complexas.
A reportagem do jornal Valor destaca que o "relatório recente do Bank of America, assinado por Ronald Epstein, um dos mais respeitados analistas do setor aéreo, trazia a informação sobre o plano de levar o KC aos EUA. A Embraer não quis comentar. Mas o Valor apurou que, em conversas com analistas de ações fora do Brasil, os executivos da Embraer têm falado genericamente sobre essa negociação em curso".